Mostrar mensagens com a etiqueta Hillary Clinton. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Hillary Clinton. Mostrar todas as mensagens

domingo, 11 de outubro de 2009

Aviso em nome da paz

Poucos dias depois da atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama, a chefe da diplomacia americana deixa o aviso: "A comunidade internacional não vai esperar infinitamente que o Irão demonstre estar disposto a honrar as suas obrigações internacionais".

Sem qualquer ponta de ironia, é assim que se faz a paz: anulando aqueles que provocam instabilidade.

sábado, 22 de novembro de 2008

Hillary Clinton is in

Quando apresentou a sua corrida à nomeação democrata à Casa Branca, Hillary Clinton disse "I'm in". Agora, terminada a corrida e escolhido o novo presidente, volta a dizer o mesmo e assumirá o cargo de Secretária de Estado norte-americana, sendo assim o novo rosto da diplomacia na administração Obama.
Tendo em conta as circunstâncias, agrada-me a escolha.

Curioso notar os nomes que têm vindo a público sobre a nova administração, próximos da administração Clinton. Provavelmente não será a mudança que muitos esperavam, mas será uma "mudança inclusiva" - bem de acordo com a campanha que Obama desenvolveu. E, pelo que se ouve, as possibilidades de haver republicanos no novo governo são elevadas. Obama ultrapassa desta forma os paradigmas dominantes da política e inaugura uma nova forma de fazer política. Já o tinha feito na campanha (com a utilização da internet). Já disse que o faria como presidente (os vídeos semanais no youtube).

Claro que em política convém fazer mais algumas leituras e enquadrá-las em algum cinismo, por isso estes apontamentos sobre a escolha de Hillary Clinton:
- esta escolha é consequência do poder e influência da família Clinton, que se impôs? (apesar do aparente prejuízo financeiro para Bill Clinton, que não poderá cobrar pelas suas conferências pelo mundo fora. Será um Clinton pro buono).
- ou terá sido uma forma de Obama juntar a família democrata, incluindo no governo a sua oponente nas primárias?
- ou será ainda que o novo presidente, incluindo Hillary Clinton na sua administração e num cargo destacadíssimo, quer assim condicionar a acção dos Clinton?

Vai ser muito interessante seguir a política americana nos próximos tempos...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Considerações sobre as eleições americanas

Com os EUA na recta final da campanha para as presidenciais de Novembro, é hora de fazer alguns comentários:

- é curioso ver a embalagem com que George W. Bush se apresentou no início dos seus mandatos há oito anos: contra os escândalos de Clinton (considero que este fez mal quando se submeteu ao porno procurador-geral devido ao caso Lewinsky), ostentando pureza por todos os lados (exibiam Britney Spears, virgem, como modelo), e com os valores da América como grinalda. À beira do fim da sua presidência, a contabilidade nestes aspectos não é brilhante (atenção que não falo da guerra contra o terrorismo e guerra do Iraque), e o contraste entre propósitos e concretizações não podia ser mais díspar.

- tenho para mim que, caso os mandatos de Clinton tivessem sido iniciados com um ataque como o das Torres Gémeas, ele não tomaria medidas muito diferentes das que tomou George W. Bush. Mas haveria uma diferença fundamental: Clinton manteria sempre os países aliados do seu lado e não se teriam dado as polémicas que ensombraram a "guerra contra o terrorismo" protagonizada por Bush. Não por fazer diferente, mas por falar diferente, por ser um sedutor. O problema de Bush é ser muito menos brilhante e conversador que Clinton, e a comunicação social e opinion makers ocidentais não gostarem dele.
(Declaração de interesses: sou fã de Bill Clinton. Mas não sou dos que acha que Bush é o perfeito idiota que se pinta na comunicação social. Em nenhum país, e muito menos nos EUA com o seu permanente escrutínio sobre estes cargos, ninguém chega à Casa Branca sem algumas qualificações mínimas).

- a guerra contra o terrorismo ficará como uma marca do presidente Bush. Não pelos "incidentes" que a marcam, mas por ter sido uma decisão acertada no actual contexto das relações internacionais. E aqui surge a pergunta cuja resposta não agrada aos críticos de Bush: quantos mais atentados terroristas teriam havido sem a política de combate ao terrorismo por ele iniciada?

- uma caricatura que anda por aí:

... foi o superavit deixado por Bill Clinton que permitiu a George W. Bush encetar a guerra ao terrorismo. E fazer alguns disparates orçamentais.

- tenho algumas dúvidas de que Barack Obama seja eleito presidente em Novembro. A comunicação social e opinion makers ocidentais não votam nas eleições americanas; o
eleitorado americano é tendencialmente republicano (basta ver uma relação de presidentes eleitos por cada partido); "mudança" e "yes, we can" não são política; o Partido Democrata cometeu um erro ao escolher Obama como seu candidato; Obama cometeu um erro ao não escolher Hillary Clinton como sua candidata a vice-presidente; Sarah Palin, candidata republicana, foi eficaz no discurso de ontem ao referir-se à experiência / inexperiência dela face a Obama com este soundbyte: ele "escreveu dois livros de memórias, mas não redigiu uma única lei nem apresentou uma única reforma, mesmo quando fazia parte do parlamento local de Illinois".

- revolucionário na presidência dos EUA era ter uma mulher no cargo, não um homem afro-americano.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O candidato Obama


Obama conseguiu o número de delegados necessários para ser nomeado candidato democrata à presidência americana.

Se inicialmente a candidata natural do Partido Democrata era Hillary Clinton, este afro-americano soube impor-se com um discurso de mudança e esperança. E chegou lá.
No entanto, Hillary Clinton não está a fazer barata a sua “desistência”. Mesmo depois da matemática ter falado, ela ainda não desistiu. E volta a falar-se de um ticket Obama-Clinton.
Não acredito nessa junção por vários motivos: em vez de somar votos, vai retirar. Há os que dizem que quem votou agora em Hillary vai depois votar em Obama – não acredito. Tal como do lado dos que votaram Obama, com base na mudança, não vão votar nele caso tenha Hillary como vice.
Não acredito que Hillary queira ser vice de Obama. E se este quiser, está a contradizer todo o seu discurso de mudança.

Há duas semanas, Maria João Avillez escreveu isto na Sábado:
“Cá em casa não se pratica o culto de Obama. Nunca nos impressionamos com ele, não se lhe conhece uma ideia, é uma carta fechada, a sua “juventude” não nos comove. Mas comove o mundo, irremediavelmente preso no fundo de um poço de superficialidade. Obama é uma cara nova, é jovem, quer “mudar” – embora se ignore o quê - , vamos a isso. Eles, eu não”.

Hoje, após a sua vitória, Obama já disse que não vai permitir que o Irão chegue ao poder nuclear. E repetiu, e repetiu... Só não disse como vai impedir o facto.


O truque, chamemos-lhe assim, de Obama é a forma como fala, como entoa as palavras, como faz as pausas. A prova disso é que quando foi convidado do irreverente Daily Show, de Jon Stewart, este pediu-lhe para ler uma lista telefónica e Obama convenceu-nos que a lista era a melhor coisa do mundo, apenas e sem dizer nada. Ele sabe seduzir com as palavras.
A última pessoa que seduziu com as palavras e que tinha muitas "soluções" era engenheiro e chama-se António Guterres. Vê-se em que estado deixou Portugal...

Será "change", será "hope", mas é certamente marketing.

Ver este post no Incontinente Verbais.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Marginalidade política e informativa

A política é cada vez mais uma coisa estranha e sem sentido. E a comunicação social ajuda, e muito.

Na entrevista de Luís Filipe Menezes ontem à SIC Notícias, o assunto que ficou foi a retirada da publicidade (e consequente receita…) à RTP. Pelo menos foi isso que a imprensa de hoje ouviu.
Não vi a entrevista, mas… é só isto que um candidato a primeiro-ministro tem a dizer numa entrevista? É só isto que fica de uma entrevista de uma hora?!
Já a semana passada, na entrevista a Sócrates, o grande resultado tinha sido um tabu…. que não passava de uma idiotice. Quer da parte de quem o disse, quer de quem se agarrou a isso como notícia.

É claro que muitas notícias são mal tratadas, agarrando sempre o que não interessa. Alguns exemplos:

1 – no Expresso, a propósito de um pequeno engano de Sócrates no encerramento das jornadas parlamentares, o título é “afinal Maria de Lurdes Rodrigues é ministra da avaliação”. Ouvi a intervenção de Sócrates, e foi um engano normal no contexto do que ele dizia… e é isto que merece realce num jornal de referência?! O jornalismo anda com umas tiradas idiotas…

2 – no Jornal da Noite da SIC, Luís Costa Ribas, um jornalista experiente, a propósito do debate de ontem entre Hillary Clinton e Barack Obama, destaca alguma (pouca) dificuldade da candidata dizer o nome do candidato delfim de Putin, de seu nome Medvedev. E o jornalista comenta que um candidato que não consegue dizer o nome do futuro presidente da Rússia não tem capacidade para liderar os EUA. Costa Ribas não consegue perceber que foi uma dificuldade normal em pronunciar um nome de um país (e alfabeto) diferente? Por que é que todos os jornalistas e comentadores têm de tirar partido por Obama?

3 - outro caso, que se enquadra nesta mesma lógica, é a polémica causada pela foto de Barack Obama com os trajes tradicionais somalis há dois anos. Não há ideias a discutir?
4 - as eleições presidenciais russas são no próximo fim-de-semana... algum jornal ou televisão tem seguido a campanha? (hoje vi uma noticia preocupante no Meia Hora). É certo que a democracia na Rússia tem características muito particulares, mas não há notícias? O que fazem os candidatos alternativos a Medvedev? Conseguem fazer comícios? Têm tempo de antena? Os jornalistas conseguem trabalhar livremente?

Eu devo ser alguém muito elitista e fora da realidade, mas não compreendo nem aceito este tipo de política e forma de a relatar.

Assim não vamos longe….

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Yes, we can?

Cada vez mais Barack Obama assume-se como o fenómeno político do momento (depois de ter sido Sarkozy em França). Se for ele o escolhido pelos democratas (eu preferia Hillary Clinton, mas isso sou eu e as pessoas não têm culpa...), não sei se ganha, mas terá uma campanha muito forte. Como se pode ver por este videoclip:
É mesmo um fenómeno! E este vídeo é forte!
Com uma coisa destas no Youtube, ele nem precisava fazer campanha. E está explicado o seu sucesso junto dos jovens.
Assim até o Rato Mickey ganhava as eleições...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

EUA: "super terça-feira"

Do lado republicano parece já estar escolhido o candidato, o inicialmente improvável John McCain. Depois do fiasco Giuliani (que, pela imprensa, parecia já escolhido...).
Do lado democrata, a dança continua entre Hillary Clinton e Barack Obama. Até hoje? Ou estes candidatos-maravilha irão juntar-se (seja em Clinton-Obama, seja em Obama-Clinton) e conquistar a América?

Declaração de interesses: gostava de ver novamente um Clinton na Casa Branca. Desta feita, Hillary Clinton.

Depois da presidência de George W. Bush, eleito como o arauto da moral e bons costumes, os EUA precisam de um líder com visão. Quem quiser anjos perfeitos nos governos, que visite o céu.

Entretanto, ali ao lado já tem alguns links para acompanhamento das eleições americanas.