segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um país que arde

Todos os verões é a mesma realidade: um país em chamas de norte a sul. Este ano o sul parece ter escapado à recorrente tragédia.
É inexplicável e incompreensível o que se passa com as florestas nacionais, sejam privadas ou públicas (daí não fazer sentido o disparate que por aí surgiu de o Estado se apropriar dos territórios cujos donos não tem capacidades para os limpar).
Estes incêndios só podem ter uma origem: o homem. Seja intencionalmente, seja por negligência. E a ideia de rapar os matos das florestas não é solução ambientalmente aceitável.
O que é preciso é uma cultura de responsabilidade, cidadãos responsáveis. Sem isso, não há bombeiros, meios aéreos e terrestres, telemóveis dados a pastores (lembram-se desta invenção do governo Guterres?), torres de vigilância, que valham.

A Madeira este ano também não escapou ao fogo (todos os anos há incêndios por lá, mas desta vez foi uma tragédia):
"Os incêndios dos últimos dias queimaram toda a floresta da cordilheira central da Madeira e destruíram 95 por cento do Parque Ecológico do Funchal, uma área com 1000 hectares a uma altitude que varia entre os 470 e os 1810 metros, que tem como objectivo a erradicação das plantas infestantes e a sua substituição por espécies indígenas da laurissilva como o til, o vinhático, a faia, o loureiro e a urze." (Público)

Hoje ouvi na rádio este número: 70% da área ardida este ano na Europa aconteceu em Portugal.
O que nos diz isto enquanto país e sociedade?

1 comentário:

Sofia disse...

Eu vi na televisão a catastrofe da Madeira... é um desgosto e tanto! Ainda mais para quem é de lá! Beijo