domingo, 21 de junho de 2009

Obras põem governo em xeque

Um conjunto de economistas de vários quadrantes políticos reuniu-se e fez um Apelo à Reavaliação do Investimento Público.

Já há vários meses que alguns partidos, sobretudo o PSD pela voz de Manuela Ferreira Leite, vinham apelando nesse sentido. Ninguém, muito menos o governo, lhe deu ouvidos.
Com o balde de água fria das eleições europeias, o governo achou que devia repensar alguma coisa. Foi assim que Mário Lino num dia garante que não há alteração no calendário do TGV, e no dia seguinte diz que afinal a coisa vai ficar em águas de bacalhau até depois das eleições.

Hoje no Público, Vasco Pulido Valente escreve isto: "nenhum governo, em véspera de eleições, sofreu um vexame parecido: uma espécie de moção de não-confiança de uma elite incontestável e prestigiada".
Ontem na SIC Notícias, Clara Ferreira Alves, não suspeita de ser de direita, disse com as letras todas que este governo tem um conjunto enorme de incompetentes.

Com esta suspensão de alguns investimentos públicos de utilidade duvidosa, e com o empurrão dado por este manifesto, o governo pode vestir durante mais uns dias a sua nova máscara de cordeiro dialogante e atento aos cidadãos... É que consta que há eleições legislativas em breve.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pelo que li na Visão desta semana, a Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças em 2003, quando o PSD estava no Governo e assinou o acordo com os espanhóis para a construção do TGV.
Sim... lá porque assinou não quer dizer que - mesmo até a título pessoal -concorde com o TGV, eu sei... mas que não deixa de haver uma contradição geral por parte do PSD. Quer dizer, enquanto estavam no Governo, sim senhora... é algo para ser feito... Agora que estão na oposição não, porque é um investimento desnecessário.
Quando resolverem acabar o jogo de paintball Governo-Oposição e fizerem um ferido a sério (o país que era suposto servirem), talvez se apercebam que a sua função (independentemente de quem quer que esteja no Governo) é promover o desenvolvimento sustentável de Portugal, para que todos saiam a ganhar. Pois... é óbvio que isso nunca vai acontecer...
Bjocas,
Cris

GONIO disse...

Pormenor esquecido: em 2003 não havia a crise internacional....