quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Sentenças - 15
"Vamos ter muito menos liberdade. Começa porque com menos dinheiro há menos liberdade, com menos propriedade há menos liberdade. Os antigos sabiam isso, nós é que tendemos a esquecê-lo em teoria, embora saibamos muito bem que é assim na prática. Não é com mais dependência do Estado social que há mais liberdade, é com menos, é com escolhas e com a possibilidade de fazer escolhas porque temos os meios para as fazer."
Pacheco Pereira, in revista Sábado (nº 348, de 29 Dezembro 2010)
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Debate presidencial - 3
O esperado debate entre Cavaco Silva e Manuel Alegre aconteceu.
De mansinho - ou nem por isso... - Cavaco chamou Manuel Alegre de mentiroso várias vezes.
Alegre tentou colar Cavaco a tudo o que de mau acontece no país, mas este não se deixou ir, nem acusou o governo das mal-feitorias. Foi a cooperação estratégica em tom de fundo.
Cavaco, fazendo jus ao seu profissionalismo não profissional, não respondeu a uma única pergunta que lhe foi colocada por Judite de Sousa, e disse tudo o que quis. Começando sempre por "bater" em Alegre.
Cavaco tinha tudo muito bem preparado e sabia bem o que queria dizer. E só disse isso.
Alegre perdeu-se um bocado. E nalgumas alturas precisava de levar com algumas perguntas que lhe desmontavam o discurso numa penada.
Para quando as senhas?
Notícia no Ionline:
"Os trabalhadores por conta de outrem vão descontar mais dinheiro para a Segurança Social, já a partir do próximo mês de Janeiro, data da entrada em vigor do novo Código Contributivo, informa o Correio da Manhã. Esta medida vai fazer, então, com que os trabalhadores recebam salários mais baixos do que os actuais.
De acordo como Ministério do Trabalho, os visados vão estar sujeitos ao pagamento da taxa de 11% para a Segurança Social 33% do valor mensal das depesas de representação; ajudas de custo; abonos de viagem, instalação e para falhas; gastos da entidade empregadora coma utilização pessoal de viatura automóvel; despesas de transporte das empresas com deslocações em benefício dos trabalhadores.
Em declarações ao jornal, o Ministério do Trabalho, afirmou que o aumento dos descontos "depende das componentes de remuneração que eram ou não base de incidência contributiva até agora e de as novas componentes de remuneração do trabalho serem pagas até aos limites de IRS".
No entanto, o ministério garante um aumento da protecção social se houver um aumento dos descontos."
O Estado, na sua ânsia de dinheiro (reparem que não digo "de reduzir o défice"...), tributa tudo.
Já esteve mais longe serem os trabalhadores a pagar às empresas e ao Estado...
E aquela misericordiosa frase "o ministério garante um aumento da protecção social se houver um aumento dos descontos"... Garante?! Uma treta!
Todas as semanas são anunciados cortes nas "garantias". A própria garantia de reforma não existe. O Estado, que devia ser uma entidade confiável, todos os anos altera as regras de pagamento das reformas. Uma pessoa de bem, quando cria as regras, cumpre-as até ao fim. Se precisa alterar, altera para os novos beneficiários, não retroactivamente.
E se eu não quiser contribuir para a segurança social e quiser ter um sistema próprio para mim? Não posso porque o Estado bla bla bla... mas garantias? Nada.
Debate presidencial - 2
Hoje é o debate entre Cavaco Silva e Manuel Alegre, o último da ronda de debates (ocorridos demasiado cedo, pois as eleições são só a 23 de Janeiro).
Os outros não foram vistos por ninguém. Ninguém esta interessado em política (no entanto, depois queixam-se...), e nenhum dos candidatos é mobilizador.
O verdadeiro frente-a-frente é o desta noite.
Com as candidaturas confirmadas hoje pelo Tribunal Constitucional, e com o fim das festas de natal, começa a verdadeira corrida. As sondagens dão 60% a Cavaco Silva, sendo que candidato mais próximo é Manuel Alegre, com 30%.
O actual presidente, em nome da poupança, nem tem cartazes espalhados pelo país. O homem confia. E sendo o político não profissional mais profissional de Portugal, sabe como levar a água ao seu moinho. E sabe como nenhum outro falar por cima da comunicação social.
Do pouco que vi dos debates (nos 2 ou 3 que tentei ver, adormeci...), há um que me surpreendeu. Cavaco, enquanto presidente, fala devagar, pondera cada palavra ao milímetro. Num dos debates que vi (julgo que frente a Fernando Nobre), Cavaco dispara palavras, estava descontraído, quase agressivo. Será uma amostra do Cavaco II?
domingo, 26 de dezembro de 2010
Quando o inesperado...
"Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios. "
Nuno Júdice
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Imagem sem palavras - 152
"Aprenda a estar aberto a seus sonhos. Sonhos são comunicações do inconsciente. O inconsciente tem uma mensagem para você. Ele está tentando criar uma ponte para sua mente consciente." (Palavras de Osho)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Neve regulada
Hoje vi nos destaques do Sapo que a Comissão Europeia vai legislar para fazer face aos contratempos dos aeroportos fechados por toda a Europa devido às intempéries.
De repente, surgiu-me a resposta: vão proibir a neve. Ou vão obrigar o S. Pedro a só deixar cair neve com determinadas características, de forma a não incomodar muito cá em baixo...
Ai, a mania de regular tudo o que mexe...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
"Para se ser verdadeiramente livre e feliz, vai para além da mente, das aparências e da ilusão, procura e abre as portas para o teu coração e alma, para a tua verdadeira natureza, para o teu Eu divino e para a sua sabedoria interior... então sim, encontrarás a verdadeira liberdade, paz e felicidade." - Padre Daniel
(via Alquimia Eventos)
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
“De 1 a 10? Mereço 11”
“É o melhor ano da minha carreira. Se há que dar uma nota do ponto de vista profissional, de um a 10... dou 11, porque ganhei todas as competições que podia ganhar pelo Inter e no Real Madrid ainda não desperdiçámos nenhuma oportunidade de ganhar títulos”, referiu, em conferência de imprensa, o agora técnico dos madrilenos. (Público)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Azul
Jogos: 25
Vitórias: 22
Empates: 3
Derrotas: 0
Esta noite, o FC Porto venceu o CSKA Sófia por 3-1, num jogo da Liga Europa.
Para que conste.
Vitórias: 22
Empates: 3
Derrotas: 0
Esta noite, o FC Porto venceu o CSKA Sófia por 3-1, num jogo da Liga Europa.
Para que conste.
Democracia por Hugo Chavez
"Hugo Chávez quer governar com plenos poderes ao longo dos próximos 12 meses e o seu vice-presidente já anunciou que esse pedido já foi feito à Assembleia Nacional da Venezuela. O Presidente justifica a iniciativa com a situação de emergência causada pelas fortes chuvas, mas para a oposição é uma forma de contornar o Parlamento, onde a partir de 5 de Janeiro os opositores vão ter 40 por cento dos lugares." (Público)
Debate presidencial - 1
Começaram hoje os debates entre os candidatos presidenciais, com o frente-a-frente entre Francisco Lopes (apoiado pelo PCP) e Fernando Nobre (o independente da AMI).
Se é isto que é suposto ser um debate para umas presidenciais... vou ali e já venho.
Pouco tempo: não deu para aquecer e debater seja o que for.
Depois passaram o tempo todo a dizer "o meu passado é melhor que o teu".
Ainda querem e não querem intervir na acção do governo (pelas "propostas" que têm, só podem ser candidatos a primeiros-ministros).
As perturbadoras fugas de Assange
As revelações que a Wikileaks tem feito por interpostos meios de comunicação social têm estado no centro da atenção mundial nas últimas semanas.
De absolutas irrelevâncias até coisas que mais parecem conversa de café, o site especializou-se em revelações "bombásticas". Entretanto, fragiliza a diplomacia de vários países, levanta ondas de supostos defensores do bem supremo, e põe em perigo milhares de vidas em todo o mundo.
Facto interessante: o site não pode ser acusado de nada, uma vez que as divulgações são feitas por vários jornais do mundo.
Os arautos da liberdade de imprensa seguramente que não gostariam de ver divulgadas por todo o mundo conversas privadas, documentos privados, um sem número de informações reservadas. No entanto, neste caso fazem manifestações pela liberdade de imprensa.
Em termos de relações internacionais, estas revelações baralham tudo. As relações diplomáticas, que se devem basear na confidencialidade e na confiança, ficam profundamente abaladas.
Obviamente que entre países não há amigos, há interesses, mas as relações diplomáticas têm as suas regras e cortesias.
Julian Assange, o rosto por detrás do Wikileaks, já foi escolhido como personalidade do ano 2010 pela Times. Não será certamente pelos melhores motivos.
E estar preso por alegada violação não é um atentado contra a liberdade de imprensa nem perseguição pelos danos que ele tem causado a nível internacional.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
O bulldozer da diplomacia dos EUA
Desapareceu ontem Richard Holbrooke, um dos mais importantes diplomatas americanos das últimas décadas, e que atravessou os mandatos de vários presidentes.
Sabedorias
Apanho o Prós e Contras, na RTP, e m'espanto ao ver a lucidez e sabedoria de um Adriano Moreira, os alertas de um António Barreto.
Homens que é pena não estarem na vida política activa. Metem a um canto dúzias dos que aí andam.
Sentenças - 14
"O drama português não é a crise financeira: é a absoluta nulidade da elite que governa o sítio. Que é deficitária culturalmente e em termos de pensamento estratégico"
Fernando Sobral, Jornal de Negócios, 13Dez2010.
"Ao contrário do que julgam os políticos desta democracia em que vivemos, um país não é rico porque é educado, é educado porque é rico. E se fosse necessária uma prova irrecusável desse melancólico facto, bastava olhar para as taxas de "abandono" e de "repetência" e para o número crescente de infelizes que tiraram uma licenciatura, um mestrado ou até um doutoramento para transitar imediatamente para o desemprego."
Vasco Publico Valente, Público, 12Dez2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
102
Manoel de Oliveira, decano dos realizadores a nível mundial, completa hoje a provecta idade de 102 anos.
Acho notável a lucidez que mantém, as ideias para o futuro, a frescura, o discurso claro.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
O Nobel ausente
"Entre críticas ao regime chinês e ovações a Liu Xiaobo, repetiram-se na cerimónia de atribuição do Nobel da Paz os apelos à libertação do dissidente e à democratização na China. Numa cadeira vazia, o Comité norueguês colocou a medalha e o diploma que o académico chinês receberia se estivesse presente em Oslo." (Público)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Legislação laboral em mudança
José Sócrates reuniu-se com a UGT e com a CGTP com vista a sondar possíveis alterações à legislação laboral.
Embora o governo o negue, é evidente a pressão da Comissão Europeia, do FMI e afins no sentido de alterar as leis do trabalho.
A questão é que em Portugal o problema não é a lei - é a prática.
Os bancos de horas existem na lei. Quais as empresas que as aplicam? Horas extras de borla sim.
Alegadamente o actual Código do Trabalho (CT) é um entrave ao despedimento. É?
Ouvi hoje que se pretende indexar o salário à produtividade. Isso já existe num truque chamado "contrato de prestação de serviços" usado para camuflar recibos verdes.
Só quem não vive neste país é que acredita nestas duas falsidades: que o actual CT é um entrave ao nosso desenvolvimento, e que a alteração do CT vai resolver os nossos problemas.
O problema do emprego em Portugal tem um nome: mentalidade.
Ignorância em grande
No folheto promocional do Continente/Modelo, de 07 a 12 Dezembro, há este texto informativo:
"O Bolo do Caco é um pão oriundo da Ilha da Madeira, embora tenha um nome doce o Bolo do Caco é um tipo de pão, baixo e macio. É uma das principais heranças da influência magrebina feito de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, sal e batata-doce. Depois de unidos os ingredientes, a massa fica a levedar algumas horas e as pequenas bolas de massa são achatadas e arredondadas, devidamente polvilhadas com farinha. A sua cozedura, feita de forma artesanal sob uma pedra (caco) basáltica bem quente faz com que adquira uma crosta fina ligeiramente queimada, conferindo-lhe um sabor rústico e único. Pode ser consumido quente, como entrada de uma refeição, barrado com manteiga de alho a derreter, ou mesmo como iguaria principal. Uma verdadeira delícia!"
Agora o mesmo texto escrito em português de gente:
"O bolo do caco é um pão oriundo da ilha da Madeira. Embora tenha um nome doce, o bolo do caco é um tipo de pão, baixo e macio. É uma das principais heranças da influência magrebina, feito de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, sal e batata doce. Depois de unidos os ingredientes, a massa fica a levedar algumas horas e as pequenas bolas de massa são achatadas e arredondadas, devidamente polvilhadas com farinha. A sua cozedura, feita de forma artesanal sobre uma pedra (caco) basáltica bem quente, faz com que adquira uma crosta fina ligeiramente queimada, conferindo-lhe um sabor rústico e único. Pode ser consumido quente, como entrada de uma refeição, barrado com manteiga de alho a derreter, ou mesmo como iguaria principal. Uma verdadeira delícia!"
Será que estes artigos não passam por alguém que saiba ler e escrever?
Já basta ver, no metro, painéis informativos assim: "a circulação na linha verde, encontra-se interrompida..."
Ainda bem que a OCDE não vê estas barbaridades...
A pobreza
"A pobreza não é substituir as férias de Cancún por uma semana no Algarve, nem comer menos um bife por semana. É outra coisa muito mais grave, muito mais perigosa e muitas vezes muito menos visível." - Pacheco Pereira, no Abrupto
Ainda sobre pobreza, no Corta-Fitas:
"Sinal de decadência duma anafada burguesia de ideais perdidos foram os recentes anos iludidos com a bolha do experimentalismo social, traduzida em farta legislação fracturante, desconstrutiva. O preço será pago com altos juros, e é chegado o tempo de olharmos para o que se torna aberrantemente prioritário: a pobreza das pessoas. Aquelas que não frequentam bares do Bairro Alto, que não frequentam os blogues ou vernissages. Aqueles que não têm dinheiro para fazer uma sopa, ou dar um presente a um filho. Deslocados, escondidos, sozinhos, vivem envergonhados do mundo, sem pagar ou receber pensão de alimentos. A pobreza é humilhação e solidão; corrói a humanidade da pessoa, é dor profunda. Há demasiados portugueses em sofrimento e é tempo de se atender à realidade e acudirmos às pessoas."
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
A moda de pagar para trabalhar...
Com esta medida, o Estado junta-se às muitas empresas que exigem trabalho e não pagam um cêntimo. Seja em horas extra, seja em trabalho feito em casa.
E há até situações em que são os trabalhadores a suportar despesas da empresa. E.. ou são reembolsados tarde e a más horas, ou pura e simplesmente não são reembolsados.
Uma palavra: exploração.
"Os professores do ensino secundário vão passar a corrigir mais exames nacionais, mas deixam de receber o suplemento de cinco euros por cada prova analisada. A nova regra é para ser aplicada já este ano lectivo a todos os docentes que forem seleccionados para integrar a bolsa de classificadores. Até agora, cada docente podia corrigir no máximo 100 provas - 50 em cada fase -, mas a partir de Junho, o número de testes poderá subir até 120 nas duas fases, no casos dos docentes que não estiverem a dar aulas; ou então diminuir para 50 exames (25 provas em cada chamada) para os que exercerem funções lectivas durante a época de exames. O único benefício é que os correctores de provas passam a estar dispensados de todas as tarefas que não envolvam dar aulas durante o tempo em trabalham na correcção das provas.
A diferença não é muita, mas a grande mudança vai pesar sobretudo no bolso dos professores já que a tarefa deixa de ser remunerada e as despesas com as deslocações para levantar os exames assumidas pelo próprio professor. Para os docentes, o novo regime pode representar no limite menos 600 euros que receberiam por corrigir as 120 provas no prazo de sete dias; para o Estado significará uma poupança de cerca de 1,2 milhões de euros anuais, tendo em conta que no último ano lectivo foram realizadas 250 mil provas no ensino secundário."
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Um Portugal diferente
Há 30 anos desaparecia Sá Carneiro. Um político inconformado e com uma ideia para Portugal.
Hoje, num noticiário qualquer, o historiador Rui Ramos falava sobre o que seria o país sem o desaparecimento do então primeiro-ministro: certamente um país em que não prevaleceriam os paninhos quentes do centrão.
Instituto Sá Carneiro aqui.
Artigo no caderno P2 do Público aqui.
Instituto Sá Carneiro aqui.
Artigo no caderno P2 do Público aqui.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Incapacidade de "desligar" encurta fins de semana
Onde é que eu já vi isto...?
O problema é a pressão subliminar ou descarada que todas as empresas (e até entre colegas...) fazem para as pessoas trabalharem mais, levarem trabalho para casa, e não pagarem nem mais um cêntimo por isso...
Ganhámos por ter perdido
Quanto à escolha da Rússia como organizador no Mundial de futebol de 2018, achei muito bem.
Em primeiro lugar, por Portugal não ter dinheiro para isto e ter problemas suficientes com que se preocupar, e não com estes carnavais. E a ideia de que uma organização deste género dá projecção a Portugal pode ser muito bonita, mas o país não se alimenta de imagem. O país precisa é de criar riqueza.
Em segundo lugar, por eu ter dito desde há uns dias que a escolha recairia na Rússia.
(ando em maré de pontaria: foi isto, e ontem ter dito a uma amiga que o dito a iria pedir em casamento. Ela chamou-me parvo... hoje disse para eu jogar na lotaria).
A pobreza eterna
“Portugal sempre se caracterizou por ter salários baixos e, portanto, ter um contrato de trabalho estável não quer dizer que tenha um rendimento razoável. Há muita gente empregada em situação de pobreza”
Os baixos salários e a diminuta escolaridade dos portugueses são, segundo Renato Miguel do Carmo, “os dois grandes motores das desigualdades em Portugal” e “um ciclo vicioso que tem repercussões ao nível da pobreza, do desemprego, da mobilidade social e o que nós queremos é chamar a atenção para este carácter de permanência das desigualdades”
(Ionline)
Ernâni Lopes
Tive oportunidade de vê-lo, na SIC-N, no Plano Inclinado há algumas semanas. Lúcido, apresentava o que devia ser a nossa sociedade. Contra a aldrabice, a honestidade.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
A campanha presidencial a descer
A Sábado lembrou-se de ir desenterrar um episódio da vida de Cavaco Silva de Maio de 1967. Portanto, há 43 anos. E completamente irrelevante.
"A polícia política abriu o processo número 995/67 e pediu ao chefe de gabinete do ministro da Educação que fizesse comparecer Cavaco Silva na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso. O professor faltou à primeira convocatória mas, após uma insistência do director da PIDE, em Dezembro de 1967, preencheu o “formulário pessoal pormenorizado”, um boletim de 4 páginas que era burocraticamente designado como “modelo 566”.
A alínea 12 colocava uma questão directa: “Sua posição e actividades políticas”. Na linha de baixo, num momento em que António de Oliveira Salazar - então com 78 anos - cumpria o seu 35.º ano como líder da ditadura, Cavaco Silva escreveu: “Integrado no actual regime político”. Deixou mais uma linha e acrescentou: “Não exerço qualquer actividade política”."
Neste país de comunistas revolucionários, todos têm de ser heróicos oposicionistas ao regime de Salazar, sob pena de insinuações como estas.
Alegre, esse grande homem do "não", andou envolvido em ataques bombistas. Seria um terrorista. Mas, como é de esquerda, é um herói resistente.
"A polícia política abriu o processo número 995/67 e pediu ao chefe de gabinete do ministro da Educação que fizesse comparecer Cavaco Silva na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso. O professor faltou à primeira convocatória mas, após uma insistência do director da PIDE, em Dezembro de 1967, preencheu o “formulário pessoal pormenorizado”, um boletim de 4 páginas que era burocraticamente designado como “modelo 566”.
A alínea 12 colocava uma questão directa: “Sua posição e actividades políticas”. Na linha de baixo, num momento em que António de Oliveira Salazar - então com 78 anos - cumpria o seu 35.º ano como líder da ditadura, Cavaco Silva escreveu: “Integrado no actual regime político”. Deixou mais uma linha e acrescentou: “Não exerço qualquer actividade política”."
Neste país de comunistas revolucionários, todos têm de ser heróicos oposicionistas ao regime de Salazar, sob pena de insinuações como estas.
Alegre, esse grande homem do "não", andou envolvido em ataques bombistas. Seria um terrorista. Mas, como é de esquerda, é um herói resistente.
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