quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Para onde vamos?

Nos jornais gratuitos de hoje li dois artigos de opinião que me apetecia transcrever integralmente. Não sendo possível, deixo apenas algumas referências.

1-
No Meia Hora, Luciano Amaral comenta uma nova lei italiana feita propositadamente após um romeno ter violentado e assassinado a mulher de um alto oficial da marinha. Vai daí, o governo de Romano Prodi (novamente primeiro-ministro de Itália, após ter sido presidente da Comissão Europeia), “perante o horror público, decidiu que o problema era dos ciganos romenos em geral, pelo que fez passar no parlamento uma lei permitindo a deportação de estrangeiros “suspeitos” de perturbar a “segurança pública”. Num estado de direito todos são inocentes até prova em contrário. A lei inverte a lógica: os estrangeiros (ciganos romenos) são suspeitos sem sequer conseguirem provar o contrário. É típico da esquerda: vive tão convencida da sua razão que quando toma medidas não pára um segundo”.
Mais à frente acrescenta:
“O que levanta um problema, não apenas sobre a Itália mas sobre a Europa em geral. Tem-se expandido pelo continente um estranho consenso no ódio ao “estrangeiro”. A mais bem intencionada pessoa de esquerda está, num instante, a verberar a xenofobia e, no seguinte, a explicar quão horríveis são “os chineses”. O primeiro-ministro italiano Prodi, que tanto lutou pela liberdade de circulação na Europa quando Presidente da Comissão Europeia, no outro dia explicava que “ninguém previu o afluxo maciço de romenos a Itália””
Enfim….

2-
O outro texto era de Jaime Antunes, publicado no OJE, e, a propósito da polémica das Estradas de Portugal, versava assim: “Os contribuintes pagam os seus impostos para o Estado fazer face `s suas despesas, entre as quais se encontram os investimentos em infraestruturas. As estradas vão ser pagas com a nova taxa/imposto; na saúde cada vez mais se impõe e bem o princípio do utilizador pagador; no ensino superior vigoram as propinas e o básico e secundário é cada vez mais uma responsabilidade das câmaras; com a factura da electricidade pagamos a RTP. O Estado não paga nada. As receitas dos impostos servem para quê?”
3-
Ainda nos jornais diários, desta vez no Diário de Notícias, Pedro Lomba escreve sobre os recentes acontecimentos na Cimeira Ibero-americana protagonizados por Hugo Chávez e pelo rei Juan Carlos. Sob o título "O dia em que fomos monárquicos", acaba por afirmar que, não sendo monárquico (eu já tive mais alergia à monarquia...), "quando Juan Carlos saiu da mesa acho que me tornei num carlista. Quero um Rei destes. Até pode ser absoluto." Eu também!
* os destaques são meus.

1 comentário:

Cris disse...

Concordo com os três pontos mas apoio especialmente o segundo e o terceiro. Dinheiro mal investido por políticos que foram eleitos e um rei, que não sendo eleito, teve mais coragem do que muitos que deviam ter vergonha de ficar calados.