Num primeiro embate, não gosto das alterações que este acordo vem propor. Quanto mais não seja porque abrasileira a língua portuguesa, e porque já estamos habituados a uma determinada grafia.
“O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) é um tratado internacional que tem como objectivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que adoptam oficialmente essa língua. Foi assinado pelos representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, fruto de um longo trabalho desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras desde 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004.” (Wikipedia)
“A unificação ortográfica acarretará alterações na forma de escrita de 1,6% do vocabulário usado em Portugal e de 0,5% no Brasil” (Wikipedia)
Uma outra coisa que me espanta na implementação do acordo é o chamado “período de transição”: 6 anos, se não estou
Em Portugal, se fosse para alterar o trânsito da faixa direita para a esquerda teríamos também uma fase de transição de vários anos, indo todos os veículos de frente uns contra os outros e provocando acidentes, pois ninguém sabia em que faixa devia circular: à direita, à esquerda, ou no meio… Ou seja, esta alteração da ortografia era coisa para se fazer no próximo ano. Já há dicionários à venda, pelo que bastava muita publicidade, informação e campanhas de esclarecimento nos meios de comunicação social, de forma a termos uma “nova” língua em 2009.
Já disse Pessoa, num célebre slogan para a Coca Cola: "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Será a mesma coisa com este Acordo Ortográfico.
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