sábado, 31 de março de 2007

Perdonite

Esta semana, Tony Blair pediu perdão pelo papel britânico na escravatura. Uma estupidez!
Tal como quando João Paulo II pediu perdão em 2000 pelos erros da Igreja ao longo da História.

Será que daqui a 200 ou 500 anos, os líderes políticos da altura irão pedir perdão por actualmente se usar o automóvel? ou os aviões? ou outra coisa qualquer que hoje é tão normal que nem damos pela sua existência?

Os valores (ou seja lá o que for) de há 200 anos incluía escravatura e tráfico de escravos a partir de África... Faz sentido pedir desculpa por um modo de vida? Por uma certa organização da sociedade que vigorou no passado? Eu acho que não!
O problema é só um: o Ocidente - nós! - interiorizou que a culpa do actual estado de miséria em que meio mundo (sobretudo África) vive é nossa. E os líderes desses países fazem questão de lembrar isso a toda a hora.
E se S. Exas ditadores africanos tivessem feito alguma coisa para desenvolver os seus países? É que guerras, corrupção, plutocracia e afins não ajudam muito...
Ainda bem que Mugabe e compagnons de route têm desenvolvido a Nigéria (por exemplo)...



«Tony Blair marca presença numa cerimónia que lembrou a abolição da escravatura no Reino Unido, a 25 de Março de 1807: «it is an opportunity for the United Kingdom to express our deep sorrow and regret for our nation's role in the slave trade and for the unbearable suffering, individually and collectively, it caused».

Não sou grande adepto deste tipo de pedidos de desculpa em retrospectiva. Para além do óbvio politicamente correcto, há neste exercício uma dose de anacronismo que não é despicienda.»

1 comentário:

Cris disse...

Tanto o pedido de desculpas de Tony Blair como o de João Paulo II pareceram-me uma fantochada.
Literalmente!
E também me parecem lágrimas de crocodilo...
Quando é que o Tony Blair vai pedir desculpas pelos disparates que diz?