sábado, 19 de dezembro de 2009

Eu mando mais do que tu

A notícia é isto:
O dirigente socialista Sérgio Sousa Pinto acusou hoje o Presidente da República de se «intrometer» na agenda do PS sobre casamentos homossexuais, advertindo que, se fizer «coro» com a oposição de direita, colocará em causa a estabilidade política.
(...)
Sexta-feira, o Presidente da República foi questionado pelos jornalistas sobre a aprovação pelo Governo de uma proposta de lei que visa permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na resposta, o chefe de Estado disse que a sua atenção estava no desemprego, no endividamento do país, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade. (Público)

Pergunto eu: o Presidente da República não foi também ele eleito com base numa determinada agenda? Foi.
O PR não é o único cargo/órgão político unipessoal? É.
O PR não foi eleito por mais cidadãos que este governo? Foi.
O PR não entalou o governo quando disse que é possível governar em minoria? Entalou.

Estes senhores socialistas acham que são os donos da verdade, da vontade do país e de tudo o que lhes apetecer. Mas não são. Há mais país - muito mais país - para além do PS, Governo e das suas causas.

Cada vez menos o PS esconde a vontade de se vitimizar e ir para eleições antecipadas, apesar de ter vencido as legislativas de há 3 meses. O problema é que não é líquido que uma nova eleição altere substancialmente o actual quadro político ao nível da repartição parlamentar.
Mais carnaval? Não, obrigado.

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