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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Aumentos

No restaurante-tasca onde costumo almoçar, até ao ano passado, conseguia os seguintes valores:
- sopa: 1,10€
- mini-prato: 3,90€.
Com 5€ ficava satisfeito. 
Num ou noutro dia, raro, ainda ia uma sobremesa, também a 1,10€. O café, se me apetecesse, ficava nos 0,55€.

Chegados a 2012, com a mudança da taxa de IVA na restauração de 13% para 23%, um almoço passa a custar:
- sopa: 1,29€
- mini-prato: 4,29€.
Ou seja, para comer a mesma coisa tenho de pagar mais 0,58€.
Trocado em miúdos, um simpático aumento de 11%. Com o preciosismo (truque?) dos valores ficarem nos 9 cêntimos...

Claro que os restaurantes não podem suportar os aumentos de impostos. Tal como as empresas. Tal como todos os que conseguem repercutir os seus custos no consumidor final.
O consumidor final, por sinal o elo mais fraco da cadeia, é que paga tudo. Porque ele pode. Os outros é que não.

Só para chatear: um concerto, uma peça de teatro ou outra actividade cultural, como são cultura, pagam 13% de IVA (em vez da alteração inicialmente prevista de 6% para 23%). A alimentação, como é desnecessária e sumptuária, paga 23%.
A lógica é uma batata.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Curtas


Se o IVA é uma forma de taxar bens e serviços consoante a sua necessidade, não é o sector da restauração mais básico e necessário que os festivais de verão?
Da forma como os concertos das grandes estrelas internacionais esgotam, é óbvio que a cultura é um sector necessitado...
Aumentar o IVA de um bilhete de concerto de 6% para 13% pode ser um aumento de mais de 100%, mas aumentar o IVA na restauração de 13% para 23% é uma aumento semelhante. Apenas uma diferença: num restaurante, a comida mata a fome.

Agora vamos ver se em 5 anos estamos no mesmo nível de desenvolvimento dos países com poucos feriados.
O problema de Portugal não é a quantidade de horas trabalhadas (que costuma ser superior aos países desenvolvidos). O problema é a organização do trabalho.
"Acontece que Portugal já é o quarto país da zona euro que trabalha mais horas, o que prova que o problema é o que se faz durante essas horas: falta de produtividade. Para trabalhar melhor é preciso melhores gestores." (Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, na Sábado de 03 Novembro).
Seja meia hora por dia, sejam mais dias de trabalho por ano (por via da eliminação de feriados, pontes e dias suplementares de férias), a produtividade não aumenta automaticamente.
Ainda hoje o presidente da CIP dizia que há outros factores mais favoráveis para as empresas (custos de energia, licenças...)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Porreiro, pá!

Ontem Sócrates garantiu que “a crise orçamental está ultrapassada” e que “o Estado não tem nenhuma razão para pensar que a situação se vai repetir”.

Tirando a parte de ele se considerar “o Estado”... adiante!

Ficamos a saber que o défice público em 2007 ficou-se pelos 2,6% e não pelos previstos 2,9%, se não estou em erro. Um sucesso, claro! Descontando a mentira do alegado défice de 6,1% em 2005... E já para 2008 o défice previsto passou a ser de 2,2%. Bom!

Hoje também Sócrates anuncia mais uma boa notícia (até ver...): a taxa máxima de IVA desce de 21% para 20% (para os mais distraídos, a redução é de 1 ponto percentual, não de 1%… esta seria se descesse 0,21 pontos percentuais. Ou seja, o IVA passaria a ser de 20,79%... complicadinho... Alguém explique isto ao engenheiro de todos nós, sff.)

Será um começo. Quanto mais não seja, da campanha eleitoral.

(Os contorcionismos dos partidos da oposição - todos - para criticar o governo por esta pequena descida é deveras fantástica...!)

Mas gostava de saber se esta redução vai ser real, ou se vai servir para os mesmos truques que os ginásios fizeram no início do ano: a margem de redução não é sentida pelos consumidores, mas transforma-se em lucros dos comerciantes…

Entretanto, é bom saber que Herman José regressa à rádio com “O Tal País”. É já na próxima segunda-feira, na Antena 1. Para já, o nome do programa promete.