sábado, 5 de maio de 2012

La France qui arrive


A propósito da 2ª volta das eleições francesas, o jornalismo tem momentos delirantes.
Ouvi há pouco que a UMP, partido de Sarkozy, poderá desfazer-se e ter uma longa (sic) travessia no deserto. Gosto destas certezas. Sobretudo antes dos resultados eleitorais.
Ouve-se ainda o tratamento dado às campanhas de cada um dos lados. Hollande é o homem da mudança, quase o salvador da França e da Europa, depois do louco Sarkozy. Transmitem pequenos momentos dos comícios de Hollande em que este não diz rigorosamente nada além de "mudança", "faltam dois dias", "vitória". Ideias, propostas? Zero. Apenas, raramente, se ouvem medidas disparatadas como retomar a idade da reforma aos 60 anos, ou o aumento do emprego no Estado. Viva o Estado a pagar tudo! Ops... afinal quem paga são os contribuintes. Mas estes também não parecem - ainda - muito interessados na mão que lhes irá ao bolso em breve.
Sarkozy, numa desagradável e imprudente deriva direitista, não consegue passar a mensagem, além da questão dos imigrantes. Devido aos anticorpos que foi acumulando ao longo do mandato, será vítima do voto contra si próprio (mais do que do voto a favor de Hollande).

Isto, para os lados da França, não vai trazer nada de bom.

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