terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo de embrulhar pessoas em prendas...

Uma das particularidades do Natal são as prendas.
Que digam que isso é comercial, que é perder o espírito natalício, da família, e de mais não sei quantos… mas prendas é que é!
E não é tanto por querer receber isto e aquilo e o outro (ainda não escrevi ao Sr. Pai Natal... ops!)
É mais pela procura da prenda ideal para quem se quer dar algo.
Este ano, já em Agosto, estando eu de férias, surgiu a primeira ideia para prenda de Natal. Graças a uma queixa da minha mãe... acendeu-se uma luzinha na minha cabeça e a prenda dela já estava escolhida.
A procura da prenda ideal – oh, conceito estranho… - é um quase elixir da juventude. Procuro, procuro, entro e saio de lojas… até que um dia… plim! a prenda aparece à frente dos olhos. E é AQUELA mesmo!
E andar à procura de uma prenda para alguém sem uma única ideia de que quero dar?
Esta situação já me aconteceu por duas ou três vezes a propósito de duas ou três pessoas. Pessoas únicas (todas são, mas há umas mais únicas que outras, como dizia o Orwell a propósito de animais) e com grande importância para mim.
A prenda até podia não ser nada de extraordinário, mas enquanto andava à procura parecia não haver nada que “encaixasse” para aquela pessoa. Eis senão quando, um belo dia, a prenda perfeita aparece.
Também já me aconteceu o seguinte: não haver Natal ou aniversário por perto e cair-me nas mãos algo que é a cara de alguém. Compro e fica à espera da data mais próxima para se transformar em prenda.

E para mim há um extra nas prendas: como não embrulho prendas nas lojas nem em papel “oficial” de oferta, a pica é maior.
Há anos que as minhas prendas são embrulhadas em revistas. Há milhares e milhares de páginas de publicidade ou de fotos que dão um belo papel de embrulho… depois é pôr a imaginação a funcionar para adequar três coisas: pessoa a quem se dá a prenda, a prenda em si, e o papel em que se vai embrulhar. Sim, porque o embrulho nunca é numa folha de revista que estava ali à mão. O embrulho é todo ele uma mensagem (ao qual ninguém liga, com muita pena minha).

Dar uma prenda é dar um pouco de nós. É receber um pouco do outro.

Ah! outra coisa: eu digo
prenda.
"Presente" é um modo verbal e uma fugaz referência temporal.

1 comentário:

S* disse...

eheheh

É prenda e mais nada. Adoro comprar.