Enquanto "o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recebe todos os meses cerca de 1400 euros por subsídio de alojamento apesar de ter um apartamento seu na área de Lisboa onde reside durante toda a semana", a "Câmara Municipal de Torres Novas deliberou, ontem, a aquisição de um carro em segunda mão para substituir a viatura de serviço do presidente da autarquia, que se encontra avariada."
Do ministério da Administração Interna dizem que o tal subsídio é legal. Se-lo-á. Mas isso não quer dizer que seja legítimo. Quer tendo em conta a circunstância de Miguel Macedo ter um apartamento em Algés, quer tendo em conta a situação financeira do país.
Claro que 1400€ x 12 meses não farão grande diferença no défice, mas seria uma boa atitude abdicar do dito subsídio a título de "medida simbólica".
Por seu lado, António Rodrigues, presidente da Câmara de Torres Novas, afirma: “Sentia-me envergonhado se fosse andar num carro novo nesta altura”, sublinhando que nos 18 anos que leva à frente da autarquia torrejana apenas teve duas viaturas de serviço.
E quando toca a encontrar um caminho para tirar o país do buraco em que foi enfiado, o que temos do lado de António José Seguro? Nada, além de uma série de lugares comuns e baboseiras sob o tecto do que ele chama de "austeridade inteligente". Importa-se de concretizar?
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