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terça-feira, 18 de outubro de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Bom português

"Uma equipa de cientistas encontraram o mais antigo quasar, um monstro de matéria que expulsa luz e ilumina tudo à volta com 12,9 mil milhões de anos. A descoberta foi publicada na Nature." (Público)

Leram?
O que é que está ali errado?
Isso mesmo: o verbo não corresponde ao sujeito da frase.
Experimentem assim: "uma equipa de cientistas encontrou o mais antigo quasar..."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Modernices verbais

De há uns tempos para cá muitos usam a palavra.
Agora as pessoas não combinam coisas, não se entendem, não chegam a acordo.
O que é bem é articular.
Exemplos há por todo o lado. Basta estar atento.
No mundo do trabalho: "o melhor é articular isso com X"
No jornalismo (no Negócios de hoje): "Passos articula Álvaro e Portas na frente externa". (ainda hei-de perceber o tratamento diferenciado: uns são Passos e Portas, outro é o Álvaro).

Não consigo articular esta forma de expressão na minha cabeça. 
Ou deverei dizer que não realizo?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Coisas do acordo ortográfico

Com o acordo ortográfico vamos ter de andar muito atentos para perceber o contexto de muitas palavras.
No outro dia dei comigo a pensar nestas duas palavras:
- recepção (que também se vai poder escrever receção):

Divirtam-se:
"O funcionário da receção estava a falar da recessão."

O que vai ser fantástico é pôr os madeirenses a dizer fatura se C... 
É que eles carregam no C como se estivesse ali uma parede.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Revolta das palavras?

Com as revoltas que têm alastrado no Magrebe, chegou a vez do Egito. Ou Egipto.

O novo acordo ortográfico, pondo de lado a raiz das palavras, e centrando-se apenas no fonema, cria barbaridades como esta: o país escreve-se Egito; os seus cidadãos são egípcios.


Posso dizer que sou contra e continuar a escrever como sei depois de 2015?
(Só neste país é que uma fase de transição como esta leva 5 anos! Só neste país é que há fases de transição. Se porventura alguém se lembrasse de alterar a via de circulação automóvel da direita para a esquerda, teríamos um massacre durante a fase de transição)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Português alternativo

A notícia em destaque no Público diz:
"Carros mais poluentes proibidos na Baixa de Lisboa a partir do Verão
Regra também se aplica a autocarros, residentes e veículos de emergência são excepção. Entradas controladas por operações stop. No futuro poderá haver um selo verde."

O que significa a frase que sublinhei?
Que tal assim: "Regra também se aplica a autocarros. Residentes e veículos de emergência são excepção"? Não fica mais perceptível?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ignorância em grande

No folheto promocional do Continente/Modelo, de 07 a 12 Dezembro, há este texto informativo:

"O Bolo do Caco é um pão oriundo da Ilha da Madeira, embora tenha um nome doce o Bolo do Caco é um tipo de pão, baixo e macio. É uma das principais heranças da influência magrebina feito de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, sal e batata-doce. Depois de unidos os ingredientes, a massa fica a levedar algumas horas e as pequenas bolas de massa são achatadas e arredondadas, devidamente polvilhadas com farinha. A sua cozedura, feita de forma artesanal sob uma pedra (caco) basáltica bem quente faz com que adquira uma crosta fina ligeiramente queimada, conferindo-lhe um sabor rústico e único. Pode ser consumido quente, como entrada de uma refeição, barrado com manteiga de alho a derreter, ou mesmo como iguaria principal. Uma verdadeira delícia!"

Agora o mesmo texto escrito em português de gente:

"O bolo do caco é um pão oriundo da ilha da Madeira. Embora tenha um nome doce, o bolo do caco é um tipo de pão, baixo e macio. É uma das principais heranças da influência magrebina, feito de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, sal e batata doce. Depois de unidos os ingredientes, a massa fica a levedar algumas horas e as pequenas bolas de massa são achatadas e arredondadas, devidamente polvilhadas com farinha. A sua cozedura, feita de forma artesanal sobre uma pedra (caco) basáltica bem quente, faz com que adquira uma crosta fina ligeiramente queimada, conferindo-lhe um sabor rústico e único. Pode ser consumido quente, como entrada de uma refeição, barrado com manteiga de alho a derreter, ou mesmo como iguaria principal. Uma verdadeira delícia!"

Será que estes artigos não passam por alguém que saiba ler e escrever?

Já basta ver, no metro, painéis informativos assim: "a circulação na linha verde, encontra-se interrompida..."

Ainda bem que a OCDE não vê estas barbaridades...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Customizar... é o quê?

Li hoje, num qualquer jornal, um anúncio de página inteira com um convite ao consumo assim: "customiza..."
Fiquei chocado!
Que raio de língua é aquela?!

Eu também podia traduzir o "no colouring or preservatives", que vem em muitos refrigerantes, por "sem colorantes ou preservativos"?

Santa paciência!
E chamam a isto publicidade...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Descriminar vs discriminar

Há uns meses que reparo neste português alternativo em todo o sítio: querem dizer "discriminar" mas escrevem "descriminar".
Ora, vamos lá espreitar um dicionário:

- descriminar = descriminalizar
verbo transitivo
1. absolver do crime imputado
2. tirar a culpa a
3. justificar
4. legalizar (acto, comportamento, substância, etc., anteriormente considerado susceptível de penalização)

- discriminar
verbo transitivo
1. diferenciar; distinguir; destrinçar; discernir
2. separar; especificar
3. tratar de forma desigual e injusta (pessoa ou grupo de pessoas); segregar
verbo pronominal
separar-se; apartar-se

E assim se fala em bom português.

terça-feira, 9 de março de 2010

Português alternativo

Se há coisa de que acho que me posso orgulhar é saber construir frases correctas. E com a pontuação a fazer sentido. Mas é cada vez mais frequente ler, seja em jornais, revistas, na televisão, em e-mails, frases extremamente mal construídas. Que - para mim - só fariam sentido se escritas por alguém que infelizmente não tenha tido a oportunidade de ir além da 4ª classe.
Pois bem... ainda hoje, num organismo público, lá estava uma placa dourada com uma barbaridade destas: "inaugurado pelo Ministro da Justiça, António Costa, sendo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes"
.

Alguém me consegue explicar como se lê a parte que destaquei?
Aquela vírgula ali serve mesmo para quê?
!

O Metro, onde circulam milhares de pessoas por dia, costuma ter uma frase que reza assim: "o Metro informa, que a circulação..."
Mais uma vírgula mal colocada. Ninguém compreende que, com aquela vírgula, a frase não faz sentido? Lendo apenas a primeira parte da frase, o Metro informa o quê?

Um dos truques que utilizo para a colocação de vírgulas é o seguinte: uma vírgula permite juntar frases como um puzzle, de forma a fazer sentido, e a transmitir mais informação. Se eu tirar uma dessas frases (uma dessas informações), o resto da frase tem de continuar a fazer sentido. E isto para mim é básico.

Lembro-me de ter aprendido que uma frase era composta por sujeito, verbo e predicado...

Cada vez mais fico arrepiado com a forma como se escreve neste país.

sábado, 3 de maio de 2008

Visualizações

Há certas expressões ou palavras que me irritam. "Visualizar" entra nesse restrito lote.
Hoje, no Jornal da Tarde da RTP, havendo alguma demora na apresentação de uma peça sobre a novela Maddie McCann, a jornalista alerta: "um compasso de espera para podermos visualizar esta reportagem..."

O que é visualizar?! O verbo "ver" foi abolido?
Actualmente todo o mundo visualiza coisas...
Será que sou eu a ter um problema na visualização (perdão, vista)?
Bah!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Acordo?

Com o acordo ortográfico que para aí anda parece que a oralidade se impõe à ortografia. Vai daí lembrei-me de um caso que gostaria de saber como vai ser resolvido:
- na Madeira em vez de dizerem factura (como no continente "fatura") dizem faCtura (assim, carregando no C).
Pergunto: qual vai ser o critério de escrita e leitura desta palavra? Ao gosto do freguês?

Com este acordo também o actual "hás-de" passa a escrever-se "hás de", em duas palavras.
Pergunto: assim desaparecerão os "hádem" e os "hádes"?

Pequeno apontamento cultural

"Na mitologia grega, Hades é o deus do Inferno e das riquezas dos mortos. O nome Hades era usado frequentemente para designar tanto o deus como o seu mundo. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone filha de Deméter. É interessante observar que ao contrário de seus irmãos, Zeus e Poseidon, que tiveram dezenas de filhos, Hades não os teve, havendo somente pouquíssimas lendas nas quais ele possui filhos." (Wikipedia)

A propósito do acordo ortográfico, ler isto.

sábado, 22 de março de 2008

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

E de que é que me lembrei de escrever agora? Do Acordo Ortográfico, pois claro!

Num primeiro embate, não gosto das alterações que este acordo vem propor. Quanto mais não seja porque abrasileira a língua portuguesa, e porque já estamos habituados a uma determinada grafia.

“O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) é um tratado internacional que tem como objectivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que adoptam oficialmente essa língua. Foi assinado pelos representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, fruto de um longo trabalho desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras desde 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004.” (Wikipedia)

Em jeito de anedota, há alguns dias, ao falar no messenger com uma amiga, ela pergunta “Veem-se?”, do verbo Ver. E eu respondo qualquer coisa como “cá está um exemplo da confusão que o novo acordo deve gerar: estás a perguntar do verbo Ver ou do verbo Vir?”

Não sou linguista nem suficientemente entendido para argumentar a favor ou contra o acordo. Apenas não simpatizo com aproximação ao português que se usa no Brasil. E Portugal é que é a origem da língua portuguesa.

“A unificação ortográfica acarretará alterações na forma de escrita de 1,6% do vocabulário usado em Portugal e de 0,5% no Brasil (Wikipedia)

Mas percebo perfeitamente que a língua não é uma realidade estática, mas sim uma coisa viva. E que por isso muda, evolui, é moldada por quem a fala. Alguém entende hoje em dia algum texto de português escrito há 500 anos? Muito poucos. E podemos ainda recuar ao século XIX e ver a forma como se escrevia na altura: para nós é algo estranho. Basta pensar na palavra “farmácia”, então escrita “pharmácia”…

Uma outra coisa que me espanta na implementação do acordo é o chamado “período de transição”: 6 anos, se não estou em erro. Ou seja, uma eternidade. Na qual se irá escrever das duas formas, gerando confusões.

Em Portugal, se fosse para alterar o trânsito da faixa direita para a esquerda teríamos também uma fase de transição de vários anos, indo todos os veículos de frente uns contra os outros e provocando acidentes, pois ninguém sabia em que faixa devia circular: à direita, à esquerda, ou no meio… Ou seja, esta alteração da ortografia era coisa para se fazer no próximo ano. Já há dicionários à venda, pelo que bastava muita publicidade, informação e campanhas de esclarecimento nos meios de comunicação social, de forma a termos uma “nova” língua em 2009.

Já disse Pessoa, num célebre slogan para a Coca Cola: "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Será a mesma coisa com este Acordo Ortográfico.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Português alternativo (actualizado)

Eu, que tinha pensado reduzir o blogue a pouco mais dos serviços mínimos, não posso deixar de chamar a atenção para um magnífico post (ver também os comentários) do Incontinentes Verbais sobre a forma como se fala português, em Portugal:

"Alguém me faz a fineza de dizer a partir de quando se começou a "colocar questões" em vez de "fazer perguntas"? Foi antes ou depois de se dizer "recepcionar" em vez de "receber"? Terá sido em simultâneo com a descoberta do "incontornável"?"

Julgo que estes disparates sejam aparentados com "visualizar" (em vez de "ver"), de "estórias" (em ves de "história"), de "listagem" (em vez de "lista"), de "fazer print" (em vez de "imprimir")... e já chega! Este português dá-me arrepios....

Entretanto, durante as férias encontrei, na revista Executive Digest de Agosto/07, mais umas novidades linguisticas a entrar em vigor em Janeiro de 2008:


Francisco José Viegas, na sua A Origem das Espécies, realça ainda declarações de Francisco Seixas da Costa, embaixador de Portugal no Brasil.

Ler ainda este post delicioso do Pedro Mexia, no seu Estado Civil.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Joeberardidades


Isto de ter dinheiro…
Ontem Joe Berardo esteve no Negócios da Semana, na SIC Notícias. Alguns dias antes esteve à conversa com Mário Crespo, no mesmo canal. E quer este, quer José Gomes Ferreira contiveram o riso várias vezes para traduzirem o que o milionário madeirense diz.

2007 tem sido o ano de Berardo. Foi a PT, foi o Millennium BCP, é o Benfica, são os museus…
Não demorará muito tempo até Joe Berardo ser candidato a qualquer coisa. Escrevam isto.

Mas, aproveitando as Novas Oportunidades, o Sr. Berardo não podia tirar um curso de português?
É que as conversas dele são líricas: não diz uma única frase correcta. Utiliza palavras inglesas pelo meio quando não sabe em português, corta raciocínios, inventa verbos (“á” em vez de “é”..)…
Como diz o slogan, aprender compensa.