quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A campanha presidencial a descer

A Sábado lembrou-se de ir desenterrar um episódio da vida de Cavaco Silva de Maio de 1967. Portanto, há 43 anos. E completamente irrelevante.


"A polícia política abriu o processo número 995/67 e pediu ao chefe de gabinete do ministro da Educação que fizesse comparecer Cavaco Silva na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso. O professor faltou à primeira convocatória mas, após uma insistência do director da PIDE, em Dezembro de 1967, preencheu o “formulário pessoal pormenorizado”, um boletim de 4 páginas que era burocraticamente designado como “modelo 566”. 
 A alínea 12 colocava uma questão directa: “Sua posição e actividades políticas”. Na linha de baixo, num momento em que António de Oliveira Salazar - então com 78 anos - cumpria o seu 35.º ano como líder da ditadura, Cavaco Silva escreveu: “Integrado no actual regime político”. Deixou mais uma linha e acrescentou: “Não exerço qualquer actividade política”."


Neste país de comunistas revolucionários, todos têm de ser heróicos oposicionistas ao regime de Salazar, sob pena de insinuações como estas.
Alegre, esse grande homem do "não", andou envolvido em ataques bombistas. Seria um terrorista. Mas, como é de esquerda, é um herói resistente.

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