Ontem, Jorge Lacão, Ministro dos Assuntos Parlamentares, pôs na mesa a possibilidade de redução de deputados de 230 para 180.
Hoje, Francisco Assis, líder parlamentar do PS, disse isto: “Não tencionamos apresentar nem tencionamos viabilizar qualquer iniciativa que vise pôr em causa o número de deputados existentes no Parlamento.”
É bonito ver este entendimento entre um ministro do PS e um deputado do PS... Sendo que nenhum deles é um qualquer militante insignificante.
Antes de mais, reduzir o número de deputados não iria resolver os problemas financeiros do país. Tal como não vai resolver a série de propostas avulsas que para aí andam, lançadas por todos os partidos, desde reduzir o número de ministérios até limitar os salários dos gestores públicos. Lembram-se de Paulo Macedo, director-geral dos impostos nomeado por Manuela Ferreira Leite? Justificou ou não os 25.000€ mensais?
Em segundo lugar, 230 e 180 são os limites superior e inferior do número de deputados. Por que não uma solução intermédia? 200?
O problema do país resolve-se com uma única coisa: crescimento económico.
Sem isso, bem podem todos andar à volta dos cortes, que nunca será suficiente.
1 comentário:
Crescimento económico. Certo. Mas precisamos de tantos deputados?
(Só haveria uma maneira de haver um entendimento no sentido de diminuir o número de deputados: era diminuir o número para dar ainda mais regalias aos deputados que ficassem... o que, não sendo totalmente impossível de acontecer neste país, não traria poupança na despesa, na verdade só mantinha o problema que já existe.)
Portanto, concordo com o crescimento económico mas uma grande ajuda nesse sentido seria a racionalização da despesa. Em vez de gastar dinheiro mal gasto (e exemplos não faltam, já que o Estado, que devia dar o exemplo de boa gestão, é o que erra mais) deviam era gastá-lo/investi-lo onde é realmente preciso.
Bjos,
Cris
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