terça-feira, 30 de outubro de 2007

Página 161

Anda a correr nos blogues uma “corrente literária” curiosa.
As regras são as seguintes:

1. pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas – implica aleatoriedade, não tente escolher o livro;
2. abra o livro na página 161;
3. na referida página procurar a quinta frase completa;
4. transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada;
5. aumente, de forma exponencial, a improdutividade, fazendo passar o desafio a mais cinco bloguistas à escolha.

Que eu saiba, ninguém me mandou a corrente, mas achei-lhe piada, por isso cá fica o meu contributo:

“Exasperado com as infindáveis noites de música, o coronel Aureliano Buendía ameaçou curar-lhe a aflição a tiros de pistola.”

Obviamente, de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Marquez.

Os meus contemplados para este desafio são os seguintes:
- Ad-Intra
- Jingas
- Segredos ao pôr-do-sol
- Sequestro Emocional
- Trambolhão

Respeito!

Uma figura pública também tem vida privada. E tem direito de reserva sobre ela!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O czar Putin

Vladimir Putin esteve em Lisboa a propósito da Cimeira UE-Rússia.
E houve uns arautos da pureza em política a protestar contra as suas políticas na Rússia e em relação a territórios vizinhos, sejam o Kosovo ou o Irão.

Sobre politica interna russa, como é que se governa um país com aquela dimensão continental se não for com braço de ferro? A Rússia, que sozinha é bem maior que toda a Europa junta, não se governa com balelas e discursos da treta como se faz deste lado dos Urais.

Quanto à política externa, a Rússia sempre teve pretensões imperiais. É algo intrínseco à sua história e à sua dimensão territorial. Como qualquer Estado, não tem amigos, tem interesses. E quer preservá-los.

Pelas imagens que vi na televisão, Putin transborda confiança e força. E descontracção. E não é qualquer um que tira o casaco antes de entrar no carro, como ele fez ontem em Belém e hoje em Mafra. Na Europa, com um qualquer presidente ou primeiro-ministro, encheriam jornais com isso. Se tivessem a coragem desse à-vontade.

Arte?!

‘Um artista da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão vadio faminto numa galeria de arte. O cão estava preso por uma corda curta. Ninguém alimentou ou deu agua ao pobre cão que morreu durante a exposição. Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na 'Bienal Centroamericana Honduras 2008'. (noticia aqui)


Se o senhor artista se lembrar de fazer uma instalação para alertar contra a fome de muitas pessoas o que faz? Amarra um africano numa sala e coloca uma tigela de arroz no outro lado?!
Se lhe apetecer fazer arte com a guera, vai bombardear os visitantes?
Se isto é ARTE....

E que tal amarrar o "artista" Guillermo Habacuc Vargas como ao cão: pelo pescoço, numa sala enorme, e sem água nem comida, hein?
Isto não é arte - é selvajaria!!
Petição contra o "artista" aqui.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Desconfianças

"Os portugueses são o povo mais desconfiado da Europa Ocidental e ocupam a 25ª posição entre 26 países num estudo da OCDE destinado a medir a amplitude da desconfiança e falta de civismo dos diferentes povos recenseados" (noticia aqui)

Uma sociedade cujos cidadãos têm tais níveis de desconfiança só significa uma coisa: as pessoas que a constituem não são de confiança!

E sem essa revolução cultural feita não há modernização e choques tecnológicos que lhe valham.
As míticas sociedades dos países do norte da Europa não são desenvolvidas e ricas por acaso. São fruto de uma atitude mental e de maturidade social.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

imagem sem palavras - 48

E tanto céu... e tanto mar....

imagem sem palavras - 47

Junto ao Pavilhão do Conhecimento - Parque das Nações

DEMOCRACIA em Espanha

Li esta notícia no DN de hoje e fiquei-me a perguntar: para quando um programa destes em Portugal?
"É o programa de televisão de que mais se fala em Espanha, aquele que coloca frente a frente cidadãos anónimos e figuras destacadas da política do país vizinho. Apenas com três edições já decorridas, a última das quais aconteceu na semana passada, Tengo una pregunta para usted ("Tenho uma pergunta para si") é já um clássico e alvo de conversas na rua e comentários na Internet. Além disso, as duas primeiras edições, com o líder do Governo, José Luis Zapatero, e com o líder da oposição, Mariano Rajoy, revelaram-se verdadeiros campeões de audiências.
Na estreia, com Zapatero, o programa registou 5,8 milhões de espectadores e 30,3% de quota de mercado. Vinte dias mais tarde, o chefe da oposição ao Governo socialista ainda conseguiu melhor: 6,3 milhões de pessoas assistiram ao programa em casa, ou seja, 35% dos espanhóis que viam televisão àquela hora.
Desta vez, juntaram-se três convidados, embora se mantivesse o painel de cem pessoas (49 mulheres e 51 homens), sem afiliação partidária, de todas as partes de Espanha, e com empregos tão distintos como árbitro de futebol, músico, ou caixa de supermercado.
(...)
O programa, que conseguiu cinco milhões de telespectadores e 22,2% de share em horário nobre, já se tornou num motivo de conversa nas manhãs que se lhe seguem, não só porque é raro ver um político frente a frente com os cidadãos, como pelos episódios surpreendentes, anedóticos, e pela confrontação que costuma gerar.
No caso de Zapatero, em Março, ficou a pergunta: "Quanto custa um café?" O líder do PSOE não hesitou e respondeu 80 cêntimos. Falhou. Em Espanha um café não costuma ser menos que 1,20 euros. Com Rajoy foi a questão de um reformado que o atrapalhou. "Quanto ganha?", perguntou-lhe o espectador na plateia, obrigando o líder da oposição a uma pausa nervosa: "É suficiente para chegar ao fim do mês."
Os políticos ficam de pé, no enorme estúdio, enfrentando a bancada de entrevistadores. Os cidadãos podem voltar a perguntar, caso a resposta não seja satisfatória, o que acontece muitas vezes, porque os políticos têm o discurso estudado, o que nem sempre resolve as dúvidas pragmáticas de quem questiona.
(...)"
O programa pode parecer uma espécie de reality show com políticos verdadeiros, mas acho que teria a vantagem de trazer muitos desses mesmos políticos à terra, explicando políticas e intenções sem o filtro jornalístico.
Nos EUA, neste período de escolha de candidatos pelos Partidos Democrata e Republicano, houve já debates organizados pelo YouTube com perguntas de cidadãos normais.
Penso que um modelo semelhante, sem censura de questões mas com uma pré-selecção dos intervenientes seria interessante como exercício democrático. E - na minha opinião - a pré-selecção teria apenas como objectivo evitar que fossem para lá cidadãos tão indignados que começassem aos gritos ou com agressões verbais e/ou físicas.
Um espaço de debate deste género teria interesse, pois não haveria coisas preparadas nem discursos pré-definidos. E a aura de uma outra realidade deixaria de pairar nos espíritos de alguns políticos.

domingo, 21 de outubro de 2007

1820

Não sabia que eu era assim tão assustador e terrível, mas, na rádio, um anúncio da PT-Gato Fedorento garante que sim.
Depois de massacrarem um preso para confessar um número de telefone – e ele o confessar repetidamente – e não conseguindo o que querem, os interrogadores atiram:

- “Despacha-te, vem lá o Orlando…”



Ah... este sou eu:




sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"Porreiro, pá!"

Foi desta forma efusiva que José Sócrates se dirigiu a Durão Barroso após a declaração de que tinha sido fechado o acordo sobre o futuro Tratado de Lisboa.



Será bom, será mau? É certamente o acordo possível após 6 anos de negociações e impasses, agravados pelas rejeições da anterior proposta de Constituição por parte do eleitorado francês e holandês.
Claro que não é um acordo perfeito. Será mais do agrado de uns do que de outros. Mas é assim que a humanidade – e a Europa – tem evoluído ao longo dos séculos. Se fosse tudo perfeito, a história do Homem seria uma rua de sentido único, sem expectativa. Um beco sem saída.
Um filósofo disse que o homem é ele e a sua circunstância. E isto é tanto mais verdade quando se fala de uma instituição da dimensão da União Europeia, com múltiplas culturas, múltiplos actores, e um sem-número de interesses.

A política é a arte do possível, e todos sabemos que em política não há amigos, há interesses.
Por isso, foi muito interessante ouvir, ao fim da tarde de hoje, o depoimento do jornalista António Esteves Martins no programa Contraditório, da Antena 1 (já disponível em podcast, para os interessados), sobre os meandros e as histórias das negociações. Vale a pena ouvir.

E, diga-se o que se dizer, este acordo trata-se de um vitória. Para a presidência portuguesa. Para José Sócrates. Para Luís Amado (Ministro dos Negócios Estrangeiros), Lobo Antunes e toda a sua equipa. E para Durão Barroso.

Já está!

De acordo com a Antena 1, já há acordo.
Com o Tratado de Lisboa por almofada, podemos ir dormir descansados...

Até amanhã.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pobrezas


Assinalou-se hoje o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.

E realizaram-se várias iniciativas idiotas para fingir que se vai acabar com a pobreza: por exemplo, juntar uns estudantes na alameda das universidades, que afinal querem ficar registados no livro do Guiness...

"Uma em cada seis pessoas no mundo vive em condições de pobreza extrema e não tem acesso a medicamentos nem à educação básica, indicam dados internacionais. Em Portugal, um em cada cinco vive em situação de pobreza. Por outro lado, 12% da população global - ou seja, o grupo dos 22 países mais ricos do mundo, em que se inclui Portugal - consome 80% dos recursos naturais disponíveis." (VISÃO)
E 20% de portugueses são 2 milhões de pessoas.... E há décadas que não se resolve este problema de fundo num País relativamente pequeno como é Portugal... Claramente há algo de errado! Mas o TGV é prioritário...

E li esta manhã que o limiar da pobreza em Portugal são os 360,00€. Sim, trezentos e sessenta euros!

Portanto, é perfeitamente possível ter emprego e ser pobre.
Grave!
Ainda mais quando os bancos e tantas empresas em Portugal apresentam lucros escandalosos de 30%.
Poderia escrever muito mais sobre este drama social - que muitas vezes é oculto - mas o que está dito é suficientemente revelador.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Populismo, palavra maldita

"Confesso que começo a ficar cansado da palavra “populismo”. Não há hoje análise política em Portugal sem que este famigerado termo se multiplique à velocidade dos pães bíblicos, servindo para nomear tudo e o seu contrário. “Populismo” passou a abarcar quase tudo quanto mexe. E quando se pretende criticar alguém sem saber muito bem justificar tal crítica, logo irrompe o nefando vocábulo, tão previsível como as ondas do mar a bater na praia. Rapidamente a fórmula, de tão generalizada, ficou esvaziada de conteúdo.

Afinal o que é o populismo?
- As “conversas à lareira” de Franklin Roosevelt faziam dele um populista?
- John Kennedy, ao aparecer junto da mulher Jacqueline, grávida de muitos meses, e fazendo disso um decisivo trunfo eleitoral na campanha presidencial de 1960, era populista?
- Harold Wilson, que se fez fotografar e filmar ao lado dos Beatles para firmar a sua frágil liderança dos anos 60 no Reino Unido, seria um notório populista?
- As disparatadas declarações de Mário Soares sobre a vida afectiva do seu adversário Francisco Sá Carneiro, na eleição legislativa de 1980, tinham um cunho populista?
- Seria populismo o facto de Cavaco Silva fazer profissão de fé anti-europeísta quando dava os primeiros passos como líder do PSD em vésperas da assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE?
Também Churchill poderia ser acusado de “popularizar” a actividade política com as suas fórmulas simples e certeiras, bem sonantes em cabeçalhos de jornal (nada mais natural em quem exerceu o jornalismo antes da política), e aquele V da vitória que ficava excelente em qualquer fotografia. Já sem falar do general De Gaulle, que tinha o hábito de fazer plebiscitar as suas políticas, o que lhe valeu a acusação de pretender “governar por referendo”, em permanente adulação das massas. Hoje ninguém nega que foram ambos estadistas, Churchill e De Gaulle – dos maiores que o século XX conheceu. “Populismo”, portanto, vale para tudo: para o pior – e para o melhor. Seria bom que começássemos a usar outros termos. Para percebermos melhor do que se fala."
O "populismo" renasceu com a eleição de Luis Filipe Menezes para a liderança do PSD... Menezes tem umas boas ideias, outras interessantes e que devem amadurecer. Ainda agora chegou a líder. Deixem-no fazer caminho, e ver o que vale. Uma coisa já disse e repito: Sócrates vai deixar de ter todo o campo político-mediático para si. O primeiro discurso de Menezes no cogresso foi duríssmo para o Governo de Sócrates e pôs o dedo na ferida. Se conseguir passar a mensagem de forma estruturada e clara, alguma coisa vai mudar.
Tem sido cauteloso nos comentários à comunicação social. E parece-me mais bem preparado e consistente que Santana Lopes (mas isto é a minha opinião).

Blogosferando por aí - 5


1 - Gattopardo, um novo blogue da autoria - conjunta - de Pedro Mexia e Pedro Lomba. A não perder, obviamente! E vai já ali para a minha selecção.

2 - o Corta-Fitas sobre essa palavra maldita: populismo. Assino por baixo! E até vou copiar...

3 - um blogue para e-scritores: e-screve.

Questões pertinentes...

É quase criminoso relegar para segundo plano o post da Cláudia Vieira, mas li este texto hoje no PÚBLICO, e está delicioso...
"Como é que um muçulmano se volta para Meca no espaço?
O primeiro astronauta da Malásia já dá voltas à Terra; antes as autoridades islâmicas do seu país fizeram uma reflexão inédita: definir os preceitos que um crente deve seguir no espaço.
No espaço, como é que um muçulmano sabe em que direcção fica Meca, a cidade mais sagrada do islão, para poder rezar voltado para lá? E tem de cumprir à risca o preceito de orar cinco vezes por dia, começando antes do nascer Sol e acabando depois de se pôr? Se assim for, tem de rezar 80 vezes, porque, em órbita, o Sol nasce e põe-se a cada 90 minutos. Ou, ainda, como é que um crente islâmico se mantém em pé e depois se curva e deita no chão enquanto reza, se lá em cima tudo flutua?"
O resto do texto... vão à procura, no caderno P2 do Público de hoje.

domingo, 14 de outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Stardust - O Mistério da Estrela Cadente

Para quem gosta de bom cinema...


"Apaixonado, o jovem Tristan Thorn (Charlie Cox) faz uma promessa à rapariga mais bela da aldeia (Sienna Miller), cujo coração ele sonha conquistar: compromete-se a trazer-lhe uma Estrela Cadente, tendo para isso, que cruzar os muros proibidos e entrar num misterioso Reino repleto de magia e de inúmeras lendas..." (Sapo/Lusomundo)

Mas o filme é MUITO mais!!!

Tem aventura, humor, romance, fantasia. Tem ainda uns fantasmas muito espirituosos, um pirata gay, o barco dos piratas que anda nas nuvens e não no mar... e uma estrela muito sexy e querida(Sienna Miller).

E um elenco de luxo: Sienna Miller, Robert De Niro, Claire Danes, Charlie Cox, Michelle Pfeiffer.

Site oficial

Estão à espera de quê para ir ao cinema?

Governo da treta

A propósito da apresentação do orçamento de Estado para 2008, e deste texto de Jorge Ferreira no Tomar Partido, surgiu-me esta ideia:

Se esta panaceia socialista é sinónimo de visão estratégica para o País, favor elaborar mais um pouco...
Este ano dão uma redução de impostos para quem for para o interior, nos anos anteriores fecharam o interior (nas versões escolas, maternidades, centros de saúde, ....)
Eu sou muito inteligente, ou isto é uma enorme contradição politica?!
Estranho ainda nenhum partido da oposição ter reparado nisto...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

PSD: Menezes de guerra

O discurso de abertura do XXX congresso do PSD feito por Luís Filipe Menezes... duríssimo para o governo.
Com olhar no futuro, pretendendo abrir o partido à sociedade, estudando políticas sectoriais, e pensando Portugal a longo prazo. E... "uma nova constituição!"

Na edição do Público de hoje (no caderno P2) vem um interessente documento sobre o novo lider do PSD, com um sugestivo título: "Não o subestimem".

Também julgo que subestimar Menezes será um erro, seja do governo, seja dos chamados intelectuais do partido.

Menezes vem com ideias de mexer no partido e no país. Assim o deixem.

E, como quer a unidade do partido (condenando de forma inequívoca o clima de quase perseguição que se instalou no PSD), e agita a bandeira do poder (nas regionais dos Açores, nas autárquicas, europeia e legislativas), é capaz de ir longe.

Espero que consiga pôr fim ao show off governativo.

Muito bom o discurso de Menezes. Mobilizador.

Revolução alimentar

Depois do aloe vera e do bifidus activo, chegou a vez do índice glicémico. O mundo da indústria alimentar não pára de nos surpreernder...
Agora no iogurte, em breve em qualquer produto, seja champô, sabão de roupa, ou até programa de rádio...
O marketing tem coisas fantásticas, não é?

Nobel da Paz Verde




Site dos prémios Nobel.

Gostei deste prémio. Já era esperado há algumas semanas.
A liturgia de Al Gore sobre o combate às alterações pode levantar dúvidas, pode ter exageros, mas por uma questão de bom senso convém cuidarmos da casa comum de todos nós e que é única - a Terra.

E agora a Casa Branca, Gore?
Seria um excelente presidente. Ao nível de Bill Clinton.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Democracias alternativas 2

A Venezuela caminha - se não está já... - a passos largos para um modelo de democracia muito alternativa: só existe o que o Governo quer.
Se isto não é ditadura, por favor, elucidem-me.
Já há algumas semanas o líder lembrou-se de pôr à discussão uma alteração constitucional para se eternizar na presidência até 2020 (para poder concretizar o seu magnífico plano de modernização/mudança da sociedade)... Obviamente que discussão é uma maneira de dizer... O texto é aquele e não aceita alterações.
Estou à espera do seu douto parecer, Dr. Soares...

Nobilidades...

Este ano o Prémio Nobel da Literatura coube Doris Lessing, uma escritora britânica.
Como praticamente ninguém sabia quem era a senhora, lembraram-se de realçar que Doris Lessing é uma das 11 mulheres galardoadas com o Nobel da Literatura desde 1901...
Uma informação digna de um Nobel, sim senhor....

Cem Anos de Solidão

Reler esta obra maior da literatura mundial é uma coisa indescritível. Quem já leu sabe do que falo. Aquela história fantástica, cheia de coisas inesperadas e escrita de uma forma tão apaixonante...

Hoje dei comigo a perguntar-me como é que ainda não foi feito um filme com este romance. Mas poucos minutos depois já me tinha respondido: seria impossível (ou pelo menos muito difícil...) passar todas estas sensações para o cinema.
Mas reler este livro é sempre uma aventura apaixonante e mágica!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

imagem sem palavras - 46

Um banco no Campo Pequeno...

Propaganda governativa? nah...!

Ontem José Sócrates, cidadão que ocupa as funções de Primeiro-ministro de Portugal, achou por bem inaugurar uma empresa privada, de seu nome Pescanova. E falou como se a obra fosse do Governo. Se um cidadão trabalhador convidar o Sr. Engº para inaugurar o seu humilde café numa aldeola qualquer, o Sr. Engº também vai e aproveita para dizer que graças ao seu maravilhoso governo se estão a criar empregos e bla bla bla...?
Adiante.
Hoje foi a Montemor-o-Velho anunciar uma futura inauguração em 2009 de uma tal "plataforma tecnológica".
Assim vamos longe...
Pergunta de algibeira: onde é que está a oposição a criticar isto?! Na cozinha a falar com o capitão Iglo? Bah...!

A Revoada

Mais um livro lido. Desta vez, “A Revoada”, de Gabriel Garcia Marquez. O seu primeiro romance. E no qual aparecem Macondo e o coronel Aureliano Buendia, que se iriam tornar mundialmente famosos em “Cem Anos de Solidão”, que lhe valeu o Nobel da Literatura em 1982.

Próximo livro?
Vou reler o magnífico “Cem Anos de Solidão”, claro!


"A Revoada (1955), primeiro romance de Gabriel García Márquez, é a história de um enterro impossível, o enterro de um homem, um misterioso e odiado médico, que a povoação quer deixar insepulto.

Um antigo médico, odiado pelo povo, morre, e um velho coronel na reforma, para cumprir uma promessa, empenha-se em enterrá-lo, apesar da oposição de todo o povoado e das suas autoridades.

Como numa tragédia grega, o velho coronel, com a ajuda da filha e do neto, tentará cumprir a funesta tarefa.

Através dos pensamentos destas três personagens é narrada a acção, composta pela descrição dos preparativos para o enterro e por recordações de um quarto de século da história de Macondo, de 1905 a 1928, e do ódio nela acumulado." (D. Quixote)

Planos para hoje?


"Há quanto tempo? Porque o desperdiçamos assim com tanta leviandade? Achamos que, se não fizermos hoje, esta semana, fica para qualquer dia. E, que nem fracos jogadores, deixamos para depois ou nas mãos dos outros os nossos destinos. Não agimos nem deixamos que ajam por nós. Há quanto tempo não foge um pouco da rotina do dia-a-dia? Aquelas histórias em comum que ouve a sua cara-metade contar há uns anos valentes, ou o silêncio de quem já não tem novidades para dar, não serão uma forma de demissão da busca da actualização do curriculum vitae? Não será que esse acumular de nada vai esvaziando os corpos, as mentes? Agarre aquela mão que descansa ao seu lado e não tenha medo de puxar para a frente. Para os lados. Mas mexa-se. Vá. Se não souber para onde, permita-se não saber o caminho. Só desta vez. E se ao início estranhar, não desista. Até que perceba que pode ser um vício saudável. Volte a estimular a criatividade e saia da espiral horizontal… Então… já tem planos para hoje?"

Autor?
Joana Cruz, da RFM e do blogue O.da.Joana, no Destak de quinta-feira.
A mordacidade habitual estava de folga neste dia...

sábado, 6 de outubro de 2007

Morte não é justiça

O Conselho da Europa promoveu a criação do Dia Europeu Contra a Pena de Morte, que se assinalará a 10 de Outubro.

“A pena de morte não impede o crime. É uma violação dos direitos humanos e é impossível garantir que pessoas inocentes sejam executadas. O Conselho de Europa luta há 50 anos para banir a pena de morte na Europa. Muitos países, incluindo os EUA e o Japão, ainda usam a pena capital. Junte-se à nossa campanha para garantir que a pena de morte é completamente abolida na Europa e em todo o Mundo. O Conselho da Europa foi criado para unir a Europa sob os princípios do estado de direito, respeito pelos direitos humanos e democracia. A Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que foi adoptada em 1950, afirma que todas as vidas devem ser protegidas pela lei e que ninguém deve ser privado da sua vida.”

Brochura aqui.

Um grande Aznar


José Maria Aznar, o ex-presidente do governo espanhol que foi acusado de falta de carisma antes de chegar ao cargo (e que respondeu, seco: “o carisma vem com o poder”), arrasou Zapatero e as suas políticas. E responsabilizou-o por ter posto a nação em crise.
Aznar, um grande líder.
Para quando um destes em Portugal? Para governar, e para arrasar a propaganda governativa de Sócrates…

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

5 de Outubro de 1910


"A Proclamação da República Portuguesa foi o resultado da Revolução de 5 de Outubro de 1910 que naquela data pôs termo à monarquia em Portugal." (Wikipedia)
Reflexões:
- é uma idiotice dizer que só há democracia com a república. Muitas monarquias por essa Europa fora são mais democráticas que muitas pseudo-repúblicas que por aí pululam.
- não me incomodaria muito que em Portugal o regime em vigor fosse a monarquia.
- ambos os regimes têm argumentos contra e a favor (esta semana o jornal Meia Hora trazia um interessante resumo sobre esta dicotomia).
- dados estatísticos confirmam que as monarquias superam as repúblicas em índice de desenvolvimento.
Sobre a bandeira de Portugal e sua evolução ao longo dos séculos, ver aqui.

Ainda há esperança....


Gosto tanto dos testes da Rádio Comercial....

Barbearia virtual

Um espéctaculo do Stereo 3D que SÓ funciona com auriculares, por isso:

- Liguem os auriculares ao computador (obrigatório)

- Fechem os olhos (opcional, mas muito melhor)

- Ouçam com atenção, e...

preparem-se para um corte de cabelo virtual.


Há coisas fantásticas, não há?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Dúvida laranja


A Constituição determina que "os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos" (Artº 152, nº 2)...

Então Marques Mendes, cabeça de lista do PSD por Aveiro (se não me engano), abandona o lugar para o qual foi eleito só porque não conseguiu continuar na liderança do partido?

Ele representa quem: os eleitores de Aveiro que o elegeram ou ele próprio?

Depois queixam-se do desprestígio dos políticos....
Luis Filipe Menezes, com a figura mediática que tem, com boas ideias, e bem assessorado, é capaz de incomodar mais o governo-maravilha de José Sócrates... não é esse o objectivo do PSD (qualquer que seja o seu lider)? Opôr-se ao governo...

Mais uma VITÓRIA!


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Dia Mundial da Música

Hoje. 01 de Outubro. Dia Mundial da Música.

Todos gostamos de música. De músicas. Deste ou daquele tipo. Mais agitada. Mais calma. Mais moderna. Mais clássica. Alternativa. Jazz. Pop. Rock. Trash. Metal. Romântica. Épica. Seja o que for.
O ideal era a vida ter uma banda sonora. Como nos filmes, de acordo com o estado de espírito. Com o momento. Com a companhia.

Hoje os Clã apresentaram o seu novo álbum (no site é possível ouvir o single de avanço, e umas sonoridades das outras músicas do álbum): Cintura.

Não posso dizer que seja fã desta banda. Sou apenas curioso. É deles o célebre "Problema de Expressão". Uma bela canção.
E a voz com um timbre muito especial da Manuela Azevedo. Reconhecível em qualquer situação.

Do último álbum já anda a tocar nas rádios "Tira a teima". Gosto.

Como ainda não há vídeo no Youtube, fica o "Problema de Expressão"...