Depois do plano A (Constituição europeia) ter falhado e o plano B (Tratado de Lisboa), nas palavras de Sarkozy, ter embatido no "incidente irlandês", a cúpula da UE entrou em roda viva para seguir em frente.
O ministro do interior alemão propôs a eleição directa do futuro presidente do Conselho Europeu, em vez de essa escolha ser feita pelos chefes de Estado e governo da UE.
No PÚBLICO de hoje, no início de um longo artigo, pode ler-se: "a Irlanda vai ter de decidir rapidamente se quer sair da UE depois de ter recusado o Tratado de Lisboa, ou se prefere submeter o texto aos eleitores mediante certos ajustamentos." Isto porque, implicitamente, vários líderes europeus "recusam que menos de um milhão de irlandeses travem a vontade de governos representativos de 490 milhões".
Mas esta formulação tem uma armadilha: se fosse feito um referendo europeu, o argumento seria válido. Como, diferentemente, cada Estado é soberano para aceitar ou rejeitar o Tratado, significa tão-só que a cúpula da UE quer avançar com "isto", quer os cidadãos aceitem ou não.
É certo que no referendo irlandês muitos dos argumentos usados pelos partidários do "não" eram falaciosos, mas será sempre assim em qualquer eleição em qualquer país.
Enfim... isto da democracia é muito bonito, mas não chateiem muito, parecem pensar os líderes europeus.
Daqui não se pode depreender que os leitores estejam sempre certos. Hitler chegou ao governo alemão através de eleições. E não costa que tenha sido a melhor escolha.
O ministro do interior alemão propôs a eleição directa do futuro presidente do Conselho Europeu, em vez de essa escolha ser feita pelos chefes de Estado e governo da UE.
No PÚBLICO de hoje, no início de um longo artigo, pode ler-se: "a Irlanda vai ter de decidir rapidamente se quer sair da UE depois de ter recusado o Tratado de Lisboa, ou se prefere submeter o texto aos eleitores mediante certos ajustamentos." Isto porque, implicitamente, vários líderes europeus "recusam que menos de um milhão de irlandeses travem a vontade de governos representativos de 490 milhões".
Mas esta formulação tem uma armadilha: se fosse feito um referendo europeu, o argumento seria válido. Como, diferentemente, cada Estado é soberano para aceitar ou rejeitar o Tratado, significa tão-só que a cúpula da UE quer avançar com "isto", quer os cidadãos aceitem ou não.
É certo que no referendo irlandês muitos dos argumentos usados pelos partidários do "não" eram falaciosos, mas será sempre assim em qualquer eleição em qualquer país.
Enfim... isto da democracia é muito bonito, mas não chateiem muito, parecem pensar os líderes europeus.
Daqui não se pode depreender que os leitores estejam sempre certos. Hitler chegou ao governo alemão através de eleições. E não costa que tenha sido a melhor escolha.
1 comentário:
Democracia é muito bonito... desde que façam sempre o que nós quisermos.
Neste caso, os Irlandeses (que chatos, pá)... não quiseram. Agora como é que se resolve? Sinceramente não estou muito preocupada. Pode ser muito desconhecimento meu, mas na política tudo se compra...portanto a Irlanda, a troco de alguma coisa, lá deverá ceder.
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