segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ideias peregrinas

Em tempos de crise, não só económico-financeira, parece que as ideias ficam turvas e começam a surgir propostas que são completos disparates.

Ficam aqui algumas dessas sugestões, só para citar duas:



Em relação a esta lei, Marinho Pinto (personagem cujos estilo e dislates não me agradam) disse que é um convite ao linchamento das pessoas em causa (depois disse umas palermices, como é hábito). É disso que se trata. Se o pedófilo foi punido, punido está. Não faz sentido esta perseguição por via legal. Ou será que alguém que roubou um champô num supermercado passa a ter um alarme que dispara sempre que entra numa loja?
Ou quem matou alguém passa a ter um sinal na testa, como Caim?
Assim não há justiça.

Rio, um dos políticos mais sensatos do país, teve este momento de loucura. Enquanto Manuela Ferreira Leite, de uma forma irónica que ninguém entendeu, falou em suspender a democracia, Rui Rio propõe esta solução para as autarquias em tom sério. 
Parece que não basta a Itália ter um primeiro-ministro não eleito, e a Grécia ter tido solução semelhante antes da bagunça eleitoral que por lá impera.
Por aquela ordem de ideias, sempre que houvesse um problema instalava-se uma qualquer comissão administrativa para o solucionar. Democracia? Ah, não, agora não é possível. Salazar ia gostar desta ideia. Afinal, os portugueses não estavam preparados para a democracia.
Li algures que que esta solução defendida por Rui Rio enquadra-se na Lei de Finanças Locais. Seja. Mas isso não quer dizer que seja uma solução legítima.

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