Não deixando de ser – caso se confirme – uma mudança de enorme simbolismo, convém que ninguém esqueça que Obama não é um enviado de Deus, com poderes para resolver todos os problemas do mundo, desde a crise financeira à guerra, da fome e miséria ao terrorismo, dos poderes emergentes até à imigração… As expectativas que carrega aos ombros são gigantescas.
As linhas políticas, seja nos EUA, seja em qualquer outro país, são feitas de continuidade, tanto a nível interno, como a nível externo. Claro que um Obama em Washington inspira mudança e esperança – embora, em minha opinião, a eleição de uma mulher fosse uma mudança mais radical… – e é preciso dar-lhe tempo para actuar e demonstrar aquilo que é capaz. E até agora Obama demonstrou ter capacidades para liderar, para inspirar. Bem como ter inteligência na forma como utiliza o marketing político. E aquele discurso sincopado, sendo-lhe natural, é qualquer coisa...
Tenho lido vários artigos nos últimos dias que alertam precisamente para esta expectativa exagerada. Lembro, por exemplo, Ricardo Costa (SIC), que tem dito que Obama será bem mais falcão do que aparenta ser. Neste mesmo sentido escreve hoje, no DN, o jornalista Manuel Queiroz, com o sugestivo título "Barack Obama como messias".
Amanhã, a América e o Mundo saberão se “change is coming”…
1 comentário:
Amanhã publicarei curtíssimo apontamento a respeito - uma América sedenta do seu próprio D. Sebastião, no meu entender.
Grata surpresa proporcionada por sintonia de cliques, assim encontro a descoberta deste blogue.
Universo estranhamente familiar ou nem tanto, bastando à certeza uma consulta demorada à barra lateral...
Gostei do que vi. Cá voltarei.
Até lá, o agradecimento pela cortesia do redireccionamento.
Bom Domingo!
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