domingo, 29 de abril de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

Uma poncha é que era

Receita de Poncha Regional  da Madeira:
(ingredientes para 6 pessoas)
125 ml de mel de abelha
125 ml de sumo de limão
250 ml de aguardente de cana
Meia laranja (opcional)

Preparação:
Misture muito bem o mel com o sumo de limão.
Junte a aguardente e volte a agitar bem a mistura. 
Adicione o sumo da meia laranja e, caso esteja calor, coloque a poncha no frigorífico e sirva bem fresquinha.

Classe: político. Adjectivo: ladrão

A meio da tarde, entrei no metro no Campo Pequeno. Nessa estação entrou também Ana Drago, deputada do BE, de luto e evidências de ter estado no velório de Miguel Portas.
No Campo Grande, entram dois velhotes reformados. Cruzaram-se com a Ana de saída, mas não a reconheceram ou não repararam quem era. 
Por coincidência, os senhores vinham a reclamar da crise, da vida... Que isto está pior que no tempo de Salazar... Que é só "firmas" e "comércio" a fechar... Que o pior vai ser para a juventude... 
Antes destes queixumes todos, um deles atira qualquer coisa como "este nunca roubou nada" a propósito do Miguel, e acusa o outro (o Paulo) de se encher e de tudo o que os portugueses gostam de acusar os políticos...

Não deixa de ser curioso que, para muitos portugueses, os políticos são todos ladrões. Uma classe inteira constituída por ladrões (quase que aposto que cirurgicamente devem excluir os camaradas do PCP e do BE...). Gostava de saber se conseguiriam classificar outras classes completamente como ladrões: polícias, sapateiros, informáticos, jornalistas, administrativos, padeiros, condutores, outra coisa qualquer...
Curiosamente, os políticos são escolhidos democraticamente pelos portugueses; esses políticos pertencem também à classe "portugueses"... apenas têm a diferença de "serem ladrões".
Além disto, os portugueses gostam de acusar os políticos de convidarem os amigos para outros cargos. Então vão convidar quem? O Zé Manel de Bragança que não conhecem de lado nenhum, cuja formação e qualidades desconhecem? Se  o português fosse político e precisasse de alguém para um cargo, quem iria convidar: o amigo que conhece ou o Zé Manel de Bragança, que nunca viu?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O telejornal há 38 anos




25 de Abril de 2012

Este é o dia da Liberdade. 
Para todos. Com respeito por todos.

Nos discursos desta manhã, no Parlamento, chamo a atenção para o do deputado Hélder Amaral, do CDS:

"O 25 de Abril tem autores mas não tem donos. Permite leituras mas não permite chantagens. Faz-se pela liberdade de todos e não para o pensamento único. Tem memórias mas não deve ter manipulações", disse o deputado Hélder Amaral, que falou em nome do CDS-PP.
O qual acrescentou: "Quem dá certificados para cada um de nós estar aqui é o povo soberano, não uma associação ou um político em especial". "A liberdade, por natureza e definição, não tem proprietários. E a democracia, por razões de ser, não tem amos nem príncipes. O único soberano é e será sempre o povo", disse ainda. Porque "aqueles que se desiludem e ofendem com o uso que os portugueses fazem da liberdade que lhes foi legada desrespeitam o alcance da sua própria conquista". E, além do mais, "cometem a soberba: uma soberba intelectual, cultural e geracional que é, ela sim, a negação da liberdade e da democracia".
"Esta é a casa da liberdade e da democracia, e é nela que devem ser celebradas, concluiu Hélder Amaral - para quem "a data cívica" do 25 de Abril se assinala "por hábito e dever".

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Blogosferando - 73


A propósito da 1ª volta das eleições francesas:

- Clube das Repúblicas Mortas: Um script

Diz que a Democracia é assim




Convém lembrar a estas excelências que o "actual poder político" foi legitimado pelo voto de 50% dos eleitores portugueses há menos de um ano. 
Com isto não quero dizer que o actual poder político tem sempre razão - e já o critiquei várias vezes - mas que está a seguir a linha política que prometeu e que foi acolhida pela maioria dos eleitores. 
Estão a fazer coisas que não terão prometido? Talvez. 
Já terão dado alguns tiros nos pés desnecessariamente? Sim.
Estão a pôr em causa a democracia? Não.
Estão mais a pô-la em causa estes senhores que se consideram donos da verdade absoluta sobre o 25 de Abril , que acham que a única vida possível é debaixo do tecto do socialismo, e que são de uma intolerância sem nome para tudo o que não tem o seu cunho político.

Além destes pormenores de um ex-presidente da República que agora é radical, e de uma associação proprietária da liberdade, gostava de saber qual a relevância de Manuel Alegre não ir à cerimónia oficial do 25 de Abril na Assembleia da República: porventura o poeta é deputado? Ou o facto de tê-lo sido confere-lhe algum direito especial?

sábado, 21 de abril de 2012

A escolha da França

Amanhã os franceses vão começar a escolher um destes dois senhores para a presidência da República:


Sarkozy, no fim deste primeiro mandato, é uma sombra, com uma magistratura na manga da chanceler alemã.
Hollande,apagado, já prometeu aquelas medidas maravilha para gastar muitos milhões aos contribuintes e que nada vão resolver.

Em tempos de crise, a escolha não é famosa.
Um não foi nada, com o seu perfil esquizofrénico, mas sem golpe de asa para a "grandeza" da França.
O outro, a concretizarem-se as sondagens, também não há-de ser nada. Ou estoira o que resta.

Enfim... vive la France!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ironias...

Ali ao lado tenho um espaço chamado "Frase do dia", que hoje sugere estas palavras:

"Quem nunca procurou a verdade concerteza nunca errou"
Saltykov-Stcherdrine, Mikhail

Ainda não parei de rir com a ironia entre errar e o erro ortográfico ali exposto...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Democracia à guineense

Não deixa de ser curioso que, a meio de um processo eleitoral para eleger o respectivo presidente (tinha havido primeira volta, e o iam a caminho da segunda, agendada para dia 29 de Abril), uns militares da Guiné Bissau dessem um golpe de Estado.
Portugal - e bem - defende tolerância zero para golpes de Estado e já falou com Hillary Clinton sobre o problema guineense, na véspera da reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar do assunto.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Real desumanidade

Hoje sou do contra:
Chamar à caça "actividades desportivas" é uma idiotice. Tal como não considero desporto jogar xadrez ou a fórmula 1 ou outras coisas semelhantes.
Matar só por diversão devia ser crime. 
E cada vez mais me faz confusão comer animais e o tratamento a que esses animais são sujeitos só para nos servirem de repasto.
S.A.R teve um acidente? Azarito.

domingo, 15 de abril de 2012

Cantinho do poeta - 72

Jorge de Sena e a sua pequenina luz...

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumiére
just a little light
una piccola… em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a advinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça
Brilhando indefectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
Indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
Como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
No meio de nós.
Brilha.

Meter água

Eu é que devo ser esquisito, mas não percebo o motivo de tanta celebração pelo naufrágio do Titanic há 100 anos...

Blogosferando - 72


Sobre a necessidade da Igreja Católica se reformar, o Portugal dos Pequeninos escreve:

"Volta não volta, regressa aquela arremelgada idiotice da "necessidade" de o Vaticano (e, em especial, Ratzinger) se "adaptar" aos tempos que correm. O jornal Público dedica meia dúzia de páginas à coisa e resume-as na seguinte frase: «os católicos têm de repensar a sua relação com uma sociedade que lhes escapa.» Esta frase - e os pressupostos em que ela assenta -, salvo o devido respeito, é um equívoco. Desde logo, a Igreja Católica representada pelo Papa Bento XVI é uma instituição cultural milenar que já viu "passar" demasiados "modelos" societários que a história e a "condição humana" se encarregaram de ultrapassar e, nalguns casos, de erradicar totalmente. A Igreja, por natureza, não funciona pela regra da contingência nem se sujeita ao "historicismo". Eles, os "modelos", passaram e a Igreja permaneceu conforme ao instante fundador: «tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.» Depois, Ratzinger é quem menos se importa com a opinião "maioritária" ou que se publica. Desde os anos 70 do século passado que ele afirma que a Igreja deve estar preparada para viver em minoria e não a toque de caixa de "movimentos" ou do "progresso". Na sua primeira viagem apostólica, à Turquia, Bento XVI deslocou-se propositadamente a uma aldeia remota do país para celebrar missa junto de pouco mais de uma centena de fiéis católicos. Este Papa não foi escolhido para ser "estrela pop" ou para abrir telejornais a ler homilias num Ipad. Não possui, aliás, a menor ilusão sobre o homem contemporâneo, o tal que supostamente "lhe escapa" quando ele o topa melhor que ninguém. Bento XVI prefere uma Igreja de poucos, firmes e fortes, a uma Igreja com uma multidão de pusilânimes internos e externos. Quem deve "repensar" a sua relação consigo própria é a sociedade - vazia, indiferente, desesperançada intelectualmente e infantil - à qual "escapa", de facto", o essencial."

Blogosferando - 71



"Claro que a medida anunciada de proibir o fumo dentro dos automóveis, quando transportam crianças, é uma medida aparentemente sensata. Digo aparentemente, porque a uma pessoa suficientemente informada (já nem digo educada) no actual século XXI, não era preciso impor uma medida destas. É do mais elementar bom senso evitar fumar em frente de crianças em qualquer espaço fechado. Sou um moderado fumador, apenas fumo 2 vezes por dia, depois das refeições, e para mim, que nunca fumei mesmo sozinho dentro de uma viatura, a medida não me contraria. Mas é preciso pensarmos um pouco neste Estado que temos, cada vez mais proibicionista e totalitário. Ao imiscuir-se na vida privada de um cidadão, e hoje infelizmente, a sua viatura é um lugar especial de liberdade que quer preservar, o Estado está a limitar seriamente as liberdades individuais, desculpando-se com um bem maior, que seria o bem estar dos que se não podem defender. Mas este caminho é uma capitulação do Estado, contra o que considera comportamentos criticáveis. Este combate deve ser travado nas escolas, nas Universidades, nos empregos, dando formação e educação adequadas a todos. Esse é o dever do Estado, não é apenas proibir e policiar! Toda a gente sabe que comer sal a mais ou abusar do álcool, prejudica seriamente a saúde. Então que fazer? Continuar a ensinar nas Escolas que devemos evitar excessos, ou proibir simplesmente o consumo de sal ou de álcool? De proibição em proibição, esses fundamentalistas também poderiam proibir as relações sexuais. Basta pensar nas mortes súbitas que podem causar aos que possuem alguma doença cardíaca sem saber. Eduquem as pessoas primeiro e depois verão que os comportamentos mudam para melhor."

terça-feira, 10 de abril de 2012

Cantinho do poeta - 71

Da minha janela
vê-se a Poesia.

Não te digo, não,
se é bonita ou feia,
se é azul ou branca,
nem que formas tem.

Queres conhecê-la?
Deixa o teu bordado,
vem para o meu lado,
que já podes vê-la
com teus próprios olhos.

Da minha janela
vê-se a Poesia...

Outro que te diga
se é bonita ou feia.

Sebastião da Gama

sábado, 7 de abril de 2012

Amigos Improváveis


Este filme francês é superlativo.
Cheio de humanidade, de humor, sem politicamente correctos, por vezes desconcertante.
Uma obra-prima destas é rara. Para mim, é um dos melhores filmes que vi nos últimos meses.

"Na sequência de um acidente de parapente que o deixou tetraplégico, Philippe (François Cluzet), um aristocrata francês de meia-idade, decide contratar alguém que o apoie nas suas rotinas diárias. É então que conhece Driss (Omar Sy), um jovem senegalês de um bairro problemático, recém-saído da prisão. Driss é, segundo todas as aparências, alguém totalmente inadequado à função, porém Philippe, estabelecendo com ele um vínculo imediato, contrata-o. Assim, com o passar dos dias, aqueles dois homens com vidas tão díspares vão encontrar coisas em comum que ninguém julgaria possíveis, nascendo entre eles uma amizade que, apesar de improvável, se tornará mais profunda a cada dia."

Todo um tratado


O suicídio deste reformado é todo um tratado de economia e sociologia.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ainda bem que estamos em crise...

Portugueses esgotaram viagens para Cabo Verde nas férias da Páscoa

Governo às aranhas?

As coisas para os lados do governo andam confusas.
Os subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos afinal só irão regressar em 2015 (e "gradualmente"), e não em 2014 como inicialmente anunciado.
Terá sido confusão, lapso, a situação orçamental a impor-se. Mas o governo não pode  enredar-se nestes papos de aranha.Tem de ser claro no que diz e na forma como diz.
Paralelamente a esta polémica (re)surgiu a ideia de distribuir os subsídios de férias e Natal pelos vencimentos dos 12 meses. Por que não? Para evitar a sobretaxação em sede de IRS, seria necessário rever as respectivas tabelas (e simplificá-las), mas não esta forma de receber 14 vencimentos em 12 meses não me escandaliza. Claro que passaria a responsabilidade das gestão financeira para as pessoas, de forma a terem as almofadas que os subsídios representam...

Quanto à suspensão das reformas antecipadas até final do Programa de Assistência Financeira a Portugal, pode não agradar, mas faz algum sentido. E esta medida tem válvulas de escape para as situações de reformas por invalidez e por desemprego involuntário de longa duração.
Com o progressivo aumento da esperança de vida, a coisa mais normal do mundo é a reforma iniciar-se cada vez mais tarde.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mãe contra o acordo ortográfico

Uma mãe escreveu ao Ministro da Educação sobre o ensino do acordês nas escolas básicas e secundárias.
Vale a pena ler a carta na íntegra
E, mais uma vez, opormo-nos ao Acordo Ortográfico que assassina uma língua.

domingo, 1 de abril de 2012

Os candidatos pós-Jardim

Na Madeira, pela primeira vez, perfilam-se candidatos oficiais à sucessão de Alberto João Jardim na liderança do PSD-Madeira.
Um deles é o eterno pré-candidato Miguel Albuquerque, presidente da Câmara do Funchal desde 1994. E em muitas situações discordante de Jardim.
Além dele, um outro jovem, cujo nome não encontro, também já se disponibilizou para avançar caso Jardim não o faça.
A laranja da Madeira começa a mudar...

Fregueses

Todas as terreolas deste país ficaram em ebulição após a troika ter imposto a reforma do poder local. O Governo - o outro e este - acharam que a forma de satisfazer a troika seria mexendo na organização das freguesias. Os concelhos, esses, como têm a ver com a organização partidária, ficam como estão. Mesmo que a definição actual dos concelhos venha do século XIX, e nada tenha a ver com a vida actual.
Algumas perguntas impõem-se:
- sendo o desenho actual da organização administrativa do séc. XIX, faz sentido que permaneça igual quando a demografia, as comunicações e as necessidades são completamente diferentes do que eram na altura?
- pelo que se viu ontem, as freguesias servem para apoiar grupos culturais e recreativos. É essa a função de uma Junta de Freguesia (JF)? Uma JF é necessária para isso?
- um dos argumentos dos fregueses contra a reorganização das freguesias é que ficam isolados. Com as actuais freguesias estão menos isolados? Têm mais serviços? Precisam de um JF para ter centro de saúde, correios, bombeiros?
- as JF queixam-se que não têm meios financeiros... Onde é que os conseguiram para ontem meterem 600 autocarros em Lisboa?