domingo, 13 de setembro de 2009

Sócrates vs. Manuela Ferreira Leite

Apenas uma frase: numa situação de empate técnico, como apontam as sondagens, nenhum deles teve o golpe de asa para descolar (notícia do debate aqui).
Sócrates, demagogo e em versão "animal feroz amansado", debitava os grandes feitos da sua governação maravilha e ia ao passado para entalar (é essa a palavra) a sua opositora de debate.
MFL, um pouco desajeitada nas palavras, lá explicava pouca coisa e não se comprometia com nada, por não saber a real situação do país. Quando a questão do TGV saltou para cima da mesa, ela não devia ter aquele tipo de tirada nacionalista e anti-espanhola. Há outras maneiras de dizer as coisas...
Uma coisa que gostei em Ferreira Leite é quando, fazendo frente a Sócrates sobre os famigerados "apoios sociais", ela contrapõe que se se criar riqueza suficiente para todos não são necessários apoios sociais.
Haverá incomodados com isto, mas é esta a questão central: ou se cria riqueza para todos, ou se continua a distribuir esmolas aos pobres, ao país todo. É a diferença entre distribuir riqueza ou distribuir pobreza.

Confesso que, algures entre a discussão da segurança social e da educação, adormeci. Não me lembro de nada do que tenham dito entretanto.

MFL, se quiser ganhar as eleições, tem de ser mais afirmativa, mais rápida na resposta, mais acutilante.
Da parte de Sócrates, o que se dá agora atenção é a uma baboseira óbvia: "com novo governo haverá novos ministros". Nada mais natural. Mas há quem goste de circo.

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Numa rápida avaliação pela prestação dos vários candidatos, o seguinte:
- candidatos com vontade de ganhar votos: Portas e Louça;
- candidatos à procura de não perder votos: Sócrates e Ferreira Leite;
- candidato a falar para os seus eleitores habituais: Jerónimo de Sousa.

Aqui podemos ver ou rever os vários debates: RTP.

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