segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A fronteira da esperança

Hoje foi o último dia do mandato de George W. Bush.
Não foi o melhor presidente dos EUA, nem pouco mais ou menos. Mas também teve a sorte de ser presidente em tempos particularmente conturbados.
Ontem, o PÚBLICO trazia em destaque uma interessante avaliação prévia dos 8 anos que Bush passou na Casa Branca. Só daqui a algumas décadas poderá ser feita uma avaliação do que significou esta Administração americana, quer em termos internos, quer internacionalmente.
Esta administração será definida sobretudo por três momentos: o 11 de Setembro, o furacão Katrina e a crise financeira.
Mas há um ponto a não esquecer: a sorte da Administração Obama poderá ofuscar ainda mais ou fazer brilhar a passagem de George W. Bush pela Casa Branca. O legado de qualquer presidência é sempre avaliado em comparação com as que se lhe seguiram.
Foi assim com Harry Truman, por exemplo, "que, nos anos 50, abandonou a Casa Branca como um dos mais líderes impopulares nos Estados Unidos." A História reabilitou-o.
Reitero o que ja aqui disse por várias vezes: Bush não foi certamente o mais brilhante dos presidentes americanos, mas também não é o idiota chapado que muitos querem fazer crer. Tenho para mim que a guerra contra o terrorismo ficará como um grande ponto a favor desta administração.

Amanhã, 20 de Janeiro, Obama cruza a fronteira da esperança.
Oxalá consiga ser tão inspirador como tem sido até aqui.


Lista dos presidentes americanos aqui.