Mostrar mensagens com a etiqueta Grécia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Grécia. Mostrar todas as mensagens

sábado, 16 de junho de 2012

Esses gregos

Do que tenho ouvido nas notícias acerca das eleições gregas de amanhã, há uma coisa que me intriga: os eleitores provavelmente preparam-se para fazer com que o Syriza ganhe. Esses mesmos eleitores estão a correr aos bancos tirar o dinheiro, com medo das consequências.

Os gregos são bipolares ou há algum pormenor que me escapa?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Efeito dominó

No Público de hoje, um interessante resumo dos países que já tombaram face à crise:


Depois destes, parece que já se apresentou o seguinte: Chipre, que pedirá ajuda até final do mês.


Entretanto, António José Seguro delira por terras lusas: "exigiu hoje ao primeiro-ministro que ponha fim ao "tabu" e esclareça os portugueses sobre quais são as condições exigidas a Madrid pela assistência financeira destinada à recapitalização da banca espanhola."
Há ali uma sinapse qualquer a impedi-lo de distinguir o primeiro-ministro português do espanhol...

domingo, 20 de maio de 2012

Faz-me impressão tanta irresponsabilidade!


"Faz-me impressão ver um país endividar-se além das suas posses.
Faz-me impressão ver esse país, ao receber a conta, desatar a gritar que não pode pagar.
Faz-me impressão que o mesmo país se comprometa a fazer dieta (acabar com despesas supérfluas, vender jóias, etc) para devolver o que pediu emprestado… e não fazer nada. 
Faz-me impressão ver um país a quem perdoaram mais de 50% do que deve, continuar sem fazer nada para pagar o resto. 
Faz-me impressão constatar que um país, sujeito a um plano draconiano, nada faz para ganhar a boa vontade dos credores (ignorando que há outros países, como Portugal, a quem foi imposto um plano draconiano… mas cumprem).
Mas o que me faz impressão mesmo é ouvir políticos solidarizarem-se com um país que nada faz para mudar de vida, em vez de lhe dizerem que não pode viver das poupanças dos outros.
O que me faz impressão mesmo é ver políticos a defenderem uma cultura de irresponsabilidade (uns para não perderem a onda populista, outros por pura ignorância): qual a pressão para os gregos mudarem de vida, se houver políticos a encorajá-los a… não mudarem de vida? 
Eu sei que o mundo mudou muito. Mas não mudou o suficiente para me dizerem que a culpa de quem se endividou é de quem lhe emprestou dinheiro. E não mudou o suficiente para me dizerem que devemos aceitar que, quem pediu emprestado não tem de pagar de volta, ignorando que essa decisão vai lançar na falência parte do sistema bancário europeu (com os inevitáveis e perigosos "bank runs"). E ignorando também a pesada factura que recairá nos ombros dos contribuintes dos países cumpridores. Isto é inaceitável!"

terça-feira, 15 de maio de 2012

Um dia mais na vida da UE

1 - depois de hoje o Público fazer capa com o título "O primeiro dia de tempestade do presidente normal", o avião em que François Hollande seguia rumo a Berlim foi atingido por um raio. Há com cada ironia...




2 - os gregos, certamente crentes no seu futuro e no que lhes reserva Bloco de Esquerda lá do sítio, começaram a tirar o dinheiro dos bancos. Só esta segunda-feira 700 milhões de euros de depósitos. E estão a apostar em quê? Em dívida alemã, pois claro. Mas a Merkel é que é o diabo...
Os partidos gregos, como não chegaram a acordo, vão novamente para eleições. E se o resultado for outra salganhada semelhante? Voltam a repetir?

domingo, 13 de maio de 2012

De relance


2 - Como fazer um título falso? Assim: "Passos Coelho foi vaiado na Feira do Livro de Lisboa". Basta esquecer de dizer "pelos indignados".
Não é bem a mesma coisa.

3 - O Euro 2012 começa em Junho, mas já há terreolas a fazer eventos parvos para apoiar a selecção, como por exemplo uma pizza gigante a imitar a bandeira nacional.

domingo, 6 de maio de 2012

Eleições na Europa

Em França, diz que François Hollande venceu as presidenciais, com resultados entre os 52% e os 53%.
Aqui falta saber qual será a distribuição de forças nas legislativas, agendadas para Junho.

Na Grécia, o resultado das legislativas de hoje aponta para uma pulverização parlamentar, sem maioria absoluta de nenhum partido. Portanto, um país ingovernável.

Além destes países, há também eleições locais em Itália, Sérvia e Alemanha.

A questão central que se coloca na Europa, além de saber quem governa, é saber quem paga. E a essa ninguém sabe responder.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Blogosferando - 63



"Os passos
- 27 de Outubro de 2011: "Este é um novo dia para a Grécia" (George Papandreou, a propósito do novo plano de resgate para a Grécia). 
- 31 de Outubro: "Decidi convocar um referendo sobre o plano de resgate" (George Papandreou). 
- 2 de Novembro: "Jogada política genial de Papandreou" (Manuel Maria Carrilho). 
- 2 de Novembro: "A Grécia cumpre ou sai. Fica suspensa a transferência de fundos prevista no plano de resgate." (Merkel & Sarkozy). 
- 3 de Novembro: "O referendo nunca foi um fim em si mesmo" (George Papandreou). 

As conclusões: 
a) Nunca esteve em causa a devolução da soberania ao povo. O referendo foi usado por Papandreou como arma política de recurso face à fragilidade da sua própria situação pessoal. A consulta do povo foi um joguete arremessado de forma oportunística. 
b) A Grécia sai ainda mais enfraquecida de um braço de ferro suicida e extemporâneo. O bluff não pegou. 
c) A opção política de Atenas continua a ser a submissão à Troika e à agenda do resgate, com toda a perda de soberania que esta implica, eventualmente agravada por uma maior desconfiança dos parceiros europeus perante os factos dos últimos dias. A alternativa seria ainda mais dolorosa. 
d) A situação política da Grécia permanece extremamente confusa e periclitante, perante um Primeiro-Ministro fragilizado, uma oposição comprometida com os erros do passado e a necessidade de clarificação da solução que se seguirá: governo de salvação nacional ou, mais provável, governo transitório, eventualmente com novo Primeiro-Ministro, com mandato estrito de aprovação dos termos do plano de resgate e convocação de novas eleições. 
e) O Ministro das Finanças Venizelos assume preponderância política. A sua posição contrária ao referendo prevaleceu. Papandreou é o grande derrotado. 
e) A trapalhada política provocada por Papandreou e os avanços e recuos relativamente à questão do referendo representam um combustível adicional derramado sobre o barril de pólvora político e social da Grécia. A rua terá dificuldade em aceitar que lhe retirem um referendo que foi prometido como forma de devolver a soberania ao povo. 
f) A Grécia sobreviverá na Zona Euro, eventualmente, por mais um tempo, até se consumar a sua derrocada. A crise aberta por Papandreou obrigou os líderes europeus a considerarem essa hipótese como real. É possível que, devidamente ponderada, não lhes tenha parecido tão má como isso."

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Grécia em ebulição


Depois do disparate pegado que é o referendo, o governo grego dá sinais de nervosismo.
Isto está a ficar pior do que estava.

Capacidade de arranjar problemas

A União Europeia tem problemas gigantescos que não parece estar à altura de resolver.
Cimeira após cimeira, os problemas vão sendo empurrados com a barriga para a frente. Muitas cabeças, muitas sentenças, egoísmos nacionais, eleições, poderes diversos, tudo contribui para o adiamento de uma solução definitiva e que dê sinais de confiança para o exterior.
Perante este cenário, o que é que aparece para ajudar a dar cabo de tudo?
Se isto não é um suicídio, não sei o que será.

Com sondagens a indicar que os gregos acham que as decisões da cimeira foram negativas, para que serve este referendo?
Para o executivo de Papandreou se suicidar e para acabar de vez com o €uro.

Ou a ideia é repetir referendos, cujos resultados não agradaram à Europa, até que os cidadãos tomem juízo e votem como seria suposto?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Portugal corre risco de falência económica"

No Diário Económico:

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina falida de 2001.

"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001"
, lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.


Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios". Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.
"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.


Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".


"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.

quinta-feira, 4 de março de 2010

E vender políticos incompetentes?

Alemães sugerem que Grécia deve vender as ilhas para pagar a dívida

Dois políticos alemães de direita defenderam hoje que a Grécia deverá colocar à venda terra, edifícios históricos e obras de arte para reduzir a défice. O conselho, sugerido numa entrevista ao jornal “Bild”, poderá agravar ainda mais as tensões entre os dois países
“Aqueles que se encontram em processo de insolvência têm de vender tudo o que têm para pagar aos seus credores”, argumentou Josef Schlarmann, membro do partido de Angela Merkel. “A Grécia tem edifícios, empresas e ilhas não habitadas, que podiam ser usadas para amortizar a dívida”, disse. “Se tivermos de ajudar a Grécia com milhões de euros, eles têm de nos dar algo em troca – por exemplo algumas das suas maravilhosas ilhas. O lema: vocês recebem carvão. Nós, Corfu”, acrescentou ainda.
A Grécia tem 3054 ilhas, das quais apenas 87 são habitadas, um potencial mercado de luxo que para os alemães já existe.(jornal I)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Falando de sexo...

Depois de ler que os habitantes da ilha de Lesbos processam lésbicas gregas e o artigo do Leonídeo Paulo Ferreira... vale a pena ler as conclusões de um recente Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do ICS - Universidade de Lisboa

"Cerca de 70 por cento dos portugueses consideram erradas as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo; mesmo nas idades mais jovens, os números da desaprovação nunca descem abaixo dos 53 por cento. "Portugal ainda é um país homofóbico", comenta Sofia Aboim, uma das autoras do Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que é apresentado na terça-feira e faz um retrato da sexualidade na população portuguesa.

"As mentalidades não estão ainda muito abertas à aceitação da homossexualidade", sublinha a socióloga, referindo que os números que atestam o repúdio a este tipo de relações são "globalmente altos". Na escala apresentada aos inquiridos eram-lhes dadas várias opções: se achavam as relações entre pessoas do mesmo sexo totalmente erradas, a maior parte das vezes erradas, algumas vezes erradas ou raramente erradas. A maioria da população respondeu com a opção mais categórica. O estudo assenta em 3643 entrevistas feitas a indivíduos dos 16 aos 65 anos, numa amostra representativa da população de Portugal continental.

Os homens são mais críticos no que toca às relações homossexuais do seu sexo: 58,9 por cento consideram-nas totalmente erradas; em relação às mulheres, a desaprovação desce para 53,9 por cento. Sofia Aboim atribui estes dados a "uma masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" - "as lésbicas são vistas como muito mais inócuas em termos de masculinidade". Nas mulheres existe, apesar de tudo, mais igualdade na avaliação: quer sejam relações homossexuais entre homens ou mulheres, a desaprovação, no seu máximo, é quase a mesma - cerca de 40 por cento consideram-nas totalmente erradas. Em relação às idades, "há uma linha geracional importante" - quanto mais jovem se é, menos se desaprova a prática -, "mas mesmo nos mais jovens os valores são altos".
No seu todo, a desaprovação nunca desce abaixo dos 53 por cento, que é a percentagem dos que, entre os 18 a 24 anos, julga que a homossexualidade é errada. Tal como nos mais velhos, nesta faixa etária a desaprovação atinge o seu máximo nos homens a julgar as relações entre homens do mesmo sexo - um valor que chega aos 68 por cento.
"Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas", diz a investigadora, acrescentando que num inquérito semelhante em França se constatou que 80 por cento dos jovens franceses aceita as relações entre pessoas do mesmo sexo.

O mito dos dez por cento

Sofia Aboim considera que "este conservadorismo" em relação à homossexualidade pode ter reflexos nos portugueses que se colocam nessa categoria: só 0,7 por cento, um número muito longe "do mito dos dez por cento de homossexuais", muito usado por associações de defesa dos direitos gay. O número encontrado no inquérito português está dentro do que é comum noutros estudos internacionais, acrescenta.
Mas há outros dados do inquérito - coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, a pedido da Coordenação Nacional para a Infecção do VIH/sida - que colocam o número dos que têm contactos homossexuais acima dos que se definem como tal. São cinco por cento os que dizem ter tido contactos com pessoas do mesmo sexo sem envolver a área genital (beijos, toques, abraços) e 3,2 por cento os que dizem ter tido relações sexuais com alguém do mesmo sexo. "Há uma declaração mais fácil da prática do que o assumir de uma identidade."

Curioso foi constatar que são mais os que assumem que "oscilam ao longo da vida". Há mais portugueses a assumiram-se como bissexuais do que como homossexuais."

--- / / ---

"Enquanto a prática do sexo oral se tem vindo a normalizar na vida sexual dos portugueses, a prática do sexo anal continua a ser alvo de "muita rejeição", afirma o investigador Pedro Moura Ferreira. O Inquérito Saúde e Sexualidade revela que 62,8 por cento nunca teve relações anais.

Quando "a prática sexual se resume à prática vaginal", está mais associada à reprodução. A introdução de diversidade na vida sexual dos portugueses denota um distanciamento em relação à reprodução e uma associação à sexualidade ligada ao prazer, constata o investigador. Os números revelam que o sexo oral se vem normalizando mas, ainda assim, existem grandes diferenças consoante a idade. No caso dos homens, 61,1 por cento dos que estão entre os 55 e os 65 anos nunca fez sexo oral à parceira, um número que desce para 27,5 por cento nos jovens dos 15 aos 24 anos. Esta mesma diferença é perceptível nas mulheres mais velhas: 75,6 por cento dizem nunca ter feito sexo oral ao parceiro, descendo este valor para 34,5 por cento nas raparigas mais jovens.

Nas práticas sexuais verificou-se que a religião tem o seu peso, mas só quando a prática religiosa é mais intensa (mais do que uma vez por semana) - neste caso, verifica-se que a actividade sexual é mais comedida. Por exemplo, as mulheres que têm práticas religiosas mais frequentes tendem a ter sexo menos vezes, práticas menos diversas e menos parceiros ao longo da vida. Olhando para o sexo oral, 63,6 por cento das mulheres com prática religiosa mais intensa nunca o praticou, mais do dobro das mulheres sem qualquer prática religiosa. "Quem não é religioso tende a ter mais propensão para o sexo." Quando se tem práticas religiosas mais frequentes, sobrepõe-se a ideia de "um controlo da religiosidade sobre o corpo", refere Pedro Moura Ferreira. O que se verifica também é que não são necessariamente os mais novos (dos 18 aos 24 anos) os que mais experimentam - os que têm entre 25 e 34 anos têm mais tendência para diversificar a sua prática sexual, incluindo tanto o sexo anal como o oral."