segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Ainda o referendo

A posição do líder do CDS (e de alguns defensores do “não”) de que vai votar contra alterações da legislação do aborto, no sentido da despenalização, é patética e infantil.
O que deviam fazer era tentar influenciar, na Assembleia da República, no sentido de prever apoio, aconselhamento e acompanhamento às grávidas que pretendam abortar; promover o planeamento familiar; incentivar a introdução real da educação sexual nas escolas; promover a natalidade.
Por mais contra que se seja relativamente ao aborto (e eu votei “não”), agora o salto foi dado. Tal como se dizia ontem no Abrupto, o divórcio também passou a ser permitido e é um dado adquirido e um valor da nossa sociedade e civilização. Em nome da felicidade individual.
Querer agora fazer uma campanha no sentido do “não”, com vista a repetir-se o referendo para inverter o resultado, é uma patetice. O País tem mais problemas com que se preocupar!
O resultado deste referendo não é o fim do mundo. Disse Mário Soares com receio de uma maioria "não". Eu votei "não" e digo a mesma coisa.

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