No Público:
"O primeiro-ministro apelou hoje aos portugueses para que adoptem uma “cultura de risco” e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser “uma oportunidade para mudar de vida”.
Durante a tomada de posse do Conselho para o Empreendedorismo e a Inovação, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Pedro Passos Coelho lamentou que “a cultura média” em Portugal seja a “da aversão ao risco” e que os jovens licenciados portugueses prefiram, na sua maioria, “ser trabalhadores por conta de outrem do que empreendedores”.
Numa intervenção de cerca de vinte minutos, o primeiro-ministro defendeu que “essa cultura tem de ser alterada” e substituída por “um maior dinamismo e uma cultura de risco e de maior responsabilidade, seja nos jovens, seja na população em geral”.
Passos Coelho referiu-se em especial aos portugueses que estão sem emprego: “Estar desempregado não pode ser, para muita gente, como é ainda hoje em Portugal, um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria sociedade”.
O que o primeiro-ministro disse indignará e irritará muita gente, mas tem razão.
E contra mim também falo.
A sociedade portuguesa tem um problema cultural que coarcta, que tolhe, que inibe a iniciativa, o espírito empreendedor, o olhar em frente, o ser positivo, o ver oportunidades.
Nos EUA faz-se um negócio com uma cartolina pendurada ao pescoço. Em Portugal tal é impossível. Aqui somos doutores, lá são empreendedores. É o problema de sermos um país pequeno, uma sociedade fechada.
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