Convém lembrar a estas excelências que o "actual poder político" foi legitimado pelo voto de 50% dos eleitores portugueses há menos de um ano.
Com isto não quero dizer que o actual poder político tem sempre razão - e já o critiquei várias vezes - mas que está a seguir a linha política que prometeu e que foi acolhida pela maioria dos eleitores.
Estão a fazer coisas que não terão prometido? Talvez.
Já terão dado alguns tiros nos pés desnecessariamente? Sim.
Estão a pôr em causa a democracia? Não.
Estão mais a pô-la em causa estes senhores que se consideram donos da verdade absoluta sobre o 25 de Abril , que acham que a única vida possível é debaixo do tecto do socialismo, e que são de uma intolerância sem nome para tudo o que não tem o seu cunho político.
Além destes pormenores de um ex-presidente da República que agora é radical, e de uma associação proprietária da liberdade, gostava de saber qual a relevância de Manuel Alegre não ir à cerimónia oficial do 25 de Abril na Assembleia da República: porventura o poeta é deputado? Ou o facto de tê-lo sido confere-lhe algum direito especial?
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