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sábado, 21 de abril de 2012

A escolha da França

Amanhã os franceses vão começar a escolher um destes dois senhores para a presidência da República:


Sarkozy, no fim deste primeiro mandato, é uma sombra, com uma magistratura na manga da chanceler alemã.
Hollande,apagado, já prometeu aquelas medidas maravilha para gastar muitos milhões aos contribuintes e que nada vão resolver.

Em tempos de crise, a escolha não é famosa.
Um não foi nada, com o seu perfil esquizofrénico, mas sem golpe de asa para a "grandeza" da França.
O outro, a concretizarem-se as sondagens, também não há-de ser nada. Ou estoira o que resta.

Enfim... vive la France!

sábado, 12 de novembro de 2011

A "democracia" dos mercados

Não deixa de ser curiosa - para não dizer perigosa - a forma como a crise está a aniquilar governos por toda a Europa.
Se até agora, antecipadamente ou não, ocorriam eleições que resultavam na mudança de governo (veja-se os casos de Portugal, Irlanda, Reino Unido, Grécia no início da crise...), parece que a norma mudou. Há uma semana a crise impôs um novo primeiro-ministro na Grécia - Lucas Papademos - e nestes dias ditou a saída de Berlusconi, em Itália, para dar lugar a Mario Monti.
Que o descontentamento popular leve a mudanças de governos é normal. O que não é normal é o governo mudar sem haver eleições, apenas para satisfazer os mercados (ou seja lá o que for). Por muito qualificados e tecnocratas que sejam os novos detentores dos cargos.
Podem chamar a isto o que quiserem, mas democracia não será certamente. E é um precedente muito perigoso esta forma de escolher governos.
Oxalá a Europa não se venha a arrepender. Nem nós, cidadãos europeus.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Puzzle europeu

Se a União Europeia e a Europa não estão a caminhar a passos largos para a implosão, e a breve trecho para a guerra, não sei bem para onde é que isto vai...
Não há um Líder europeu que tenha visão e dê um murro na mesa?

sábado, 17 de abril de 2010

Viajar: um modo de vida

Um simples olhar sobre os constrangimentos na mobilidade de pessoas, bens e serviços, provocados pela nuvem de cinza do vulcão islandês, dá-nos um retrato muito vivo sobre a nossa sociedade e modo de vida.

Isto remete para um livrinho que tenho há cerca de um ano à espera de leitura: Teoria da Viagem - uma poética da geografia, de Michel Onfray:
"Viajar tornou-se, não apenas uma espécie de apelo da humanidade civilizada e com um mínimo de meios económicos, mas também uma vitória sobre a eternidade; porque a viagem nos salva do que perdura e que não é tão eterno como julgávamos. Pertencendo a um mundo em que cada minuto tem um preço e uma medida exacta, o viajante recupera a poesia, a inutilidade, os monumentos em ruínas, os papéis que hão-de ser arquivados fora da memória, as varandas dos hotéis, os instantes fugidios de prazer e de clandestinidade."

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um vulcão pára a Europa

(foto via El País)

"O vulcão escondido debaixo do quinto maior glaciar da Islândia, inactivo desde 20 de Dezembro de 1821, continua hoje a expelir cinzas para a atmosfera." (Público)

Devido à erupção do vulcão glaciar Eyjafjallajokull, no Sul da Islândia, a Europa do Norte e Central está paralisada a nível da aviação.

sábado, 6 de setembro de 2008

Mensagem de Moscovo

"Ao usar a força militar, Moscovo abriu a primeira guerra entre Estados na Europa pós-Guerra Fria, enviando uma tripla mensagem: está decidida a travar a expansão da NATO nos antigos territórios soviéticos, a restaurar a sua "esfera de influência", a controlar as rotas do petróleo e do gás do Cáspio."

Jorge Almeida Fernandes, Público, 24 Agosto 2008

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Intolerâncias travestidas

Há coisas no mundo, e na nossa Europa, que me arrepiam.
O fundamentalismo racionalista e o dogmatismo científico que predominam na Europa voltaram a fazer das suas. O Papa não pôde ir falar a uma universidade porque há 18 anos disse uma frase que não agradou aos universitários (ver texto abaixo de JM Fernandes e detalhes aqui). Vai daí, coloca-se o dito centro de saber ao serviço do obscurantismo e da falta de abertura ao Mundo. Assim vai a Europa dos nossos dias ...
O papel da sapienza e da honestidade no debate intelectual
in Público, 17.01.2008, José Manuel Fernandes
Quando se fecham a Bento XVI as portas de uma universidade, impedindo-o de falar, é sinal de que alguns praticam tudo o que no passado criticaram à Igreja. E ainda se orgulham disso...
O tempo dá por vezes razão aos que parecem não a ter mais depressa do que os próprios se atreveriam a esperar. Há uma semana, nas páginas do PÚBLICO, Rui Tavares atacava Vasco Pulido Valente por este ter sugerido, na sua expressão, que "a Igreja é capaz de ter de viver novos tempos de clandestinidade". O que era obviamente ridículo. E impensável.
Nem uma semana passou sobre esse texto e acabamos de assistir não à "passagem à clandestinidade", mas a algo igualmente impensável: em Roma, na sua prestigiosa Universidade, crismada "La Sapienza" (A Sabedoria), um grupo de professores mobilizou um protesto que conseguiu levar o Papa Bento XVI a declinar o convite para falar na sessão inaugural do ano lectivo. Porquê? Porque consideraram que o convite a um dos grandes intelectuais europeus da actualidade - uma qualidade que só por cegueira se pode negar ao antigo cardeal Ratzinger - era "incongruente" com a laicidade da universidade. Ou seja, um cidadão de Roma e do mundo, um bispo que se distinguir como académico, viu serem-lhe barradas as portas do que devia ser um templo da ciência em nome de um princípio sectário e de um preconceito que levou um grupo de cientistas a deturparem o que tinha dito num passado já longínquo. Na sua arrogância consideraram mesmo o homem que manteve uma polémica aberta e elevada com Habermas como sendo "intelectualmente inconsistente".
Ernesto Galli della Loggia, editorialista do Corriere de la Sera, ele mesmo um defensor dos princípios da laicidade, escrevia ontem que o gesto dos professores, poucos mas com responsabilidades, traduzia "uma laicidade oportunista, alimentada por um cientismo patético, arrogante na sua radicalidade cega". Uma laicidade que não hesitou em seguir o mesmo caminho dos islamitas radicais que tresleram o famoso discurso de Ratisbona, deturpando-o e descontextualizando-o, para atacarem Bento XVI. E Giorgio Israel, um professor de História da Matemática que se distanciou dos seus colegas, explicou que estes tinham construído o seu caso a partir de "estilhaços de um discurso" realizado pelo então cardeal Ratzinger em Parma há 18 anos. O processo foi muito semelhante ao de Ratisbona: em vez de notarem que o Papa citava outrem para a seguir marcar as suas distâncias, pegaram nas palavras do autor citado - em Parma o filósofo das ciências Paul K. Feyerabend - para, atribuindo-as a Bento XVI, considerarem que este dava razão à Igreja na sua querela com Galileu. O sentido do discurso de Parma, prosseguia o mesmo Giorgio Israel, era exactamente o contrário da caricatura que esteve na origem do protesto: afirmar que "a fé não cresce a partir do ressentimento e da recusa da modernidade".
Mas que universidade é esta, que cidade é esta, que Europa é esta, que fecha as portas a alguém como Bento XVI, para mais com base numa manipulação? Não é seguramente a que celebra não apenas a tolerância, mas a divergência, a discussão em busca da verdade. E que por isso não aceitou sequer ouvir o que o bispo de Roma lhe tinha para dizer. E que já sabemos o que era, pois o Vaticano já divulgou o discurso.
Como este Papa nos tem habituado, era, é, um grande texto, uma extraordinária aula onde o teólogo e o professor, unidos num só, discorrem sobre o papel da Igreja e o da universidade, que, "na sua liberdade face a qualquer autoridade política e eclesiástica, encontra a sua vocação particular, essencial para a sociedade moderna", a qual necessita de instituições autónomas de interesses ou lealdades particulares, antes dedicadas à "busca da verdade".
Evoluindo entre referências modernas (John Ralls e Habermas) e clássicas (com destaque para o "pouco devoto" Sócrates, que elogia e defende), socorrendo-se de Santo Agostinho e S. Tomás de Aquino, Bento XVI escreveu um texto que, devemos admiti-lo, seria uma afronta para os seus detractores. Por possuir a abertura e a universalidade que são o oposto do seu sectarismo anticlerical. Por defender que "o perigo do mundo ocidental é que o homem, obcecado pela grandeza do seu saber e do seu poder, esqueça o problema da verdade. E isto significa que a razão, no fim do dia, acabará por se vergar às pressões dos interesses e do utilitarismo, perdendo a capacidade de reconhecer a verdade como critério único".
E alcançar a verdade implica questionar - mas não ignorar - as certezas de hoje. E um Papa, na universidade, não vem para "impor a fé de cima, pois esta é antes do mais um dom da liberdade".
No tribunal de "La Sapienza" foi um Papa que quiseram colocar no lugar de Galileu, e foram cientistas que fizaram o papel do acusador de então, o cardeal Roberto Bellarmino, porventura mostrando ainda menos compaixão.
Mas nisso, infelizmente, não andam sozinhos. Já repararam como, entre nós, vai por aí um debate sobre Pacheco Pereira e Vasco Pulido Valente terem chamado "fascista" a Sócrates, o que nenhum deles chamou. Como, de resto, nem o próprio António Barreto chamou, pois o seu raciocínio completo é: "Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições."Como é mais sexy discutir o "fascismo", ilude-se o que o próprio autor considera ser "o importante" - o que é mais depressa chicana política do que debate intelectual, perdoe-se esta franqueza, que só pode ser tomada pelo que é: um desafio a recusar o mau exemplo de "La Sapienza".

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O czar Putin

Vladimir Putin esteve em Lisboa a propósito da Cimeira UE-Rússia.
E houve uns arautos da pureza em política a protestar contra as suas políticas na Rússia e em relação a territórios vizinhos, sejam o Kosovo ou o Irão.

Sobre politica interna russa, como é que se governa um país com aquela dimensão continental se não for com braço de ferro? A Rússia, que sozinha é bem maior que toda a Europa junta, não se governa com balelas e discursos da treta como se faz deste lado dos Urais.

Quanto à política externa, a Rússia sempre teve pretensões imperiais. É algo intrínseco à sua história e à sua dimensão territorial. Como qualquer Estado, não tem amigos, tem interesses. E quer preservá-los.

Pelas imagens que vi na televisão, Putin transborda confiança e força. E descontracção. E não é qualquer um que tira o casaco antes de entrar no carro, como ele fez ontem em Belém e hoje em Mafra. Na Europa, com um qualquer presidente ou primeiro-ministro, encheriam jornais com isso. Se tivessem a coragem desse à-vontade.

sábado, 6 de outubro de 2007

Morte não é justiça

O Conselho da Europa promoveu a criação do Dia Europeu Contra a Pena de Morte, que se assinalará a 10 de Outubro.

“A pena de morte não impede o crime. É uma violação dos direitos humanos e é impossível garantir que pessoas inocentes sejam executadas. O Conselho de Europa luta há 50 anos para banir a pena de morte na Europa. Muitos países, incluindo os EUA e o Japão, ainda usam a pena capital. Junte-se à nossa campanha para garantir que a pena de morte é completamente abolida na Europa e em todo o Mundo. O Conselho da Europa foi criado para unir a Europa sob os princípios do estado de direito, respeito pelos direitos humanos e democracia. A Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que foi adoptada em 1950, afirma que todas as vidas devem ser protegidas pela lei e que ninguém deve ser privado da sua vida.”

Brochura aqui.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

No coração da Europa

Vi há pouco, na RTP, o documentário “No coração da Europa”, através do qual o realizador belga Serge Ghizzardi acompanha durante cerca de ano e meio Durão Barroso no exercício das suas funções de presidente da Comissão Europeia.
Muito interessante a forma como decorrem as negociações, os contactos… O documentário debruçou-se sobretudo nas negociações da directiva dos serviços.
Para quem gosta de política como eu, foi um documentário excelente.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Disparate jornalístico

"A primeira página da revista "Wprost" está a causar polémica por mostrar uma fotomontagem com a chanceler alemã Angela Merkel a amamentar os gémeos Lech e Jaroslaw Kaczynski" (líderes polacos)... (PÚBLICO)
Esta criatividade de gosto muito duvidoso...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Coisas a acompanhar...

  1. a ideia de Putin apontar uns mísseis à Europa como resposta ao escudo que os EUA querem instalar na Polónia e na República Checa.
  2. a Cimeira do G8, na Alemanha. Sobre esta "crise dos mísseis", sobre o ambiente. E as reacções/manifestações de alguns milhares de cidadãos que vão a todo o lado destruir o que só a globalização e o capitalismo - que criticam - permitiu. Só a globalização deu a possibilidade de fazerem o que fazem: sem globalização (e tudo o que ela permitiu ao nível de desenvolvimento tecnológico e de criação de riqueza) gostava de saber onde estavam esses cidadãos...
  3. os passos do novo presidente francês, N. Sarkozy. Está cheio de vitalidade, de energia, de ideias novas. É presidente há duas semanas e a Europa já mexe. Há quem o olhe como uma coqueluche, mas há ideias naquela cabeça. A Europa e a França vão mudar. Na primeira, já quase há novo tratado em versão resumida. Concordo!
  4. o debate (ou a sucessão de disparates..) sobre o novo aeroporto. Seja na Ota ou no deserto...
  5. as eleições de Lisboa... quando algum candidato disser alguma coisa que surpreenda. E que faça algum cidadão-eleitor votar nele sem ser por filiação/preferência partidária.
  6. a última semana da Feira do Livro de Lisboa. Muita mais pequena e pobre que em anos anteriores - infelizmente - mas fica noParque Eduardo VII até ao dia 10 de Junho.

domingo, 3 de junho de 2007

Guerra Fria de volta?

«O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou hoje apontar mísseis, alguns deles com ogivas nucleares, à Europa como resposta a uma eventual instalação do escudo anti-mísseis que os Estados Unidos querem instalar no leste europeu.
"É óbvio que se parte do potencial estratégico nuclear dos Estados Unidos se encontra na Europa e, segundo os nossos especialistas, nos ameaçam, teremos de responder", afirmou Putin numa entrevista que pode ser lida no site do diário canadiano The Globe and Mail.
"Que medidas é que poderemos tomar? Podemos apontar novos objectivos na Europa. Mas é tudo uma questão puramente técnica. Seja com mísseis balísticos ou de cruzeiro, ou ainda com algum tipo de novos sistemas de armamento", sublinhou o presidente russo.
Segundo o jornal, o presidente russo considera que o escudo anti-mísseis que os Estados Unidos querem instalar na Europa do Leste, nomeadamente em países de influência da extinta União Soviética, é uma "provocação" que arrastará para o "regresso à Guerra Fria entre os dois países".»
(LUSA)
O Sr. Putin está a especializar-se na função de provocador...
Ainda bem que tanto ele como Bush já estão em fim de mandato...

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Europa: desafio verde

É este o verde desafio:

"É isto que Durão Barroso propõe à Europa e ao Mundo. E para alcançar o seu objectivo tem de conseguir que a União Europeia se comprometa com a redução das emissões para níveis pré-estabelecidos. No caso, para os níveis de 1990. Este é o seu desafio. E é um excelente desígnio para a Europa. Que lhe devolve uma ambição colectiva mobilizadora."