sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tempo de pausa


Férias... tempo de fazer uma pausa, de mudar de ares, de apagar o lixo da cabeça.
Descansar.... espairecer...


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Açores: a razão de Cavaco

Um ano depois de Cavaco se ter pronunciado pela primeira vez contra o Estatuto dos Açores (e o país ter ficado suspenso da comunicação presidencial durante um dia inteiro), o Tribunal Constitucional dá-lhe razão.

Para quem tenha umas noções de direito constitucional, isto era evidente.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Imagem sem palavras - 113

Rua Direita

Para eleitores, simpatizantes, amigos... do CDS, abriu-se a Rua Direita.
Porque há uma solução.
Boa iniciativa. A seguir com atenção.
"O país não cresce enquanto o Estado fizer tudo."

Manuela Ferreira Leite, hoje, na Conferência DE

Prefiro mil vezes uma MFL que "não tem jeito para a política" mas não faz promessas idiotas ou descabidas do que um Sócrates (que há meses anda entretido a mandar areia para os olhos das pessoas).

O programa eleitoral do PS

O PS apresentou hoje o seu programa de governo.
(Para os mais distraídos, e que só acusam o PSD de não ter programa, o PS só o apresentou hoje, ou seja, antes não tinha nada).
Das várias medidas que propõem, há uma que se destacou: oferecer 200 euros por cada bebé que nasça em Portugal.

Vamos analisar esta treta por pontos:
1 - se é um "incentivo à natalidade", devia ser utilizada no momento do nascimento do bebé. Vamos por partes: natalidade... nascimento de bebé. As duas coisas estão ligadas.
2 - se os objectos desta medida só podem beneficiar dela daqui a 18 anos, isto tem algumas implicações: as famílias não beneficiam de nada enquanto precisam; as famílias, já carenciadas, poderão fazer depósitos nessas contas a favor dos seus rebentos (esta medida é delirante); até à Conta Poupança Futuro poder ser movimentada, só os bancos irão beneficiar do dinheiro em causa (o PCP - bem! - já apontou isto). Isto não é mais um apoio encapotado aos bancos?
3 - duzentos euros servem para quê? Por esse país fora, em muitas localidades, as autarquias oferecem 500, 1000... para "incentivo à natalidade" e "fixação de jovens casais". O Estado, bem maior que as autarquias, só dá uma esmola.
Em Espanha o incentivo à natalidade é de 2500€ (ou seja, é 12,5 vezes superior á promessa do PS).
4 - já alguém fez umas contas para concluir o seguinte: daqui a 18 anos, com juros, os 200€ ter-se-ão transformado em 500€. Vamos pensar um pouco: se hoje já pouco se faz com 500€, imaginem daqui a 18 anos... Os jovens usam esse dinheiro para quê: comprar 2 cervejas?

Sócrates, enquanto apresentava o programa do PS, falava de "futuro"... A questão é que os problemas dos cidadãos existem hoje.
Apetece citar uma frase de Keynes (se não me engano): no longo prazo, estamos todos mortos.

Sobre esta medida idiota já temos a opinião da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas: "uma medida divertida" e que "não serve para nada". Nem mais.

Uma medida boa como "política de família" é a que o CDS propõe há anos: um cheque-ensino, que dê liberdade às famílias para pôr os filhos a estudar onde bem entenderem.

Há quem goste de mandar areia para os olhos dos cidadãos. E, de caminho chamar-lhes, estúpidas.

Outra das promessas do PS é a descida dos impostos. Vou ali rir e já volto...

Dispensamos as vossas medidas. Vão à vossa vida.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O debate da capital

Alguém viu o debate entre António Costa e Santana Lopes?
Só vi os minutos finais... não cheguei a nenhuma conclusão.

Não me interessa a contabilidade "quem ganhou-quem perdeu".
Queria saber visões da cidade, soluções, futuro. Não obras, contas, quase mercearia.

Uma coisa é certa: não voto em listas que tenham Sás Fernandes lá dentro. Só se o programa for para cima de excelente.

E ainda tenho a entrevista de Santana Lopes ao I para ler.

Sete vidas - 13

domingo, 26 de julho de 2009

Parafraseando - 50

"Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: «Faz sempre o que tiveres medo de fazer"

Ralph Emerson

Sentenças - 4

"Algo tem de estar muito mal neste país para que 65 por cento dos portugueses defendam a prisão perpétua e 26 por cento concordem com a pena capital".

Pedro Camacho, "Visão", 16-07-2009

A falsa solução do PS

A propósito da apresentação ontem pelo PS das suas "bases programáticas, leio hoje no Público este título e lead:
«Mais apoio social para deficientes e jovens e menos burocracia.
Programa do PS baseia-se em mais apoios, subsídios e estágios, para "modernizar e relançar a economia" e reduzir desigualdades»

Que raio de soluções para o País são estas?!
Apoios, subsídios e estágios são soluções para quê?!
Os problemas do País não se resolvem com mais Estado em todo o lado - resolvem-se com mais economia e com menos Estado.

Depois de estes senhores terem dado cabo de Portugal desde 1995, ainda vêm propor barbaridades que só irão agravar a situação...
Dispensamos. Vão à vossa vida.

sábado, 25 de julho de 2009

Keep walking

"Seja um andarilho
Procure por todas as alternativas possíveis, mova-se em todas as direções, seja um andarilho, um andarilho no mundo da vida e da existência.
E não perca nenhuma oportunidade de viver."
(via Palavras de Osho)


Com isto:


As listas eleitorias

Também por esta altura começam a ser conhecidos os nomes que integram as famosas listas a deputados.
Só o PS é que terá aprovado já as respectivas listas. E começam as análises-maravilha: não-sei-quem foi excluído por contestar o chefe, por ser "alegrista", por "motivos pessoais", por ser não-sei-quantos...

Só me surge esta análise-maravilha também:
- permanentemente os partidos são acusados de se fecharem sobre si mesmos e não permitirem a renovação de quadros; é o "são sempre os mesmos".
- quando alguns saem (seja pelo motivo que for), é porque são excluídos, perseguidos, silenciados, e mais não-sei-o-quê...
- pergunto: para "renovar" não é preciso "excluir" os que já lá estão?!

Pronto, desta vez não estou a bater no PS... :)

Os programas eleitorais

Um dos assuntos do momento político tem sido a falta de programa do PSD. Acusação esta saída sobretudo da boca do PS e de alguns meios de comunicação social e jornalistas.
No entanto, que conste, nenhum partido - sublinho, NENHUM - apresentou até agora qualquer programa para as legislativas. Mas só se "bate" na falta de programa do PSD. Alguém explica esta fixação?

HOJE a Comissão Política do PS aprovou as bases programáticas dos socialistas. "Bases programáticas", não "programa eleitoral". Portanto... o PS também não tem ainda qualquer programa.
Na conferência de imprensa após a CP, Sócrates disse uma série de coisas (sim, "coisas," porque conteúdo e medidas concretas... nada). Por exemplo:
- "O programa eleitoral vai definir muitas metas e objectivos económicos. Metas precisas de emprego e crescimento económico devem ter em conta todas as incertezas da situação em que vivemos"
- "O programa do PS tem a ambição que o partido sempre teve para o país. O programa do PS não é de nenhum optimismo estouvado, mas próprio de um partido determinado que tem a ambição de combater e de resolver a crise com confiança"

António Vitorino ainda precisou o seguinte:
o programa tem três prioridades: "relançar o crescimento económico e promover o emprego (a grande questão do pós crise); reforçar a competitividade da economia portuguesa, retomando os objectivos de reforma e de modernização; e desenvolvimento de uma nova geração de políticas sociais para o combate à desigualdades e para a qualificação dos serviços públicos".

V. Exas importam-se de dizer o que estas coisas querem dizer em concreto?
Ah... o PS também ainda não tem programa eleitoral.

Subscrevo o que Pacheco Pereira disse na "Quadratura do Círculo" desta semana: a diferença do PSD e de Manuela Ferreira Leite em relação ao PS e a Sócrates é que pode apresentar só 20 medidas e garantidamente serão cumpridas, e não 500 medidas que são só propaganda.

terça-feira, 21 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Limpeza de Msn.‏

Se receberem um mail com este conteúdo e o assunto acima APAGUEM sem lá entrar.

"Oi, tudo bem?
Estou fazendo uma limpeza na minha lista de contatos, estou conferindo qual dos meus amigos me bloquearam ou deletaram do msn,
se você deseja conferir também acesse: www.apagado.net
Clique aqui para entrar"


Não façam o que eu fiz... :S

Sentenças - 3

"Neste sítio um ministro pode ir para a rua por um par de cornos infantis ou por uma piada de mau gosto. As roubalheiras, os negócios escuros, os compadrios, a corrupção a céu aberto e o tráfico de influências, não só são tolerados como premiados nas urnas".

António Ribeiro Ferreira, jornalista, "Correio da Manhã", 20-07-2009

Com a cabeça no espaço

Quando passam 40 anos sobre o primeiro passo de um homem em territórios extraterrestres... o eclipse solar mais longo do séc. XXI vai mergulhar o Oriente na escuridão.
(Só daqui a 123 anos, a Lua vai esconder o Sol durante mais de seis minutos e 39 segundos, a duração prevista para o eclipse solar que esta quarta-feira vai deixar o Oriente às escuras).

Há 40 anos, a lua era um objectivo político. Chegar lá primeiro representaria uma vitória tecnológica e política sobre o adversário. Estávamos em plena Guerra Fria, e o mundo tinha de um lado o bloco soviético e do outro o bloco americano e livre.

Nos dias que correm, a conquista do espaço é um objectivo planetário. Basta ver a cooperação entre vários países na Estação Espacial Internacional.

Electricidade para os olhos

Com o fim da legislatura à porta, com o Parlamento quase a encerrar, com a tradicional maratona para aprovar diplomas em catadupa (a ver se Cavaco, que já avisou, vai promulgar...), e com o governo transformado em comissão eleitoral, temos isto hoje:
"Primeiros cinco mil carros eléctricos terão cinco mil euros de incentivo cada"

Hummm...
- este anúncio-maravilha é para 2010-2012... em que estes senhores (assim espero) podem nem estar no governo;
- por outro lado, se esta electricidade for tão verdadeira como umas acções de propaganda governo/EDP de há uns meses, com a instalação de uns pilares para abastecimento em vários pontos na cidade (que não funcionam ou estão bloqueados, como Belém ou na Praça de Londres), vamos longe.

domingo, 19 de julho de 2009

A Idade do Gelo 3

Cá está um filme para passar um bom bocado.
Cheio de humor, com cenas absolutamente geniais, e com os magníficos efeitos 3D (é o primeiro filme que vejo com esta "magia" tecnológica)...
E há lá uma personagem, que acabou por ajudar os nossos amigos na terra dos dinossauros, que só me fez lembrar um actor: Johnny Depp. Aquele requinte de malvadez, aquele humor, aqueles trejeitos...

sábado, 18 de julho de 2009

Parafraseando - 49

"A felicidade é como uma borboleta:
Quanto mais você a persegue, mais ela se esquiva.
Mas se você voltar sua atenção para outras coisas ela virá pousar calmamente nos seus ombros."

Henry Thoreau

(associar com A verdadeira liberdade emerge do nosso interior)

Episódios do dia-a-dia – 4

Esta manhã, ia eu a passar junto do McDonalds da Praça de Londres e assisti ao seguinte episódio:
em frente a esse restaurante, costuma estar um rapaz de Leste aleijado a pedir esmola, sentado no chão.
Hoje, à minha frente, ia um senhor velhote, franzinho, dobrado sobre si mesmo (não deve ficar mais alto que meio metro), e apoiado numa bengala instável. Este velhote costuma estar à porta da igreja de S. João de Deus, ali ao lado, a vender pequenos cântaros de flores, e também já o vi na estação de Benfica.
Continuando... quando o velhote pobremente vestido passou em frente ao rapaz, este meteu a mão ao bolso para lhe dar uma moeda. Chamou o velho-te e estendeu-lhe uma moeda de 20 ou 50 cêntimos. O velhote parou, olhou para trás, mas seguiu o seu caminho sem a moeda.

Este episódio é absolutamente comovedor.

Quando passo ali, o rapaz, como faz com toda a gente, pede moedas. Nunca lhas dei. E muito menos desde que uma vez, indo eu a passar, ele estava acompanhado por dois ou três miúdos (que deviam ser familiares), e começou a chamar nomes aos transeuntes, incluindo eu. Não percebia nada do que ele dizia, mas a reacção dos miúdos, à gargalhada, foi suficientemente esclarecedora.

Sentenças - 2

No Jornal de Negócios da passada quarta-feira, o economista Pedro Braz Teixeira perguntava:
"Como é que um país que investe em projectos que não são competitivos se torna, por essa via, mais competitivos?"
Boa pergunta!

No mesmo dia, o Meia Hora titulava: "PCP: país ficou pior nas mãos do PS".
Não contive um sorriso. Se, para o PCP, o PS é assim, o que dirão dos outros...?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A falsa polémica atribuída a Jardim

Ouvem-se os comentários e parece que Alberto João Jardim disse alguma barbaridade. Vamos ler a notícia no DN, e percebe-se que anda tudo histérico com nada. E que aquilo que lhe é atribuído faz todo o sentido.
E o próprio jardim, com uma ironia notável, já veio responder às análises fazendo uma série de questões que desmontam muitas dessas mesmas análises.

1 -
o que o PSD/Madeira propõe é que, em matéria de regimes políticos, "a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de direita, caso do fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional em vigor, como igualmente de esquerda, caso do comunismo". Isto é ligeiramente diferente daquilo que se ouve nos comentários.
Pergunto-me: o que está mal aqui? Que se saiba, fascismo e comunismo são duas ideologias autoritárias e totalitárias, embora de sinal contrário. Portanto, se o fascismo é "proibido" constitucionalmente, porque não o mesmo tratamento em relação ao comunismo?
Já o tenho afirmado: politicamente, somos um país hemiplégico. A complacência com que o comunismo e afins é tratado é que não faz sentido.
O que o PSD/M defende não é nada estapafúrdio.

2 -
para além deste ponto, a proposta do PSD/M vai mais longe: "que a referência a regiões autónomas no texto constitucional se faça em maiúsculas, que a expressão Estado Unitário seja substituída por Estrutura do Estado"; "a extinção do "vigilante oficial", representante da República; a possibilidade de candidaturas independentes às eleições legislativas regionais; a existência de partidos regionais; a possibilidade de as assembleias legislativas regionais, deputados e grupos parlamentares, bem como grupos de cidadãos eleitores, e o próprio presidente da Região Autónoma - nova figura proposta pelo PSD - poderem convocar referendos regionais sobre matérias de interesse regional que devam ser decididas pelos órgãos do Estado ou das Regiões Autónomas. Tudo isto "sem interferência de órgãos estranhos, como são os órgãos de soberania".
O texto apresenta mais de 30 alterações, entre elas a reconfiguração dos órgãos de Governo Regional, surgindo, deste modo, o cargo de presidente da Região Autónoma, que cumula a posição de chefe do Governo Regional com poderes de promulgação e veto dos diplomas regionais, entre outras. O PSD pretende, ainda, o reforço da superioridade dos estatutos político-administrativos, "verdadeiras constituições regionais em relação aos demais actos legislativos ordinários, do Estado ou das Regiões Autónomas", refere.

Claro que propostas concretas e de alguma ruptura no sistema constitucional incomodam alguns espíritos. E Alberto João Jardim sempre propôs alterações constitucionais de largo alcance.
A esquerda (e só ouvi Francisco Louça...) acha que esta proposta é intolerante, mas aceita ser intolerante em relação ao outro lado. Não me venham é dizer que aquilo que o PCP e o BE defendem é, em última análise, tolerante e democrático. Por muito embrulho que tenham as suas ideias, aquilo não é democrático.
A direita, condicionada sociologicamente em Portugal, nem comenta. Ou manda para altura da revisão constitucional (foi o que o PSD fez). Devia era deixar de ter receio de defender coisas que o puro bom senso aprova.

Portugal é um país bloqueado politicamente.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Parafraseando - 48

Aquele que possui o teu tempo, possui a tua mente.
Muda o teu tempo e mudarás a tua mente.
Muda a tua mente e mudarás o mundo.

José Argüelles

Espírito Alegre

Num destes dias ouvi Manuel Alegre bradar contra uma vitória do PSD nas legislativas porque "não podemos deixar que eles tenham uma maioria, um presidente e um governo" (disse-o assim ou de outra forma qualquer) e fez mais umas imprecações em nome da liberdade...
Para ele, e outros que tais, é um atentado à democracia haver "um presidente, um governo, uma maioria" (o alegado sonho de Sá Carneiro) à direita. No entanto, esta situação já se verificou à esquerda (quer com Soares-Guterres, quer com Sampaio-Sócrates) e não consta que eles se tenham incomodado a criticar essa conjugação.
Estes senhores muito gostam de encher a boca com liberdade, tolerância, democracia e mais não sei o quê...

Lisboa vista por um "acordo coligatório"

"Helena Roseta será a número dois da lista do PS à Câmara de Lisboa" (Público)
"Como a lei não permite coligações entre partidos e movimentos de cidadãos, o PS e o movimento CPL vão assinar um "acordo coligatório" para definir as regras."

Depois de António Costa ter feito também um "acordo coligatório" (que expressãozita...) com José Sá Fernandes, hoje repete com Helena Roseta.

Assim, a Lisboa concorrem duas equipas: "acordo coligatório" (António Costa + Sá Fernandes + Helena Roseta) e Santana Lopes (PSD + CDS + PPM). E ainda o Bloco de Esquerda e o PCP.

Santana Lopes, na entrevista que deu ontem na RTP, disse qualquer coisa como isto: estes acordos de António Costa só demonstram a sua fragilidade.
Observação assassina. E é bem capaz de ter razão...
Estes acordos são a prova de que Santana lhes está a roer os calcanhares e que estão com medo.

O dia em notícias

1 - Orgia ao estilo de “Eyes wide shut” na zona rural inglesa
"Uma companhia holandesa alugou um hotel situado na zona rural inglesa onde organizou, no passado fim de semana, uma orgia colectiva entre 350 participantes mascarados. O hotel Halswell House, um esplendoroso edifício do século XVII, é alugado para festejar bodas ou fazer reuniões empresariais, normalmente, e é a primeira vez que algo do género ocorreu, para total espanto do pessoal do hotel." (I)
E porque não, hein?


2 -
"O Facebook é a maior rede online? Mas só queríamos miúdas..."
O insucesso com as alunas de Harvard, levou dois cromos informáticos a criar o Facebook"
(I)
Encontraram uma solução, pronto!


3 - "As mulheres que fazem mais do que um aborto deviam começar a pagar pela segunda interrupção, preconizou ao PÚBLICO Luís Graça, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria (HSM).
(...)

No HSM, duas em cada três mulheres não aparecem à consulta de planeamento familiar que, nos termos da lei, deve ocorrer no prazo de um mês após o aborto. "É a negligência pura e simples. Algumas mulheres não fazem anticoncepção e jogam na sorte, o que é muito triste para quem, como eu, se bateu muito por esta lei", lamenta."
(Público)
Quando a irresponsabilidade é ilimitada...


4 - Cavaco Silva celebra hoje 70 anos de vida.
De Boliqueime ao Palácio de Belém, foi um longo percurso, marcado por sucessos académicos e profissionais, primeiro, e depois por grandes sucessos políticos, nunca entretanto ultrapassados, como as duas maiorias que governaram o País de 1987 a 1995.
(DN)
E está bem conservado, quanto a mim.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um olhar sobre o país

Uma entrevista a ler: Manuel Villaverde Cabral no I do passado dia 10 de Julho.
Tem uma série tiradas ao jeito de conversa de tasca, mas há algumas análises interessantes.
Fala do PS, do governo, do PSD, de Sócrates, do BE, de Cavaco, da governabilidade...

Diz coisas como isto:
- "uma distribuição equitativa entre PS e PSD, acho que o responsável pela situação em que Portugal se encontra hoje é no mínimo 51%, o PS: mais corrupto e mais incompetente como partido do que o PSD."

- "se há em Portugal alguém capaz de pensar no país, é Cavaco Silva."

- "esse é outro problema da nossa ingovernabilidade: um excessivo entrosamento, uma promiscuidade entre certas empresas e o núcleo da decisão política."

- "Enquanto não for removido, o eng. Sócrates é hoje parte integral do problema da governabilidade portuguesa."

O cerne da questão

Recebi hoje este texto atribuído a Eduardo Prado Coelho:

Precisa-se de matéria prima para construir um País

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita,essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?... MEDITE!"

O dia em notícias

1 - "A guerra entre a Google e a Microsoft está ao rubro. A Google prepara-se para lançar no mercado o Chrome OS, um sistema operativo grátis para já destinado aos 'netbooks', mas que poderá vir no futuro a concorrer com o célebre Windows; a Microsoft responde e avança com o motor de busca Bing, onde gastou 100 milhões de dólares em promoção, e está a desenvolver o Gazelle, um produto parecido com o próprio Chrome OS. Quem irá vencer o braço-de-ferro?" (DN)

2 - "Cada vez mais polícias compram material à sua custa
O medo de serem agredidos ou baleados está a levar cada vez mais polícias a gastar do seu bolso para comprarem equipamento de protecção. Há empresas que fazem descontos e deixam pagar a prestações" (DN)

3 - "Galp está a ser investigada pela autoridade espanhola da concorrência" (I)

4 - "Manuel Alegre recusará reedição do Bloco Central ou qualquer aliança à direita" (Público)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cantinho do poeta - 56

Existe somente uma idade para a gente ser feliz;
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente
pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo novo, de novo e de novo
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se... presente!
e tem a duração do instante que passa.

Mário Quintana

32

Há momentos que valem por muitos.
Foi assim no passado sábado, no jantar atrasado do meu aniversário.
A boa disposição, a amizade, o simples prazer de estarmos juntos só porque sim (embora com pretexto definido). As conversas iam e vinham, mudavam de centro, perdiam-se em gargalhadas, em atenções dispersas.
Foi um absoluto privilégio aquele jantar e o convívio no Irish do Parque das Nações.
Terá sido um momento único. Mas apetece repetir.

Infelizmente não foi possível contar com todos os amigos mais queridos no jantar, mas estiveram todos lá. Há laços bem mais fortes que quaisquer circunstâncias.
E só para recordar (ou causar inveja), o delicioso bolo (antes das velas trocadas, mas ninguém reparou... eheheheh)...

Quanto a prendas, os 32 foram generosos. Desde uma gravata roxa e o DVD de "O Estranho Caso de Benjamin Button" ao curso de iniciação à fotografia, passando pelo livro "O Poder Infinito da sua Mente 2" e por um pijama Massimo Dutti... e, pronto, não vou falar da prenda que me ofereci a mim mesmo...

domingo, 12 de julho de 2009

Fotografando na prática

O José Romão explicando fotografia...

Uma paisagem vista por mim...

TV idiota

Quando é que os noticiários vão deixar de passar coisas destas:
- cristianos ronaldites?
- tudo quanto é iniciativa idiota para o Guinness, desde o maior bacalhau de Serpins da Serra ao bolo de não-sei-que mais comprido do mundo, e outras chouriçadas?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aniversários

Há coisas que são uma excelente massagem para o ego.
Ainda há dois dias, algumas pessoas perguntaram-me quantos anos ia fazer. Normalmente viro a questão e pergunto quantos me dão. (E é sempre agradável ser surpreendido pelo "eu" que os outros vêem).
Ouvi estes números: 23/24 e 27...
Humm... óptimo!! :))

Já o meu avô, com 94, tinha aspecto de 70 (quando muito!). Estou bem encaminhado...

"Não podemos perder a oportunidade de pedir que os nossos sonhos se tornem realidade" (S)


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Humor black & white

Amanhã será a cerimónia fúnebre de Michael Jackson.
Como povo criativo que somos, já há algumas anedotas sobre o fenómeno:

1 - Notícia de última hora: "afinal Michael Jackson não vai ser cremado. Como ele é 99% plástico, vai ser reciclado, e vão fazer-se peças de Lego para as criancinhas poderem finalmente brincar em paz".

2 - qual foi a última plástica que Michael Jackson fez?
Esticou o pernil.

3 - Os fãs que tinham comprado bilhetes para os 50 concertos de Londres não perdem tudo. Vão poder aproveitar os bilhetes para assistir ao funeral de Michael Jackson.

Lisboa empata Costa e Santana

"António Costa e Pedro Santana Lopes estão empatados na corrida à Câmara de Lisboa, encontrando-se separados apenas por um ponto percentual. Segundo uma sondagem feita pela Universidade Católica para o JN/DN/RTP/Antena 1, o candidato do PS, António Costa, recolhe 38 por cento das intenções de voto dos lisboetas e Pedro Santana Lopes, da coligação Lisboa com Sentido, que congrega PSD, CDS-PP, MPT e PPM, 37 por cento." (PÚBLICO)

Curioso: quando António Costa ganhou em Lisboa, há dois anos, era visto como um presidente para 6 anos (2 + 4). Agora, com Santana, o seu futuro é incerto.
Apesar de algumas trapalhadas, Santana não foi um desastre em Lisboa (como alguns dizem ou esperavam). O túnel do Marquês foi uma boa ideia, apesar do Zé ter feito disparar os custos e empatado a obra (que ainda não foi concluída...).

Não sei porquê, mas algo me diz que este ano se vai repetir o que provocou o fim da era Guterres: tanto Lisboa como o país mudam de cor. Cheira-me. E não é só o "cheira bem, cheira a Lisboa"...

“Naked Friday” substitui o “Casual Friday”

"Um grupo de trabalhadores de uma empresa de marketing e design inglesa, a onebestway, de Newcastle upon Tyne, passou um dia inteiro a trabalhar sem roupa para levantar a moral da empresa. A ideia foi do psicólogo David Taylor, que tinha sido contratado para ajudar a melhorar a integração dos trabalhadores que andavam desanimados por causa de despedimentos. “Convidar uma organização a tirar a roupa é a técnica mais radical que eu já usei”, explicou Taylor ao jornal britânico The Daily Telegraph. “Pode parecer esquisito, mas funciona. É o gesto final de confiança em si mesmo e nos outros."" (jornal I)

Hummm... e foi só o moral que levantou?

sábado, 4 de julho de 2009

Um mundo de imagens

É mais ou menos manifesto o meu gosto por fotografia.
Acho que consigo ver fotografias quando vou pela rua.
Tiro fotografias compulsivamente. Acho que já muitos amigos se aperceberam (será esta a palavra apropriada?...) disso...
No entanto, a minha noção da arte da fotografia estava circunscrita ao “gosto/não gosto”, está “bem/mal enquadrada”...
Eis então que, às portas de mais um aniversário, alguns amigos me oferecem um curso de iniciação à fotografia. Obrigado!!!
Após o primeiro dia de curso, já sei mais algumas coisitas sobre a arte de fotografar.
O curso é voltado para a fotografia do ponto de vista técnico. Ou seja, a velocidade de obturação, da abertura de diafragma, do ISO... e muito, muito mais. Basicamente, as condições para conseguir uma boa fotografia dadas as circunstâncias do objecto a fotografar.

No final do dia de hoje, o monitor José Romão (Mil Cores) apresentou uma série de fotografias nas quais eram analisados os conceitos apreendidos ao longo do dia. E é extraordinário como o olhar que se tem passa a ser outro, como nos apercebemos das técnicas por detrás da imagem (ele é fã do “polarizador”, que permite “cortar” os reflexos nas imagens captadas). Ele é adepto de fazer várias fotografias semelhantes, com vários graus de luminosidade, por exemplo, e depois fazer uma “fusão” entre elas para obter uma imagem melhorada. Humm... é manipular a foto, artificializar aquilo que foi captado. Mas isto sou eu, leigo, que digo.

Agora, com esta prenda, uma coisa é ainda mais evidente: a minha Sony Cyber-Shot DSC-P10, já com 5 anos, é muito limitada (coisa de que já me tinha apercebido, mesmo sem saber nada de técnica fotográfica).
Acho que me vou oferecer uma prenda de aniversário...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Imagem sem palavras - 110

Estado: danação

A actuação dos políticos tem vindo a degradar-se.
Já não bastava, no Parlamento, chamarem-se todos mentirosos (ou "faltar à verdade"...), agora também um ministro tem à-vontade suficiente para pôr um dedo em cada lado da cabeça e fazer uns chifres para um deputado do PCP.

Depois do puxão de orelhas dado por Sócrates - seu primeiro-ministro - nesse mesmo Parlamento, não restou outra saída a Manuel Pinho: demitiu-se.
A três meses de eleições, a pasta da Economia fica na mão do Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.

(Com este episódio, mais uma vez, prova-se que Sócrates nunca faz remodelações por vontade própria. É empurrado para isso. Foi sempre assim com todas as saídas de ministros no seu Governo).

Inqualificável.
Quando a política atinge este nível rasca, algo está mal.
Já há alguns meses tinha sido um deputado do PSD a mandar, com as letras todas, outro do PS para um certo sítio...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Perfeito

Rainbirds: Love is a better Word (White City of Lights):



Cheguei a esta preciosidade através do Pedro Rolo Duarte.

O fim de festa rosa

Manuel Carvalho, no editorial do Público no passado domingo:

"O que está acontecer ao sistema de poder construído por José Sócrates na legislatura? O que explica os sinais de descontrolo, descoordenação e desnorte do Governo mais homogéneo do pós-25 de Abril, no qual eram raras as fugas de informação, impensáveis as divergências factuais entre ministros, raras as dissensões internas e as remodelações? Quem por acaso se tivesse ausentado do país por seis meses e comparasse o antes e o depois das eleições europeias teria facilmente constatado que algo mudou, que o princípio basilar da governação construído em torno da liderança incontestada de José Sócrates está a ruir rapidamente.
(...)
O que a última semana do Governo deixou a nu é o clima de dissolvência, de final de festa, que começa a instalar-se na cúpula do poder socialista. Incapaz de recuperar num curto espaço de tempo o protagonismo político, acossado por uma lidrança do PSD que lenta mas paulatinamente se vai afirmando como alternativa, minado pelo desgaste de ministros que há meses (ou anos) deveriam ter sido remodelados, incapaz de produzir ideias novas, o Governo arrasta-se, confunde-se, desordena-se e perde terreno para a oposição."


Fernando Sobral, no seu O Pulo do Gato, do Jornal de Negócios, ontem:

"José Sócrates ilude-se com facilidade. E acredita que os portugueses o contratarão com facilidade para continuar a ser ilusionista nos próximos quatro anos.
(...)
Pensa que a tecnologia é o substituto natural das ideias e, portanto, crê que o Twitter e o Facebook serão o seu "simplex" eleitoral. A má qualidade da democracia corresponde à má qualidade dos políticos. Mas Sócrates acredita que tudo é uma questão tecnológica e não ideológica. Engana-se.
Para existir uma democracia participativa através das redes sociais é preciso ouvir e debater. E ouvir não é o mesmo que escutar "focus groups" ou agências de comunicação. É preciso escutar, replicar e tirar ilações. Não é só ouvir, para colocar nos programas o que as pessoas querem ler.
Mas Sócrates não quer escutar questões. Não é por acaso que uma das mais importantes acções pedagógicas deste Governo na educação foi o estrangulamento da Filosofia, a disciplina que traz mais perguntas que respostas."