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quarta-feira, 24 de março de 2010

O défice em perspectiva

"A agência de notação de risco Fitch Ratings decidiu hoje baixar o rating das emissões de dívida de bancos portugueses feitas com recurso a garantia estatal, na sequência da revisão em baixa do rating de Portugal." (Público)

Ainda ontem ouvia, na TVI, Peres Metelo comentar qualquer coisa como isto: é um facto que os partidos da oposição não têm de votar favoravelmente a resolução sobre o PEC que o Governo lhes quer submeter. Mas também é um facto que isso terá uma leitura por parte das agências de notação: será que isto o PEC português é credível e tem continuidade se o governo mudar?
Esta análise não me alegra, mas é real. Por mais que ache que o PEC do governo não apresenta soluções consistentes.

Uma outra análise, julgo que da Helena Garrido, esta noite da SIC-N, também punha o dedo na ferida: estas agências pediram aos Estados para aumentarem os défices para segurarem os bancos no pico da crise financeira, mas agora exigem a esses mesmos Estados que diminuam brutalmente esses défices. Quando é para eles, não há problema. Quando já não precisam, amanhem-se.

segunda-feira, 8 de março de 2010

PEC - por este caminho...

O Governo apresentou hoje o PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento para o período 2010-2013.
Pondo a coisa por tópicos:
- o imposto não sobe, é só você que paga mais (para citar um post do Corta-fitas);
- o TGV é adiado por dois anos, mas só a linha para o Porto e Vigo;
- o Estado vai vender tudo o que se lembrar para conseguir arrecadar 6 mil milhões;
- a Lei de Programação Militar leva um corte de 40%;
- é criada uma nova taxa de IRS de 45% para quem tenha rendimentos anuais acima de 150 mil euros. Ou seja, para quem tem possibilidade de declarar os seus rendimentos noutro sítio qualquer;
- o desemprego mantém-se quase inalterado neste período;
- o crescimento da economia não descola: 0,7% em 2010; 0,9% em 2011; 1,3% em 2012; e 1,7% em 2013;
- a dívida pública continuará a subir até 2012;
- o défice terá a seguinte evolução: 8,3% em 2010; 6,6% em 2011; 4,7% em 2012; e 2,8% em 2013.

Ou seja, mais 4 anos muito difíceis pela frente. E convém acender umas velas... para que a economia não tenha muitos sobressaltos... o petróleo não aumente... não ocorram imprevistos...