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segunda-feira, 8 de março de 2010

Na Sábado...
"Os homens que traem as companheiras tendem a ter um QI mais baixo, revelou um novo estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quartely. Os homens mais inteligentes tendem a valorizar a exclusividade sexual."

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Violência doméstica

"Prisão preventiva para homem que matou mulher e GNR
O homem de 41 anos que ontem matou a tiro a mulher e um militar da GNR, em Montemor-o-Velho, ficou hoje em prisão preventiva com suspensão do exercício do seu poder paternal"
(Expresso)

Vi ontem esta notícia na televisão e fiquei em choque.
Não percebi o que estava por detrás de tal barbaridade. Nem percebi a idade do casal.
Hoje leio melhor a notícia e mantenho-me escandalizado.
Como é possível haver violência num casal relativamente jovem (sendo algo obviamente inaceitável em todas as situações)?
Como é que um homem mata a mulher a tiro frente à filha (de ambos) de 5 anos?
Lembro-me de um caso que andou na comunicação social, em que um regou o outro com ácido sulfúrico, acabando por matá-lo…
Lembro-me daqueles namorados do Norte que estão em guerra num tribunal devido a um prémio do euromilhões…

Eu devo ser muito naif e boa pessoa...
É que se há coisa que não me cabe na cabeça é como é possível desejar mal, destruir, matar alguém que já se amou.
Há situações que provocam sofrimento, mágoa, afastamento entre os elementos do casal. Mas daí a destruir fisicamente o outro, a eliminá-lo, vai um passo gigantesco. E isso não é concebível para mim. Situações destas fazem-me imensa confusão.

domingo, 25 de outubro de 2009

A mulher certa

No caderno Weekend, do Jornal de Negócios, há uma interessante entrevista a Henrique Medina Carreira, um homem de 78 anos mas com uma vitalidade de fazer inveja.
No estilo contundente a que já nos habituou, fala de si, do país, da economia, da vida...

Não resisto a citar isto:
"Qual é a primeira coisa numa mulher que me atrai? Inteligência. (Numa mulher ou num homem). Não é possível viver ao lado de uma mulher que não tenha fulgor. Ou interesse. Ou oscilação de ideias, e capacidade de discutir e debater. A gente às vezes janta com uma senhora e está ansioso por que venha a conta, para ir embora. Uma mulher que faça acelerar o desejo da conta do jantar, não serve."

Toda uma entrevista que se lê com muito gosto e gozo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Notícias fantásticas

1-
O Instituto Karolinska, na Suécia, concluiu que há uma "relação directa entre os genes de um homem e a sua aptidão para a monogamia" (PÚBLICO).
Cá esta uma bela desculpa para muita coisa...
O comportamento não é determinado apenas pela genética. Há que considerar os aspectos sociais e de envolvente.
Mas se a ciência diz, a ciência sabe...

2 -
O preço do crude tem descido consistentemente nas últimas semanas, estando agora pelos 100 dólares, o preço mais baixo em muitos meses. Mesmo assim, há gasolineiras que ainda hoje conseguiram subir o preço dos combustíveis.
De facto a ciência económica, na sua vertente petrolífera, é uma coisa muito estranha...

3 -
Nos EUA consta que decorre esta semana a Convenção Republicana. A comunicação social não dá metade da cobertura que dava à Convenção Democrata da semana passada. E ainda tem tempo para dizer patetices como "um caso de condução com álcool, há 20 anos, do marido de Sarah Palin pode afectar a campanha republicana", tal como o facto de ter uma filha solteira grávida vai manchar a imagem conservadora da candidata a vice. É certo do que os americanos vão ao sótão desencantar histórias mirabolantes dos seus candidatos, mas dar eco a parvoíces...
Em que medida o facto de a filha estar grávida e o marido ter alegadamente conduzido embriagado há 20 anos qualifica ou não Sarah Palin para a vice-presidência americana?!
De facto, política de marketing e e o jornalismo faccioso são uma coisa extraordinária! E nojenta!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mosaico noticioso

Hoje há algumas noticias para as quais quero chamar a atenção:
1 -
2-
3-
Rir é mesmo o melhor remédio, por isso há risoterapia caseira.
Pequenos passos para viver bem: não leve tudo tão a sério; veja as coisas de outra perspectiva; fim às inibições!; ria-se das suas limitações; provoque o riso; use um diário; lembre-se de coisas positivas; e dê música à sua vida.
Até há um Clube do Riso... ou o You Up.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Espreita-se neles a sombra do amor

Há quem escreva de forma mágica. A Inês é assim no seu Trambolhão.
"Espreita-se neles a sombra do amor. Abre-se uma nesguinha da porta e um coração quase que explode na nossa cara. Quando um homem ama, leva a sua amada em bicos de pés, como se se tratasse dum cristal. Pega nela devagarinho para não a partir ou magoar, leva-a na palma das mãos. Sentada na almofada ela sorri, e pode perder tempo com outros disparates. O homem às vezes vira costas e vai matar alguns inimigos, e atirar uns canhões e mostrar que é homem. E beber umas cervejolas. Mas se ele desistir de tudo só porque a sua mulher partiu uma unha, está condenado a amá-la durantes séculos de amor, reinventados em reencarnações supremas.
O amor dos homens é mais forte, é como uma rocha estável, é um amor feliz porque se resignou a amar aquela. E não a outra. As mulheres quando amam é mais fácil, sentem ondas de amor, que são contínuas, mas maleáveis, ondulam-se ao sabor do dia-a-dia, porque sabem que do outro lado existe um amor seguro, que as pemrite ondularem-se. Se alguns tempos atrás escrevi com raiva sobre o facto de os homens só me falarem de ex-namoradas, percebo agora, que o amor deles quando existe, é só um. Uno e indívisivel, para com aquela mulher. E que demora a passar, porque eles não querem largar o cristal, nem encontram espaço ou armários terrestres que o acolham facilmente."

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Cativa-me!

Como acabei de reler O Principezinho, cá fica o coração - e a parte mais conhecida - do livro (capítulo XXI):
"Foi então que apareceu a raposa.

- Olá, bom dia! – disse a raposa
- Olá, bom dia! – respondeu educadamente o principezinho, que se virou para trás mas não viu ninguém.
- Estou aqui, debaixo da macieira – disse a voz.
- Quem és tu? – perguntou o principezinho –
És bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Anda brincar comigo – pediu-lhe o principezinho. –
Estou tão triste…
- Não posso ir brincar contigo – disse a raposa. – Ainda ninguém me cativou…
- Ah! Então, desculpa! – disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- “Cativar” quer dizer o quê?
- Vê-se logo que não és de cá – disse a raposa. – De que andas tu à procura?
- Ando à procura dos homens – disse o principezinho. –
“Cativar” quer dizer o quê?
- Os homens têm espingardas e passam o tempo a caçar – disse a raposa. – É uma grande maçada! E também fazem criação de galinhas. Aliás, na minha opinião, é o único interesse deles. Andas à procura de galinhas?
- Não – disse o principezinho. –
Ando à procura de amigos. “Cativar” quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer “criar laços”…
-
Criar laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti…
- Parece-me que estou a perceber – disse o principezinho. –
Sabes, há uma certa flor… tenho a impressão que ela me cativou…
- É bem possível – disse a raposa. – Vê-se cada coisa cá na Terra…
- Oh! Mas não é na Terra! – disse o principezinho.
A raposa pareceu muito intrigada.
- Então, é noutro planeta?
-
É.
- E nesse planeta há caçadores?
-
Não?
- Começo a achar-lhe alguma graça… e galinhas?
-
Não.
- Não há bela sem senão… - suspirou a raposa.
Mas voltou a insistir na mesma ideia:
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas parecidas umas com as outras e os homens são todos parecidos uns com os outros. Por isso, às vezes aborreço-me muito. Mas, se tu me cativares, a minha vida fica cheira de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus passos hão-de chamar-me para fora da toca, como música. E depois, repara! Estás a ver aqueles campos de trigo ali adiante? Eu não gosto de pão e, por, isso, o trigo não me serve para anda. Os campos de trigo não me fazem lembrar nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do outro. Então, quando tu me tiveres cativado, vai ser maravilhoso! O trigo é dourado e há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do som do vento a bater no trigo…
A raposa calou-se e ficou a olhar para o principezinho durante muito tempo.
- Se fazes favor… Cativa-me! – acabou finalmente por pedir.
- Eu bem gostava – respondeu o principezinho, -
mas não tenho muito tempo. Tenho amigos por descobrir e uma data de coisas para conhecer…
- Só conhecemos o que cativamos – disse a raposa. – Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E tenho de fazer o quê? – disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto…

O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três, já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. Ás quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito… Precisamos de rituais.
- O que é um ritual? – disse o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – É o que torna um dia diferente dos outros dias e uma hora diferente das outras horas. Por exemplo, os meus caçadores têm um ritual. À quinta-feira, vão dançar com as raparigas Ada aldeia. Por isso, a quinta-feira é um dia maravilhosos. Eu posso ir passear ás vinhas. Se os caçadores fossem dançar num dia qualquer, os dias eram todos iguais uns aos outros e eu nunca tinha férias.
E o principezinho cativou a raposa. Mas quando se aproximou a hora da despedida:
- Ai! – suspirou a raposa. – Ai que me vou pôr a chorar…
- A culpa é tua – disse o principezinho. –
Eu não te desejava mal nenhum, mas tu pediste para eu te cativar…
- Pois pedi – disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! – disse o principezinho.
- Pois vou – disse a raposa
Então não ganhaste nada com isso!
- Ai ganhei, sim, senhor! – disse a raposa. Por causa da cor do trigo…
E acrescentou:
- Anda, vai ver as rosas outra vez. Vais entender que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.

O principezinho foi ver as rosas outra vez.
- Vocês não são nada parecidas como a minha rosa! Vocês ainda não são nada – disse-lhes eles. –
Ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. São como a minha raposa era, uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e ela passou a ser única no mundo.
E as rosas ficaram bastante arreliadas.
- Vocês são bonitas, mas vazias – insistiu o principezinho. –
Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é igual a vocês. Mas, sozinha, é muito mais importante do que vocês todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque foi ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a álea que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.

Depois voltou para o pé da raposa e despediu-se:
- Adeus…
- Adeus – despediu-se a raposa. – Agora vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos…
- O essencial é invisível para os olhos – repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tau rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já não se lembram desta verdade – disse a raposa. – Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa…
- Eu sou responsável pela minha rosa… - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."


O Principezinho
, de Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mulheres Que Lêem São Perigosas?

O lançamento do livro Mulheres Que Lêem São Perigosas, noticiado hoje no Diário de Notícias, suscita-me alguns comentários:

- ainda bem que esta mentalidade machista e esclavagista se alterou. Uma sociedade assimétrica, hierarquizada no género, é mais pobre e triste. Hemiplégica. E feminismo não é o contraponto deste desequilíbrio.

- uma mulher inteligente é muito mais interessante. Claro que leitura não é sinónimo de inteligência, mas abre janelas – tanto a homens como a mulheres. Serão "perigosas" porque independentes, livres, com uma visão do mundo, criativas, apaixonantes, apaixonadas – portanto, são MULHERES. Este carácter completo e integral do belo ser é sempre enriquecedor e positivo. Quer a nível da sociedade em geral, quer ao nível mais particular da simples relação homem-mulher.