terça-feira, 28 de abril de 2009

O ruído

A entrevista de Manuela Ferreira Leite ontem, na SIC, parece que não teve mais nada para além de uma alegada falta de clareza em afastar a possibilidade do bloco central após as eleiçoes legislativas.
Não vi a entrevista.
Já li muita notícia sobre o assunto.
Hoje vi essa parte da entrevista na televisão. E... juro que não entendo o que se passa!
Quem tenha ouvido minimamente o que MFL tem dito do governo de Sócrates nos últimos tempos, percebe que as condicionantes que ela colocou na resposta excluem essa possibilidade.

Este país da treta delira com faits divers. E se não há, inventa-os.
E adormece docemente na propaganda deste governozinho que nos está a pôr uma corda ao pescoço.

Uma coisa garanto: se nas eleições legislativas houvesse apenas dois candidatos - MFL e Sócrates - eu sei claramente em qual nunca votaria.
E a pior coisa que nos podia acontecer era ter um governo de bloco central.

Citando João Gonçalves, do Portugal dos Pequeninos:

"Como era de esperar, aquilo que interessava da entrevista de Ferreira Leite - a explicação de que estamos a fomentar um país irremediavelmente pobre e que o endividamento externo de que não se fala nas tendas da propaganda torná-lo-á ainda irremediavelmente mais pobre do que já é comprometendo, como uma pandemia nacional, o futuro por gerações e gerações - ficou fora das manchetes. O que o lixo tóxico chamado "notícia" quer que conste é, singularmente, que a senhora se "deixou enredar" por causa do "bloco central", que ocorreu um "tropeção na linguagem" e por aí fora. Os serventuários de Santos Silva seguiram aprumadamente as ordens dadas pelo chefe que forneceu logo o mote. Tudo serve para nos distrair do essencial. Coisas de porcos. A peste já cá está."


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