sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Importância da memória

Ninguém se lembra, mas passam hoje 18 anos – repito, 18 anos! – sobre a queda do Muro de Berlim. 9 de Novembro de 1989.
Só vi um pequeno e digno apontamento no Meia Hora. Ninguém mais falou, ninguém mais se lembra. Mas foi neste dia que o muro – “que separava a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã – caiu em 1989 e foi o acto inicial da reunificação do país, acabando também a divisão do mundo em dois blocos.” (ver aqui história e cronologia deste muro que marcou o mundo contemporâneo).
Um forte gesto simbólico que representou tanto para o Mundo – para o nosso mundo.
Muitos historiadores entendem que este marco representou o fim do séc. XX, cujo início se tinha dado em 1914 com a I Guerra Mundial. Um século curto e sangrento.

Infelizmente, nos nossos dias a memória desvanece-se com uma facilidade e rapidez confrangedora.

Também no passado dia 4 de Novembro passaram-se 12 anos – sim, 12 anos! – sobre o assassinato de Yitzhak Rabin (Jerusalém, 1 de Março de 1922 — Tel Aviv, 4 de Novembro de 1995), primeiro-ministro de Israel. Lembro-me de assistir quase em directo a este crime, via televisão, nos meus primeiros tempos em Lisboa.
Foi este político que teve a coragem de – sob a chancela americana de Bill Clinton – chegar a acordo com Yasser Arafat em 13 de Setembro de 1993.



(ver aqui mais sobre Yitzhak Rabin)

Infelizmente os nossos dias, feitos de episódios e faits divers, não permitem recordar momentos que marcaram a História.
Esta reflexão surge-me enquanto leio “Portugal – o pioneiro da globalização”: só através de um olhar em perspectiva é possível perceber os factos que moldam o rumo da humanidade. Ora de forma quase imperceptível, ora de forma súbita e repentina.

Só tenho pena de saber tão pouco de História.

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