A propósito de uma alegada campanha para as eleições intercalares, renasceu a ideia de criar em Lisboa uma rede de ciclovias.
Pois, cá ficam umas coisas que convinha que os candidatos lessem:
"Este texto é muito importante. Não sei quem propôs uma rede de ciclovias em Lisboa, e arrepio-me de pensar que o tenham feito lembrando Amesterdão ou Berlim (como há uns anos ao Professor Doutor Jorge Sampaio). Lisboa tem tantas condições para usufruir da mobilidade da bicicleta como Queen Mary II de subir a Ribeira de Alcântara até ao Campo Pequeno. O Tiago Mendes fala da saúde e da integridade física de um hipotético ser humano que decida fazer a sua vida em Lisboa em cima de uma bicicleta. Mas não é preciso ir tão longe. Na Holanda as pessoas andam de bicicleta por três razões principais: aquilo é plano como uma mesa de snooker, aquilo nunca passa dos 25 graus centigrados e aquilo não tem vento. Sabem o que custa subir do Cais do Sodré até ao Saldanha? Sabem o que é pedalar de calças com 30 graus centígrados? Sabem o esforço que é necessário esbanjar para fazer deslocar uma bicicleta contra o vento português (e nem falo na famosa nortada)? Meus amigos, como o Tiago Mendes diz, um percursozinho ou outro, à beira rio, tudo bem, agora sequer imaginar que em Lisboa a bicicleta pode fazer parte da política de transportes, pelo amor de deus, também há limites para a falta de capacidade em imaginar a realidade." (in A Causa Foi Modificada)
Façam lá uma ciclovia ou uma avenida marginal ao Tejo ou o que quiserem - desde o Parque das Nações até Algés - para aproveitar toda essa frente ribeirinha abandonada ou alegremente entregue ao Porto de Lisboa. Lisboa deve ser das poucas cidades do mundo com um privilégio destes absolutamente desaproveitado e vedado aos seus cidadãos.
1 comentário:
Ora aí está uma belíssima ideia. Se a aproveitassem, até eu me punha a andar de bicicleta cá em Lisboa... e então logo à beira-Tejo:)
Bjocas!
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