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sábado, 5 de setembro de 2009

TVI: culpas solteiras

Ainda o caso do Jornal Nacional de Sexta...
Hoje, no Público, este título: "Ninguém quer assumir o fim do Jornal de Moura Guedes"

Para clarificação do episódio que marca a actualidade político-informativa portuguesa, este título é revelador de muita coisa. Ao ler a notícia em causa, fica no ar algo muito mal explicado.
Se, como diz o governo (e Mário Soares), é uma simples decisão tomada por uma empresa, a que se deve esta embrulhada?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Em política, o que parece é

Logo de manhã, a bomba: o Jornal Nacional de sexta-feira, na TVI, era suspenso.
De seguida, a Direcção de Informação, da qual também faz parte Manuela Moura Guedes, apresentadora do noticiário em causa, demite-se em bloco. Um protesto.
As informações e contra-informações sucedem-se.
Manuela Moura Guedes, em entrevista, diz que a TVI tinha pronta uma peça sobre o caso Freeport. Peça que serie emitida amanhã, dia em que o noticiário voltava após as férias.
A Prisa vem dizer que a suspensão do polémico programa se prende com razões económicas.
As reacções dos partidos políticos sucedem-se.
A ERC, em vez de se preocupar com a dúvida legítima que paira sobre o que motivou a suspensão do noticiário, dispara ao lado: a oportunidade desta suspensão (dando a entender que “agora não dá jeito ao governo”…) Isto é o que ouvi da boca do seu presidente, na TVI.
Entretanto, lê-se no comunicado da ERC: "Perante a situação descrita e a eventual violação de valores com dignidade constitucional, de que é exemplo a liberdade de imprensa, o Conselho Regulador delibera, no âmbito das suas atribuições relativas à defesa do 'livre exercício do direito à informação e à liberdade de imprensa', a imediata abertura, com carácter de urgência, de um processo de averiguações"

Notas ao lado:
- dia 27 de Setembro há eleições legislativas;
- em Fevereiro, no Congresso do PS, Sócrates atacou sobejamente a TVI e o Jornal Nacional das sextas-feiras;
- há uns meses, no parlamento, o mesmo Sócrates deixou no ar a ideia da intervenção estatal no canal através da PT. E por essa via afastar Manuela Moura Guedes.
- o currículo deste governo tem demasiadas zonas sombrias no que à liberdade de imprensa diz respeito;
- o currículo deste governo tem muitas actuações duvidosas no que à liberdade diz respeito (lembrar casos do professor Charrua, de um centro de saúde não sei onde, das polícias nas escolas devido a manifestações…).
- a mão deste governo no mundo empresarial também é abusiva.
- estes casos, bem explorados pela oposição, retiram uma bela resma de votos a Sócrates. E a altura não podia vir mais a jeito. E foi o próprio primeiro-ministro que se pôs a jeito.
O PS perdeu hoje as eleições. Definitivamente.

Já dizia Salazar: "em política, tudo o que parece é".

E o clima de asfixia democrática é demasiado pesado nesta longa legislatura do PS-Sócrates.

Mais 4 anos de governo Sócrates? JAMAIS!

sábado, 30 de maio de 2009

MMG: jornalista contundente

Manuela Moura Guedes, igual a si própria, em entrevista ao I:

Há quem diga que este governo lida mal com os media. Concorda?
Este governo lida mal com a liberdade de informação. Mas a culpa é dos jornalistas. Se o governo estivesse habituado a uma comunicação social mais contundente, directa e que o confrontasse mais, ou seja, se a comunicação social fosse aquilo que devia ser, talvez o governo não apontasse o dedo a quem se limita a fazer jornalismo. Nós não fazemos mais nada além disso: fazemos investigação, mostramos casos que devem ser mostrados à opinião pública, fazemos aquilo que é normal fazer em qualquer país.

(...)

Incomodar o poder é uma das características do "Jornal Nacional" que apresenta?
Não fazemos as peças para criar incómodos ao poder. Enfim, os jornalistas têm de ser contrapoder. Faz parte! Temos de estar sempre lá, cuscar, roer as canelas, porque isso faz parte do jornalismo. Quanto mais responsabilidade tem um político, mais nós temos de estar atentos. Quem não pensa assim, está mal no jornalismo. Não é o "bota abaixo". É o alertar, pedir contas, desmontar a mensagem política. Eles [governantes] vão para lá e já sabem que isto tem de acontecer. Nós não podemos ser um eco, temos de ser o descodificador. Quem faz o contrário está errado e os políticos que não o entendam também.

Há quem diga que faz oposição ao governo...
Isso é uma estupidez. Se calhar é porque há ausência de oposição política. Mas esse tipo de opiniões só surge porque há uma ausência de tudo o mais. Se são relatados casos em que a política de gestão do país está mal, é-se logo encarado como oposição. Mas nós relatamos factos. Fico furiosa quando me dizem isso de fazermos oposição.

(...)

Acha que vivemos submersos em propaganda política e que isso também complica a vida aos jornalistas?
Complica como? Se não fizerem eco de tanta propaganda, não complica. Quantas vezes é que o governo apresenta as mesmas coisas? Ora, se os jornalistas, em vez de estarem a fazer eco como se aquilo fosse novidade, tivessem outra postura, tudo seria diferente. A culpa é nossa. Por isso é que me envergonho da nossa classe. Envergonha-me, que um director de um jornal [do DN, João Marcelino] escreva um editorial a perguntar como é que a ERC ainda não se pronunciou sobre "o Jornal Nacional de sexta-feira, que bate no primeiro-ministro".

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Pode não se gostar do estilo MMG, do Jornal Nacional, da TVI e arredores, mas que ela aqui tem razão, tem.

sábado, 23 de maio de 2009

Manuela Moura Guedes vs Marinho Pinto

Ontem foi este momento altamente edificante entre Manuela Moura Guedes e Marinho Pinto, na TVI:



Manuela Moura Guedes não faz minimamente o meu estilo como jornalista, mas aqui esteve à altura do comportamento de um jornalista.
Quanto a Marinho Pinto, é o bastonário da ordem dos advogados, não o Zé Manel da esquina. Como tal, acho mal que se envolva neste tipo de cenas. Mesmo sendo ele um polemista compulsivo e reincidente que todas as semanas faz acusações, alusões, ameaças e mais não-sei-quantos sobre tudo e não prova nada nem apresenta queixas a quem de direito sobre o que diz, seja corrupção, crimes vários, ou seja o que for.