Há alguns dias andou para aí uma polémica devido ao ministro Álvaro Santos Pereira ter sugerido que se exportassem pastéis de nata.
Excluindo a escandaleira das virgens púdicas e das oposições, e uma vez que Portugal não tem foguetões nem energia nuclear para exportar, o que é que o país vai vender lá para fora? Ora bem, deve vender o que tem.
Santos Pereira disse isto: "Temos falhado na internacionalização dos nossos produtos. Nos dias de hoje, em que assistimos à maior crise das últimas décadas, é preciso encontrar caminhos para ultrapassar esta situação, e um dos caminhos passa pela aposta nos nossos produtos."
A este comentário meridiano, que qualquer português com dois dedos de testa deveria compreender e incentivar, acrescentou, com sorriso metafórico, que tínhamos os pastéis de nata e o frango do churrasco do Nando's.
Ao mesmo tempo que andam para aí ofendidos com esta metáfora do ministro, a economia paralela já representa 25% do PIB. Um quarto da nossa riqueza!
Na notícia que vi na televisão sobre esta barbaridade, os responsáveis do estudo referiam que se isto fosse devidamente declarado o défice em 2010 teria ficado ligeiramente abaixo dos 3%, e não nos quase 9%.
Uma parte da responsabilidade pela situação em que o país está é obviamente da nossa sociedade. Não são só "eles" que roubam...
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