Sempre apreciei a sua obra. Descobri-o um ano antes do Nobel, através de “Ensaio sobre a Cegueira”.
A sua escrita muito própria, de longos parágrafos e muitas vírgulas, não representou uma dificuldade. Pelo contrário, era uma continuidade, uma história contada sem pausas. De tirar o fôlego. A mim, agarrava-me.
Este livro que me permitiu descobrir um grande escritor, está entre os meus preferidos. Ali ao lado de “Cem Anos de Solidão”, por exemplo.
Depois deste magnífico livro-metáfora, fui lendo quase tudo: “O Memorial do Convento” (que não me pareceu maravilhoso), “As Intermitências da Morte”, “Ensaio sobre a Lucidez”, “Todos os Nomes”, “A Caverna”, “O Homem Duplicado”, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (uma fabulosa interpretação da vida de Jesus), “A Jangada de Pedra”… faltam-me os dois últimos: “A Viagem do Elefante” e “Caim”. E talvez alguns mais antigos.
Como escritor, é genial. Normalmente parte de um absurdo e cria um romance sólido e perfeitamente possível. Ainda o ano passado reli “Ensaio sobre a Cegueira” e mantive a opinião de que se trata de uma obra maior da língua portuguesa.
Politicamente, Saramago não me agrada. Sou do lado oposto, e nunca compreendi a forma como ele defendia ditaduras até ao limite. Basta olhar para Cuba. Politicamente, o comunista Saramago era o que a ideologia é: intolerante, totalitária, anti-democrático.
Sempre polémico, facto é que Portugal perdeu um grande escritor e contador de histórias.
A sua escrita muito própria, de longos parágrafos e muitas vírgulas, não representou uma dificuldade. Pelo contrário, era uma continuidade, uma história contada sem pausas. De tirar o fôlego. A mim, agarrava-me.
Este livro que me permitiu descobrir um grande escritor, está entre os meus preferidos. Ali ao lado de “Cem Anos de Solidão”, por exemplo.
Depois deste magnífico livro-metáfora, fui lendo quase tudo: “O Memorial do Convento” (que não me pareceu maravilhoso), “As Intermitências da Morte”, “Ensaio sobre a Lucidez”, “Todos os Nomes”, “A Caverna”, “O Homem Duplicado”, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (uma fabulosa interpretação da vida de Jesus), “A Jangada de Pedra”… faltam-me os dois últimos: “A Viagem do Elefante” e “Caim”. E talvez alguns mais antigos.
Como escritor, é genial. Normalmente parte de um absurdo e cria um romance sólido e perfeitamente possível. Ainda o ano passado reli “Ensaio sobre a Cegueira” e mantive a opinião de que se trata de uma obra maior da língua portuguesa.
Politicamente, Saramago não me agrada. Sou do lado oposto, e nunca compreendi a forma como ele defendia ditaduras até ao limite. Basta olhar para Cuba. Politicamente, o comunista Saramago era o que a ideologia é: intolerante, totalitária, anti-democrático.
Sempre polémico, facto é que Portugal perdeu um grande escritor e contador de histórias.
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