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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O dedo na ferida


Depois deste excelente discurso do Adolfo Mesquita Nunes, uma revelação no CDS, umas questões pertinentes levantadas no Delito de Opinião:

Há questões essenciais que devem ser respondidas por todos os que criticam as opções do governo que constam da Proposta de Orçamento/2012. A primeira delas é saber se concordam com o objectivo global de ajustamento. Isto é, importa saber se criticam o resultado ou os caminhos que permitem lá chegar. No caso de criticarem o resultado pretendido, importa que esclareçam quais as alternativas, a viabilidade da sua concretização e as respectivas consequências. Concretizando: pretendem uma renegociação dos calendários de ajustamento? Então que garantias podem dar de que os credores estão disponíveis para aceitar tal proposta? Ou, se defendem um default, quais as consequências dessa situação para os cidadãos e para o país? Depois, discutam-se os caminhos que levam ao resultado. Se a crítica é a falta de incentivo ao crescimento, digam por favor o que propõem e como financiam as medidas que apresentarem. O que falta são rotundas, aeroportos, auto-estradas, jardins interiores em escolas secundárias ou computadores para as crianças? Pois muito bem. Esclareçam onde está o dinheiro para isso. Finalmente, se o ponto não for nenhum desses, devem informar quais as alternativas que sugerem ao corte de salários da função pública: 
a) despedimentos na função pública (explorando um pouco a temática do custo social implícito, se possível); 
b) (ainda maior) agravamento de impostos, suportado por toda a população (analisando, por exemplo, o grau de certeza desta medida na concretização do objectivo orçamental quando comparado com o do corte de salários e os conceitos básicos de receita e despesa); 
c) corte dos subsídios de natal e/ou de férias do sector privado para os funcionários públicos não ficarem sozinhos na aplicação dessa medida (debatendo quem, no final, suportará os aspectos mais gravosos do ajustamento em curso utilizando para o efeito - é uma sugestão - as previsões de desemprego para 2012; revisitar os conceitos básicos de despesa e receita pode revelar-se, outra vez, muito útil). 
Na desgraçada situação em que nos encontramos qualquer crítica deve ser rigorosamente fundamentada. Não se pode exigir menos do que isso a António José Seguro na qualidade de líder do maior partido da oposição. E a Cavaco Silva, a Mário Soares e a todos os outros que já vieram pronunciar-se sobre a questão. É que, para além de tudo o mais, sabemos muito bem como aqui chegámos. E quem nos trouxe até aqui.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Coisas da república

Com o 5 de Outubro deixado para trás, aguardamos que se pare com o elogio desproporcionado da implantação da República.
Não é preciso saber muito de História para se saber que aqueles 16 anos iniciais não foram nada recomendáveis. Crises sucessivas, quase 50 governos, "instabilidade, violência política, guerra civil, intolerância, repressão, manipulação eleitoral, actuação anti-operária e anti-sindical, censura..." (Pacheco Pereira)...

Nada de recomendável, esta I República. E a que se seguiu também não.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Monarquia no Parque


A semana passada houve para aí (na blogosfera e na comunicação social) um momento de turbulência devido a alguém ter substituído a bandeira da república, verde e vermelha (por esta ordem), pela monárquica azul e branca, no topo do Parque Eduardo VIII.
Digamos que... a monarquia não era coisa que me incomodasse por aí além.
Incomoda-me mais o desperdício de dinheiros públicos para celebrar o centenário da implantação da república: é ver cartazes pendurados nas ruas, concertos, baboseiras.
Dirão alguns: "monarquia? mas todos somos iguais!"
Antes de mais, a diferença entre mim e um rei ou entre mim e um PR é a mesma.
Depois, um rei, por não estar sujeito/dependente de eleições e a partidos políticos terá em princípio mais liberdade de acção.
Outros virão contrapor: "a democracia não-sei-quantos".
Há tanta democracia num sistema presidencial (ou semi) como há numa monarquia. O mesmo para as ditaduras.

Mais importante que o sistema político (monarquia, república) é o regime político (ou seja, a forma de governo: democracia, autoritarismo, totalitarismo).

domingo, 31 de janeiro de 2010

Ai, a República...

Antes de mais, manifesto o meu relativo desconhecimento da coisa que implantou a República há 100 anos.
Dito isto...

A República (!) acorreu ao Porto para festejar uma revolta com 119 anos contra o regime monárquico então vigente.
Cavaco apelou ao "espírito inconformista". Sócrates afirmou que “A implantação da República foi muito mais do que uma ruptura constitucional. Foi um momento profundamente reformista”. (Público)

Tendo em conta as ruas da amargura em que o País - e a República - andam, estes apelos querem mesmo dizer o quê? Querem que o louvado povo vá para a rua e mude o regime político?
Estes ano de festejos republicanos vai deixar muitas questões no ar...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

5 de Outubro de 1910


"A Proclamação da República Portuguesa foi o resultado da Revolução de 5 de Outubro de 1910 que naquela data pôs termo à monarquia em Portugal." (Wikipedia)
Reflexões:
- é uma idiotice dizer que só há democracia com a república. Muitas monarquias por essa Europa fora são mais democráticas que muitas pseudo-repúblicas que por aí pululam.
- não me incomodaria muito que em Portugal o regime em vigor fosse a monarquia.
- ambos os regimes têm argumentos contra e a favor (esta semana o jornal Meia Hora trazia um interessante resumo sobre esta dicotomia).
- dados estatísticos confirmam que as monarquias superam as repúblicas em índice de desenvolvimento.
Sobre a bandeira de Portugal e sua evolução ao longo dos séculos, ver aqui.