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domingo, 21 de fevereiro de 2010

A diferença da igualdade

"No caso deste cartaz acresce que estamos a financiar uma mentira. A pergunta do cartaz é uma pura sugestão de falsidade e a resposta que sugere é pura e simplesmente falsa. “Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?” Claro que mudava muita coisa, por boas e más razões, principalmente por más, mas reais. " (Abrupto)

E um comentário deixado no Corta-fitas sobre o assunto:
"Se a minha mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?
Sim! Para começar, provavelmente eu não tinha nascido"

Podem fazer tudo o que quiserem para terem "igualdade" (ainda me hão-de explicar como se torna igual algo que por natureza é diferente...), mas não atirem areia para os olhos nem façam de conta que as pessoas são parvas.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Notícias anti-climax

1 - "o presidente da autarquia, António Costa, declara que, afinal, não é sua intenção “propor à Igreja qualquer alteração ao actual modelo em decorrência da entrada em vigor da legislação que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”." (Público)
Como raio é que a Igreja ia entrar nisto? Há quem goste de confundir muita coisa...
O teor desta coisa é uma barbaridade tão grande que nem vale a pena dizer mais nada. Apenas isto: para presidente de câmara, António Costa devia pensar melhor no que diz.

2 - Manuel Alegre já tem o apoio do Bloco de Esquerda. (Público)
O PS, pela voz de Francisco Assis, já veio dizer que este não é a hora de falar sobre presidenciais.
Uma coisa é certa: as eleições ganham-se ao centro. Esta ajuda bloquista é uma preciosa ajuda... para a derrota de Alegre.
(Ontem Alegre voltou a bradar contra a intromissão de Cavaco no governo - onde e quando? Quem pensa votar em Alegre deve ter presente que ele é que seria um interventor e perturbador de todo o sistema político português.
Outra coisa: falou também contra o perigo de "um governo, uma maioria, um presidente" à direita. Quantas vezes isso já aconteceu à esquerda?! Ver Soares + Guterres; Sampaio + Guterres; Sampaio + Sócrates. Estes senhores da verdade absoluta deviam olhar mais para si...).
Se Cavaco se recandidatar (coisa que sempre duvidei desde o início), terá o meu voto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Parolas alegrias


Estão a ver isto na Sé de Lisboa, ou seja, D. José Policarpo a celebrar estes casamentos?
A CML pode muito bem estar disponível para aceitar as inscrições destes casais para as festas de Lisboa, o que não quer dizer nada para além de folclore.

Antes de mais, confundem "casamento religioso" com "casamento civil." Este, e só este, é que será aplicável a casais homossexuais.
Para além disto, há um pormenor que já referi: a lei aprovada tem tantas inconstitucionalidades que o milagre será se passar no Tribunal Constitucional.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Coisas de entendidos

O parlamento aprovou hoje o chamado "casamento gay".
Adiante.
Limito-me a citar a Filipa Martins no Albergue Espanhol: "cheira-me a inconstitucionalidade".

A parolice de querer dizer que duas situações diferentes são iguais, aprovar uma lei que dá a ambos o mesmo nome, e retirar/proibir um dos elementos à nova situação que daria igualdade a ambas as situações só tem um destino: Tribunal Constitucional.
Não deixa de ser curioso ver a casa legislativa por excelência produzir leis que, descaradamente, vão contra o principal enquadramento legal do país. Mas já é hábito: foi assim com o famigerado Estatuto dos Açores. E nem é preciso ser especialista em leis para perceber o disparate.

Assim de repente, lembra aquela conhecida frase: o Titanic foi feito por engenheiros; a Arca de Noé por amadores.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Igualdades...

O "casamento gay" (como gostam de chamar à coisa, esquecendo que isto tambem é para o "casamento lésbico") já foi aprovado pelo Governo.
Cada um tem o direito de ser feliz ao lado de quem gosta e como bem entender, desde que não colida com a liberdade de ninguém.

Este novo "direito" tem uma condicionante: os casais homossexuais estão impedidos de adoptar.

Com esta mudança, e recorrendo a um pouco de juridiquês, não custa adivinhar onde é que isto vai acabar: nos tribunais. Se não acabar antes pela mão do Tribunal Constitucional, com base em discriminação.
Se se chama "casamento" para ser igual ao "casamento tradicional", não lhes pode ser vedado um direito que estes têm: a adopção.
Por outro lado, parece que há para aí uma palermice jurídica na nossa legislação que permite isto: um casal homossexual não oficializado pode adoptar. Um casal homossexual oficializado não pode.
(E julgo que até uma pessoa solteira pode adoptar).
Isto é a mesma coisa que dizer que casais de determinada raça/nacionalidade/cor dos olhos não pode adoptar. E isto parece-me discriminação. Para além de ser (quase de certeza) inconstitucional.

(E isto para falar apenas da parte jurídica, sem entrar na questão psicológica e de desenvolvimento da criança adoptada)

Eu posso ter todas as dúvidas sobre este assunto, o que não me cabe na cabeça são estas artimanhas patetas que a legislação nacional permite.
Advogados e tribunais agradecem.
Ao Estado há-de sair cara esta distracção. Os tribunais europeus andam aí.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Milk

"Activista pelos direitos dos homossexuais, primeiro político americano a assumir a sua homossexualidade, amante, amigo, lutador, herói. A vida de Harvey Milk mudou a História e a sua coragem mudou vidas. Em 1977, Milk tornou-se o primeiro político americano abertamente gay a ser eleito nos Estados Unidos. A sua vitória não foi apenas uma vitória para os homossexuais mas para todos aqueles que lutavam pelos direitos humanos. Em 1978, quando é assassinado, o mundo perde um dos seus líderes mais visionários." (PÚBLICO)

É um interessante documentário histórico. E um claro filme político. Vai ao passado buscar o início da luta pelo reconhecimento da igualdade para os homossexuais nos EUA . E será precioso como bandeira para manter na memória o assunto, numa altura em que
é discutido em todo o lado, desde países até organizações internacionais como a ONU.
Mas, como filme político que é, não é panfletário. E isso dá-lhe credibilidade, consistência e solidez como registo histórico.
No filme, há uma coisa que me chamou a atenção: é uma constelação de homens homossexuais a lutar pela igualdade. Só aparece uma mulher
assumidamente lésbica, e é ela que irá coordenar a campanha de Milk. Será esta apenas uma batalha de homossexuais homens?
E é também interessante seguir a troca de argumentos que se vai esgrimindo ao longo do filme entre os gays e os que são contra a o reconhecimento da sua igualdade.

Uma frase de Harvey Milk: "Não se vive apenas de esperança, mas sem esperança não vale a pena viver".

Site oficial aqui.

Sean Penn tem um desempenho irrepreensível, faz um "papelão". Mas, quanto à atribuição do Oscar, estou indeciso. Precisamente, com Brad Pitt do outro lado.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Curiosidades infantis

Criança de 9 anos para a mãe:

- mãe, que profissão têm os homossexuais?

E ainda:

- eles são todos cabeleireiros?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Importam-se de explicar?!

A bancada socialista, depois de hoje ter imposto disciplina de voto contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, apresentou uma declaração de voto onde "explicam que estão a favor da união entre pessoas do mesmo sexo".
São a favor mas votam contra... já parece um célebre sketck da lavra de Marcelo Rebelo de Sousa, parodiada pelos Gato Fedorento...
Como escreveu o Corta-fitas, cambada de maricas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PS, o verbo de encher

O PS, partido que gosta de encher a boca com palavras como liberdade e tolerância, impôs disciplina de voto contra os casamentos homossexuais.
É um facto que esta matéria não será uma prioridade social, mas não deixa de ser irónico que este partido, com capacidade para impor esta "medida fracturante", se refugie em truques do tipo "não está no programa eleitoral". Ainda bem que o PS tem cumprido escrupulosamente tudo o que terá escrito no programa com que se submeteu a eleições (coisa que ninguém terá lido...)...
Ao adiar esta alteração - que, queiramos ou não, há-de ocorrer um dia - o PS quase dá de bandeja estes eleitores ao Bloco de Esquerda. O Prof. Louçã agradece.

Em matérias políticas, faz todo o sentido haver disciplina de voto. Em questões de costumes e da vida das pessoas (como os casamentos, o aborto, a liberalização da droga...), o que deve ditar o sentido de voto de cada deputado são a sua consciência e os seus valores e crenças.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Falando de sexo...

Depois de ler que os habitantes da ilha de Lesbos processam lésbicas gregas e o artigo do Leonídeo Paulo Ferreira... vale a pena ler as conclusões de um recente Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do ICS - Universidade de Lisboa

"Cerca de 70 por cento dos portugueses consideram erradas as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo; mesmo nas idades mais jovens, os números da desaprovação nunca descem abaixo dos 53 por cento. "Portugal ainda é um país homofóbico", comenta Sofia Aboim, uma das autoras do Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que é apresentado na terça-feira e faz um retrato da sexualidade na população portuguesa.

"As mentalidades não estão ainda muito abertas à aceitação da homossexualidade", sublinha a socióloga, referindo que os números que atestam o repúdio a este tipo de relações são "globalmente altos". Na escala apresentada aos inquiridos eram-lhes dadas várias opções: se achavam as relações entre pessoas do mesmo sexo totalmente erradas, a maior parte das vezes erradas, algumas vezes erradas ou raramente erradas. A maioria da população respondeu com a opção mais categórica. O estudo assenta em 3643 entrevistas feitas a indivíduos dos 16 aos 65 anos, numa amostra representativa da população de Portugal continental.

Os homens são mais críticos no que toca às relações homossexuais do seu sexo: 58,9 por cento consideram-nas totalmente erradas; em relação às mulheres, a desaprovação desce para 53,9 por cento. Sofia Aboim atribui estes dados a "uma masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" - "as lésbicas são vistas como muito mais inócuas em termos de masculinidade". Nas mulheres existe, apesar de tudo, mais igualdade na avaliação: quer sejam relações homossexuais entre homens ou mulheres, a desaprovação, no seu máximo, é quase a mesma - cerca de 40 por cento consideram-nas totalmente erradas. Em relação às idades, "há uma linha geracional importante" - quanto mais jovem se é, menos se desaprova a prática -, "mas mesmo nos mais jovens os valores são altos".
No seu todo, a desaprovação nunca desce abaixo dos 53 por cento, que é a percentagem dos que, entre os 18 a 24 anos, julga que a homossexualidade é errada. Tal como nos mais velhos, nesta faixa etária a desaprovação atinge o seu máximo nos homens a julgar as relações entre homens do mesmo sexo - um valor que chega aos 68 por cento.
"Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas", diz a investigadora, acrescentando que num inquérito semelhante em França se constatou que 80 por cento dos jovens franceses aceita as relações entre pessoas do mesmo sexo.

O mito dos dez por cento

Sofia Aboim considera que "este conservadorismo" em relação à homossexualidade pode ter reflexos nos portugueses que se colocam nessa categoria: só 0,7 por cento, um número muito longe "do mito dos dez por cento de homossexuais", muito usado por associações de defesa dos direitos gay. O número encontrado no inquérito português está dentro do que é comum noutros estudos internacionais, acrescenta.
Mas há outros dados do inquérito - coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, a pedido da Coordenação Nacional para a Infecção do VIH/sida - que colocam o número dos que têm contactos homossexuais acima dos que se definem como tal. São cinco por cento os que dizem ter tido contactos com pessoas do mesmo sexo sem envolver a área genital (beijos, toques, abraços) e 3,2 por cento os que dizem ter tido relações sexuais com alguém do mesmo sexo. "Há uma declaração mais fácil da prática do que o assumir de uma identidade."

Curioso foi constatar que são mais os que assumem que "oscilam ao longo da vida". Há mais portugueses a assumiram-se como bissexuais do que como homossexuais."

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"Enquanto a prática do sexo oral se tem vindo a normalizar na vida sexual dos portugueses, a prática do sexo anal continua a ser alvo de "muita rejeição", afirma o investigador Pedro Moura Ferreira. O Inquérito Saúde e Sexualidade revela que 62,8 por cento nunca teve relações anais.

Quando "a prática sexual se resume à prática vaginal", está mais associada à reprodução. A introdução de diversidade na vida sexual dos portugueses denota um distanciamento em relação à reprodução e uma associação à sexualidade ligada ao prazer, constata o investigador. Os números revelam que o sexo oral se vem normalizando mas, ainda assim, existem grandes diferenças consoante a idade. No caso dos homens, 61,1 por cento dos que estão entre os 55 e os 65 anos nunca fez sexo oral à parceira, um número que desce para 27,5 por cento nos jovens dos 15 aos 24 anos. Esta mesma diferença é perceptível nas mulheres mais velhas: 75,6 por cento dizem nunca ter feito sexo oral ao parceiro, descendo este valor para 34,5 por cento nas raparigas mais jovens.

Nas práticas sexuais verificou-se que a religião tem o seu peso, mas só quando a prática religiosa é mais intensa (mais do que uma vez por semana) - neste caso, verifica-se que a actividade sexual é mais comedida. Por exemplo, as mulheres que têm práticas religiosas mais frequentes tendem a ter sexo menos vezes, práticas menos diversas e menos parceiros ao longo da vida. Olhando para o sexo oral, 63,6 por cento das mulheres com prática religiosa mais intensa nunca o praticou, mais do dobro das mulheres sem qualquer prática religiosa. "Quem não é religioso tende a ter mais propensão para o sexo." Quando se tem práticas religiosas mais frequentes, sobrepõe-se a ideia de "um controlo da religiosidade sobre o corpo", refere Pedro Moura Ferreira. O que se verifica também é que não são necessariamente os mais novos (dos 18 aos 24 anos) os que mais experimentam - os que têm entre 25 e 34 anos têm mais tendência para diversificar a sua prática sexual, incluindo tanto o sexo anal como o oral."