quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Cantinho do poeta - 29

Ouvi este poema pela primeira vez no filme "Quatro casamentos e um funeral", há muitos anos.
Embora triste, sempre o achei de uma beleza extraordinária.
W. H. Auden conseguiu traduzir em palavras o que muitas vezes é difícil de dizer.

FUNERAL BLUES

Stop all the clocks, cut of the telephone
Prevent the dog from barking with a juicy bone
Silence the pianos and with a muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead
Put crêpe bows round the white necks of the public doves
Let the traffic policemen wear black cotton gloves

He was my North, my South, my East and West
My working week and my Sunday rest
My noon, my midnight, my talk, my song
I thought that love would last forever: I was wrong

The stars are not wanted now, put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood
For nothing now can ever come to any good

A "remodelação"

Sobre a "remodelação" não há muito a dizer. Basta ler as seguintes análises:

1 - a remodelação é sinal de fraqueza do primeiro-ministro, no Abrupto;
2 - os receios de Sócrates, no Corta-fitas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Imagem sem palavras - 57

...

"Somos limitados por tudo o que não sentimos." - Natalie Barney

E o BES sabe...

«O Banco Espírito Santo (BES) registou, em 2007, um crescimento de 44,3%, face ao período homólogo de 2006, no seu resultado líquido, para os 607,1 milhões de euros, um valor que saiu ligeiramente acima das estimativas dos analistas». (Jornal de Negócios)
Ainda bem que não estamos em crise....

domingo, 27 de janeiro de 2008

Mundos paralelos

VIRTUAL:
Virtual são megas e pixeis…
Virtual são downloads e uploads…
Virtual são fotos e desenhos…
Virtual são poemas e músicas…
Virtual são sonhos e desejos...
REAL:
Real é o peso e o cheiro!
Real é o ir e o vir!
Real é o ver e o sentir!
Real é a voz e o que ela diz!
Real é tocar e amar…

Manifestações "porreiro, pá!"

«Por amor de Deus. Eu tenho três anos quase de primeiro-ministro, estou muito habituado a manifestações. Então da CGTP, há três anos que, onde quer que eu vá, eles se manifestam. Isto faz parte da festa da democracia», disse José Sócrates em Évora, no final de uma sessão no âmbito do programa «Novas Oportunidades», ao ser questionado pelos jornalistas sobre a manifestação que, antes da cerimónia, o aguardava junto à Arena d'Évora.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Pois é....

Inês Pedrosa, na sua Crónica Feminina na revista Única (Expresso de 12 Janeiro):
"Fumar mata - mas viver também, e às vezes mais depressa. Sem o direito a escolher o seu próprio estilo de vida ninguém é livre. Viver com 426 euros por mês - o valor do salário mínimo, de que o primeiro-ministro disse "orgulhar-se" - dá muita saúde? Não seria mais saudável subir o salário mínimo em vez de baixar o IVA dos ginásios?"

Malato - o talk show

Ontem a RTP voltou aos talk shows, com o "Sexta à Noite com José Carlos Malato".

Hummm... gostei!

Os convidados de ontem foram Mariza e Simone de Oliveira. Mais os actores da nova "Vila Faia". E ainda Soraia Chaves.
A conversa com as duas primeiras fluiu bem. Talvez perguntado coisas repetitivas (face a outros programas semelhantes), mas bem enquadradas.
A conversa com a Soraia foi fraca. Ela não fala muito. E evidencia uma timidez que fica oculta nos filmes em que participou.
No geral, o programa é bom... Leve. Diversificado. Com o humor genial do Nuno Markl (quando se notou que o Malato estava mais solto). Com alguns momentos musicais.
Ontem, como estreia, houve muito o incentivo ao programa e ao apresentador.
Vamos seguir nas próximas semanas, e esperar convidados e conversas interessantes e invulgares.
Tem pernas para andar, com alguns ajustes aqui e ali.
Já fazia falta um programa assim na televisão portuguesa.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Pontos de vista

A anedota que recebi hoje:
Em Portugal, o poder de compra caiu de tal modo que até a classe média está a sentir na pele essa queda.
No seu estilo inconfundível, o Bloco de Esquerda atacou o Governo com o seguinte argumento:
- Temos a situação tão degradada com os valores éticos, sociais e morais a ser postos quotidianamente em causa por este Governo, que até universitárias estão a começar a prostituir-se.
A resposta de Sócrates não se fez esperar:
- Em primeiro lugar, este Governo não recebe lições de ética, nem quaisquer outras, de ninguém; em segundo lugar e como é apanágio de V. Ex.ª que já nos habituou à distorção sistemática da realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a situação é tão boa que até as prostitutas já são universitárias.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Instantes decisivos


Através de uma AMIGA descobri o Instantes Decisivos... trata-se de um recanto para pequenos contos.
I., espero ver uma das tuas fantásticas histórias em breve. Deixas-me sempre MARAVILHADO, como sabes.
E espero as tuas lições de escrita criativa, sim?
Vale a pena espreitar!

Parafraseando - 9

"Este é um povo de bananas governado por sacanas."
D. Carlos
Para rei, não foi nada diplomático...

Um país de especialistas

NOVAS QUALIFICAÇÕES (CENTROS NOVAS OPORTUNIDADES)
- Especialista de Fluxos de Distribuição: paquete.
- Supervisora Geral de Bem-Estar, Higiene e Saúde: mulher da limpeza.
- Coordenador de Fluxos de Entradas e Saídas: porteiro.
- Coordenador de Movimentações e Vigilância Nocturna: segurança.
- Distribuidor de Recursos Humanos: motorista de autocarro.
- Especialista em Logística de Combustíveis: empregado da bomba de gasolina.
- Assessor de Engenharia Civil: trolha.
- Consultor Especialista em Logística Alimentar: empregado de mesa.
- Técnico de Limpeza e Saneamento de Vias Públicas: varredor.
- Técnica Conselheira de Assuntos Gerais: cartomante / taróloga.
- Técnica Especialista em Terapia Masculina: prostituta.
- Técnica Especialista em Terapia Masculina Sénior: prostituta de luxo.
- Especialista em Logística de Produtos Químico-Farmacêuticos: traficante de droga.
- Técnico de Marketing Direccionado: vigarista.
- Coordenador de Fluxos de Artigos: receptor de artigos roubados.
- Técnico Superior de Distribuição de Artigos Pessoais: carteirista.
- Técnico de Redistribuição de Rendimentos: ladrão.
- Técnico Superior Especialista de Assuntos Específicos Não Especializados: político.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Um dia...

Eleições...

Neste fim-de-semana os jornalistas andaram atormentados com uma questão curiosa: as eleições em Cuba, e saber se Fidel Castro iria continuar como presidente...
Não percebo qual a dúvida... é que TODOS sabemos já quais serão os resultados.
Cuba não são os EUA ou Espanha.
Quanto aos EUA, parece que só há dois candidatos (Hillary Clinton e Barak Obama, e uns senhores que vão aparecendo do lado republicano...). Alguém sabe o que é feito do candidato-maravilha do Partido Republicano, de seu nome Rudolph Giulliani, ex-mayor de NY...?

"Temos de ser uma máfia no bom sentido"


"Temos de ser uma máfia no bom sentido" - Alberto João Jardim



«O líder do Governo Regional, no entanto, garante que não se deixou afectar pelos cartazes. "Primeiro porque apareço bem na fotografia e em segundo lugar porque aquela frase tem muito que pensar - e reitero tudo aquilo - porque nós temos, todos, que ser uma espécie de máfia, mas no bom sentido, de nos ajudarmos uns aos outros, entre nós madeirenses, porque, para nos dificultar, já basta os outros de fora", argumentou Jardim.»

Será que este espírito também tem a ver com o facto de, na Operação Triunfo, ter ganho a madeirense Vânia...?

domingo, 20 de janeiro de 2008

Expiação

Expiação, um filme em que os silêncios dizem mais do que as palavras.
E como a crueldade infantil, vestida de imaginação e inocência, destrói a vida de duas pessoas.
Mas não consegue matar o amor.
Com excelentes desempenhos de Keira Knightley e James McAvoy.

Cimeiras "Porreiro, pá!"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Adolescentes radicais


A revista SÁBADO desta semana traz como tema de capa “As novas festas de sexo e droga aos 14 anos”. E neste título não falam de álcool…
Lendo esta interessante - e preocupante - reportagem, longe vão os anos de inocência.

Começa logo assim: ”Tudo é preparado ao milímetro para não levantar suspeitas junto dos pais (nessas ocasiões estão a viajar ou na primeira habitação) nem na vizinhança (a música está sempre num volume baixo e é retirada do MP3).
Entre as 16h e as 19h, elas tocam à campainha com um visual irreconhecível, tal a produção de maquilhagem, decotes e penteados. Eles adoptam um estilo mais casual, com roupas largas…”
A reportagem esclarece: “Eles pertencem à classe média e média alta e as idades rondam os 12 e 14 anos”.

Em curtos textos destacados são feitos retratos bastantes reveladores.
“Sara
O que fez aos 12 anos
SEXO: teve práticas sexuais mais agressivas com um chicote, viu filmes porno e observou várias vezes a irmã mais velha a ter relações no quarto. Perdeu a virgindade aos 10 anos num local público e competia com as amigas para ver quem arranjava mais rapazes – diz que a acham “boazona”.
DROGAS: já frequantou festas onde circula cocaína.”

Outro caso:
“Margarida
O que fez aos 14 anos
SEXO: perdeu a virgindade numa festa com amigos, depois de fazer uma coreografia erótica com um rapariga onde se acariciavam e tiravam peças de roupa, até ficarem em lingerie. A plateia masculina tirava fotos com o telemóvel.
DROGAS: nessa farra começou por fumar charros e depois snifou cocaína com palhinhas de sumo.”

Ainda outro:
“Inês
O que fez aos 16 anos
SEXO: ménage à trois com dois rapazes mais velhos na sala de casa. Eram 3h da manhã.
DROGA: já experimentou ácidos, ecstasy, haxixe, pólen, bolota, canábis: “sou uma frita com cultura”, diz. Em média fuma cinco charros por dia.
ÁLCOOL: sangria, vinho e shots.”

“Tiago
O que fez aos 15 anos
DROGAS: não ia às aulas para fumar charros e perdeu o ano com 250 faltas. A mão fez-lhe testes caseiros à urina, mas ele arranjou um esquema para a enganar: “guardava a urina da minha irmã em garrafas de água”
ÁLCOOL: na última passagem de ano bebeu shots e mais de 15 cervejas. Depois dos vómitos, espumou da boca”.

A certa altura na reportagem diz-se isto:
“Por vezes, é a falta de atenção dos pais ou o excesso de permissividade que levam a estes comportamentos dos adolescentes.”
E está tudo dito.
Eu, com 30 anos, serei um conservador, retrógrado, o que quiserem, mas há coisas que eu não consigo perceber. Como se chega a esta realidade degradante?
Hoje comentava no trabalho esta realidade e a conclusão a que chegávamos era a mesma: se com estas idades já têm esta andamento, com 20/25 estão mortos.

Intolerâncias travestidas

Há coisas no mundo, e na nossa Europa, que me arrepiam.
O fundamentalismo racionalista e o dogmatismo científico que predominam na Europa voltaram a fazer das suas. O Papa não pôde ir falar a uma universidade porque há 18 anos disse uma frase que não agradou aos universitários (ver texto abaixo de JM Fernandes e detalhes aqui). Vai daí, coloca-se o dito centro de saber ao serviço do obscurantismo e da falta de abertura ao Mundo. Assim vai a Europa dos nossos dias ...
O papel da sapienza e da honestidade no debate intelectual
in Público, 17.01.2008, José Manuel Fernandes
Quando se fecham a Bento XVI as portas de uma universidade, impedindo-o de falar, é sinal de que alguns praticam tudo o que no passado criticaram à Igreja. E ainda se orgulham disso...
O tempo dá por vezes razão aos que parecem não a ter mais depressa do que os próprios se atreveriam a esperar. Há uma semana, nas páginas do PÚBLICO, Rui Tavares atacava Vasco Pulido Valente por este ter sugerido, na sua expressão, que "a Igreja é capaz de ter de viver novos tempos de clandestinidade". O que era obviamente ridículo. E impensável.
Nem uma semana passou sobre esse texto e acabamos de assistir não à "passagem à clandestinidade", mas a algo igualmente impensável: em Roma, na sua prestigiosa Universidade, crismada "La Sapienza" (A Sabedoria), um grupo de professores mobilizou um protesto que conseguiu levar o Papa Bento XVI a declinar o convite para falar na sessão inaugural do ano lectivo. Porquê? Porque consideraram que o convite a um dos grandes intelectuais europeus da actualidade - uma qualidade que só por cegueira se pode negar ao antigo cardeal Ratzinger - era "incongruente" com a laicidade da universidade. Ou seja, um cidadão de Roma e do mundo, um bispo que se distinguir como académico, viu serem-lhe barradas as portas do que devia ser um templo da ciência em nome de um princípio sectário e de um preconceito que levou um grupo de cientistas a deturparem o que tinha dito num passado já longínquo. Na sua arrogância consideraram mesmo o homem que manteve uma polémica aberta e elevada com Habermas como sendo "intelectualmente inconsistente".
Ernesto Galli della Loggia, editorialista do Corriere de la Sera, ele mesmo um defensor dos princípios da laicidade, escrevia ontem que o gesto dos professores, poucos mas com responsabilidades, traduzia "uma laicidade oportunista, alimentada por um cientismo patético, arrogante na sua radicalidade cega". Uma laicidade que não hesitou em seguir o mesmo caminho dos islamitas radicais que tresleram o famoso discurso de Ratisbona, deturpando-o e descontextualizando-o, para atacarem Bento XVI. E Giorgio Israel, um professor de História da Matemática que se distanciou dos seus colegas, explicou que estes tinham construído o seu caso a partir de "estilhaços de um discurso" realizado pelo então cardeal Ratzinger em Parma há 18 anos. O processo foi muito semelhante ao de Ratisbona: em vez de notarem que o Papa citava outrem para a seguir marcar as suas distâncias, pegaram nas palavras do autor citado - em Parma o filósofo das ciências Paul K. Feyerabend - para, atribuindo-as a Bento XVI, considerarem que este dava razão à Igreja na sua querela com Galileu. O sentido do discurso de Parma, prosseguia o mesmo Giorgio Israel, era exactamente o contrário da caricatura que esteve na origem do protesto: afirmar que "a fé não cresce a partir do ressentimento e da recusa da modernidade".
Mas que universidade é esta, que cidade é esta, que Europa é esta, que fecha as portas a alguém como Bento XVI, para mais com base numa manipulação? Não é seguramente a que celebra não apenas a tolerância, mas a divergência, a discussão em busca da verdade. E que por isso não aceitou sequer ouvir o que o bispo de Roma lhe tinha para dizer. E que já sabemos o que era, pois o Vaticano já divulgou o discurso.
Como este Papa nos tem habituado, era, é, um grande texto, uma extraordinária aula onde o teólogo e o professor, unidos num só, discorrem sobre o papel da Igreja e o da universidade, que, "na sua liberdade face a qualquer autoridade política e eclesiástica, encontra a sua vocação particular, essencial para a sociedade moderna", a qual necessita de instituições autónomas de interesses ou lealdades particulares, antes dedicadas à "busca da verdade".
Evoluindo entre referências modernas (John Ralls e Habermas) e clássicas (com destaque para o "pouco devoto" Sócrates, que elogia e defende), socorrendo-se de Santo Agostinho e S. Tomás de Aquino, Bento XVI escreveu um texto que, devemos admiti-lo, seria uma afronta para os seus detractores. Por possuir a abertura e a universalidade que são o oposto do seu sectarismo anticlerical. Por defender que "o perigo do mundo ocidental é que o homem, obcecado pela grandeza do seu saber e do seu poder, esqueça o problema da verdade. E isto significa que a razão, no fim do dia, acabará por se vergar às pressões dos interesses e do utilitarismo, perdendo a capacidade de reconhecer a verdade como critério único".
E alcançar a verdade implica questionar - mas não ignorar - as certezas de hoje. E um Papa, na universidade, não vem para "impor a fé de cima, pois esta é antes do mais um dom da liberdade".
No tribunal de "La Sapienza" foi um Papa que quiseram colocar no lugar de Galileu, e foram cientistas que fizaram o papel do acusador de então, o cardeal Roberto Bellarmino, porventura mostrando ainda menos compaixão.
Mas nisso, infelizmente, não andam sozinhos. Já repararam como, entre nós, vai por aí um debate sobre Pacheco Pereira e Vasco Pulido Valente terem chamado "fascista" a Sócrates, o que nenhum deles chamou. Como, de resto, nem o próprio António Barreto chamou, pois o seu raciocínio completo é: "Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições."Como é mais sexy discutir o "fascismo", ilude-se o que o próprio autor considera ser "o importante" - o que é mais depressa chicana política do que debate intelectual, perdoe-se esta franqueza, que só pode ser tomada pelo que é: um desafio a recusar o mau exemplo de "La Sapienza".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Lições de vida


No Pedaços de Nós, um interessante projecto onde também escrevo de vez em quando, a FORYOU deixou este texto, conhecido, em jeito de despedida neste puzzle de personalidades e ideias:


"Eu aprendi:
Que não posso exigir o amor de ninguém,
posso apenas dar boas razões para que gostem de mim
e ter paciência para que a vida faça o resto;
Que não importa o quanto certas coisas
são importantes para mim, tem gente que não dá
a mínima e jamais conseguirei convencê-las que posso
passar anos construindo uma verdade
e destrui-la em apenas alguns segundos.

Eu aprendi:
Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder
por isso o resto da minha vida;
Que por mais que você corte o pão em fatias,
esse pão continua tendo duas faces,
e o mesmo vale para tudo o que cortamos de nosso caminho.

Eu aprendi:
Que vai demorar muito para me transformar
na pessoa que quero ser, e devo ter paciência;
que posso nunca chegar a ser ou simplesmente não ter tempo;
ou posso acabar por sê-lo sem sequer dar por isso;
Que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei;
Que eu preciso escolher entre controlar meus pensamentos
ou ser controlada por eles.

Eu aprendi:
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham
que devem fazer naquele momento,
independentemente do medo que sentem;
Que perdoar exige muita prática; condenar é mais fácil!
Que há muita gente que gosta de mim,
mas que muitos não conseguem expressar isso,
ou fui eu que nem reparei.

Eu aprendi:
Que em momentos mais difíceis, a ajuda veio
justamente daquela pessoa que eu achava
que iria tentar piorar a minha vida;
e que a outra que eu esperava que estivesse nem apareceu.
Que eu posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar,
mas não tenho o direito de ser cruel.
Que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir pessoas, e saber lutar pelas coisas que acredita.

Eu aprendi:
Que a palavra amor perde o sentido, quando usada sem critério;
Que certas pessoas vão embora de qualquer maneira;
quer você queira ou não;
Que minha existência pode mudar para sempre em poucas horas,
por causa de gente que nunca vi antes.

Eu aprendi:
Que meu melhor amigo vai me magoar de vez em quando,
que eu tenho que me acostumar com isso;
e que aquela pessoa que eu mais amo ainda me vai magoar mais,
e eu a ela e posso nem perceber porquê.
Que não é bastante ser perdoado pelos outros,
eu preciso me perdoar primeiro;
Que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo,
o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi:
Que por mais que eu queira proteger meus filhos,
eles vão se machucar e eu também serei magoada,
isso faz parte da vida;
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis.
Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convencê-la disso;
e uma tragédia ainda maior se eu própria me convencer disso junto com ela.

Eu aprendi:
Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis
pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu fiz quando adulto
Que numa briga, eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem não significa que elas se odeiem.
E quando duas pessoas não discutem
não significa que elas se amem.

Eu aprendi:
Que conhecimento e saber nos tornam mais ricos;
E que a vida nos ensina mais que qualquer livro;
Que ensinando o que sei, aprendo;
Que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Eu aprendi:
Que pesadelos quando dormimos têm remédio;
mas sonhar acordado é perigoso.
Que o passado deve ser recordado mas não desejado;
Que o futuro é uma incógnita;
Que o presente existe para ser vivido intensamenteum dia de cada vez!
Que nós nascemos, vivemos e morremos,
um dia qualquer,
porque essa é a ordem natural!"

ASAEsite

Hoje recebi esta anedota via mail, e, após tê-la reencaminhado, obtive várias vezes como resposta uma pergunta: "mas isto é verdade?"

A anedota:

"É a notícia do dia: a ASAE decidiu inspeccionar uma missa na Sé de Lisboa para verificar as condições de higiene dos recipientes onde são guardados o vinho e as hóstias usadas na celebração.

Depois de sugerir ao cardeal que se assegurasse que as hóstias têm um autocolante a informar a composição e se contêm transgénicos e que o vinho deveria ser guardado em garrafas devidamente seladas, os inspectores da ASAE acabaram por prender o cardeal já depois da missa, depois de terem reparado que D. José Policarpo não procedia à higienização do seu anel após cada beijo de um crente.

A ASAE decidiu encerrar a Sé até que a diocese de Lisboa apresente provas de que as hóstias e o vinho respeitam as regras comunitárias de higiene e de embalagem, bem como de que da próxima vez que cardeal dê o anel beijar aos crentes, procede à sua limpeza usando lenços de papel devidamente certificados, exigindo-se o recurso a lenços descartáveis semelhantes aos usados nos aviões ou nas marisqueiras, desde que o sabor a limão seja conseguido com ingredientes naturais.

Sabe-se ainda que a ASAE inspeccionou igualmente a sacristia, para se assegurar que D. José, um fumador incorrigível, não andou por ali a fumar um cigarro, já que não constando nas listas dos espaços fechados da lei anti-tabaco, as igrejas não beneficiam dos favores dos casinos, pois tanto quanto se sabe o inspector-geral da ASAE nunca lá foi."

Entretanto, ali ao lado já consta o site da ASAE...

Presunção e água benta...

"A presidência portuguesa da União Europeia não resolveu todos os problemas, mas o mundo ficou um pouco melhor depois dela."

José Sócrates
(lido na Visão nº 775, de 10 Janeiro 2008)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Cantinho do poeta - 28

Já há algum tempo sem poesia neste recanto, cá fica este Soneto de Amor de José Régio:

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma… Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas…
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua…, - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois… - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada…
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

País adormecido

Pacheco Pereira será pessimista, velho do Restelo, o que quiserem, mas não deixa de ter razão:
"(...)
Os culpados são uns "velhos do Restelo", sem humor, uns pessimistas frustrados, que queriam ter uma gloriosa carreira pública, mas que não ganham eleições como o engenheiro Sócrates ou o dr. Lopes e vivem roídos por isso, uns intelectuais que só escrevem livros, o que, como se sabe, não é trabalho decente, e que nunca tiveram oportunidade de fazer festas, piscinas e centros de congressos com dinheiros públicos, deixando os municípios endividados por décadas, nem de darem computadores nas escolas, extorquidos por pouco subtis pressões às empresas que precisam do Plano Tecnológico e que também têm que pagar, como os empreiteiros obrigados a dar uma loja à câmara para fazer um edifício. Esses ressentidos subversivos que só sabem dizer mal sentem o mundo a cair à sua volta e não são capazes de ver o imenso mérito dos tempos modernos, quer do engenheiro tecnológico, quer dos modernizadores que querem partidos SA com cibercafés nas sedes, quer dos pensadores-engraçadistas que imitam os Gatos Fedorentos e o Inimigo Público e pululam nos blogues e nas televisões.
O que é que os "velhos do Restelo" têm que irrita particularmente?
Primeiro, poucas ilusões, o que não é propriamente um mérito, é mais para o lado da desgraça, mas não há volta a dar. Nisso, de facto, estão velhos e já viram tanta coisa que não se lhes pode pedir que pensem como o secretário de Estado que resolveu disciplinar os reformados dando-lhes 68 cêntimos por mês em nome da racionalidade dos gastos e da sua alta visão. Foi preciso um velho, que também não deve ter muitas ilusões, o ministro da pasta, para terminar com essa patetice em 24 horas, porque ele sabe o que é um reformado e o jovem imberbe não.
Depois, uma atitude, que hoje se considera cada vez mais bizarra e antiquada, face à liberdade. Prezam a liberdade de uma forma que só pode ser prezada por quem não a teve, e isso também não há volta a dar, só acaba com o túmulo. Nunca falarão de Salazar, da censura, da polícia, com a displicência yuppie dos nossos dias. Não têm "distância", embora o arranque da historiografia e da sociologia para fora das baías do antifascismo e do jacobinismo se lhes deva em parte, quando a academia permanecia gloriosamente dominada pelo PCP e pelos esquerdistas.
Aquilo que, na sua imensa ignorância, alguns consideram ser as ideias dos anos 60, o mal que Sarkozy e os seus imitadores querem extirpar, é uma noção individual da liberdade, um gosto pela vida autónoma, uma vontade de não depender de ninguém, uma desconfiança natural da autoridade presumida e arrogante, que sempre foi mais forte do que o invólucro radical desses mesmos anos. Por estranho que pareça, esta liberdade libertária tem continuidade na profunda convicção de que a revolução dos costumes desses anos, o que deles vai ficar, só é garantida pela riqueza, riqueza de dentro, a "cultura", esse termo tão abastardado, e riqueza de fora, posse das coisas, de bens, do tempo próprio.
Essa liberdade antiquada é vista quase como um atavismo, um resquício do pecado original inexpiável de terem sido comunistas, maoístas, esquerdistas, ou suspeitos anti-salazaristas e terem abandonado esses lugares do crime 20 anos antes do dr. Pina Moura, que, pelos vistos, o fez no tempo certo. O absurdo é ver ataques a António Barreto por ter sido comunista há 40 anos, ele que foi o alvo principal do PCP, junto com Soares, na questão da Reforma Agrária.
Não adianta sequer dizer à ignorância impante que, com excepção de meia dúzia de conservadores, poucos, aliás, a "luta final" que terminou em 1989 com a queda do Muro de Berlim, como escreveu Silone, foi mais entre comunistas e ex-comunistas. Os grandes textos simbólicos contra o comunismo, O Retorno da URSS, O Zero e o Infinito, o 1984 e O Triunfo dos Porcos, vieram de homens como Gide, Koestler e Orwell. Nos momentos mais duros da guerra fria, os ex-comunistas e os liberais mais radicais com quem se aliaram foram os únicos a travar o combate intelectual contra a hegemonia intelectual comunista. Revistas como o Encounter ficaram como exemplo dessa aliança em tempos bem mais difíceis do que os de hoje. E que, nos momentos decisivos do fim do império soviético, quando o expansionismo soviético conheceu o seu espasmo agressivo entre o Afeganistão e Angola, só ex-comunistas, como Mário Soares, e ex-maoístas lutaram contra a URSS, a favor de dissidentes soviéticos como Sakharov, em Portugal, em França com os "novos filósofos", mesmo nos EUA, onde muitos neocons vinham da esquerda radical americana.
Depois os "velhos do Restelo" são também antiquados por não gostarem muito da redução da política ao marketing, à publicidade e à substituição da decisão política pela parafernália da gestão da imagem, das sondagens e dos aconselhamentos pelas agências de comunicação. Tendem a ver a substituição dos órgãos políticos de decisão, eleitos e tendo que prestar contas, por gabinetes de assessores e agências de comunicação, por spin doctors e "marqueteiros", como uma degradação e uma opacidade. Não gostam dos homens de plástico que nos vendem hoje e do mundo de plástico que vem com eles. E isso gera um conflito de interesses com o crescente papel no mundo comunicacional dos profissionais da propaganda moderna e dos políticos que se moldam a esta realidade "comprando" a sua imagem.
Há muitas outras razões, como a de não serem fáceis de encaixar nas categorias a preto e branco das classificações esquerda-direita, uma perturbação para a ordem do mundo e dos regimentos em combate, mas o defeito maior está na sua independência feita de muitos "nãos" e pouco sensível à lisonja e aos consensos beatos em que vivemos, entre a "cultura", os negócios e a política. Por isso, se não estivessem por cá, tudo seria muito melhor, mais "moderno" e mais construtivo.
Para que não restassem dúvidas sobre a radicalidade das suas críticas (e preocupações), António Barreto e Vasco Pulido Valente repetiram-nas hoje de forma inequívoca:
Num caso e noutro, o referendo e o aeroporto, os governantes mentiram, desdisseram-se, negaram o que tinha afirmado, mudaram de opinião e de certezas, voltaram atrás, disseram que não tinham dito, não era bem assim, só queriam dizer que era isto e não aquilo... Neste exercício de garantir o que não é evidente para ninguém e de negar o que disse e prometeu, Sócrates foi absolutamente excelente. Revelou a convicção de um vendedor de persianas. Portou-se com a inocência de um escuteiro. Sócrates está convencido de que pode vender o que quiser a quem quer que seja. Basta ele falar, controlar a informação, negar a evidência, garantir as suas certezas e elogiar o produto!
Como os governantes não mudam de estilo nem de sistema, a não ser que a isso sejam forçados, já não vale a pena esperar pelos efeitos correctores desta semana nos seus comportamentos. Mas a população assistiu. Viu. Pôde tirar conclusões. Se, como os animais, os homens aprendessem com a experiência, esta semana teria sido gloriosa. Ficaria na história como um dos momentos altos de aprendizagem da arte de ser governado. Perder-se-ia rapidamente a confiança em Sócrates. Este Governo teria o desfavor público. A competência técnica, a seriedade e as promessas do Governo passariam a ser motivo de gargalhada e desprezo. Infelizmente, parece que os homens em geral e os portugueses em particular não são como os animais. Não aprendem. (Barreto)
Entretanto, o país cai, o pessimismo dos portugueses cresce e a economia está praticamente em coma. O ano de 2008 vai ser mau e, provavelmente, péssimo. O cidadão comum sabe que depende do preço do petróleo e do que suceder na América e em Espanha. A insegurança é grande. O que, em princípio, prejudicaria Sócrates. Mas não. Sócrates vive da insegurança. Cada vez que lhe chamam autoritário, cada vez que (justamente) o acusam de pôr em perigo a democracia e a liberdade, os portugueses, como de costume, agradecem a existência providencial de um polícia. Um polícia que manda e que proíbe; e que fala pouco. Não querem a barafunda por cima da miséria; e preferem a miséria à barafunda. Num mundo instável e confuso, Sócrates sossega. O resto é acessório. (Vasco Pulido Valente)"
Vale a pena ler as crónicas deste domingo de António Barreto e Vasco Pulido Valente no PÚBLICO.
Citando um célebre socialista, "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!"

Momento cinéfilo

Call Girl

Sim, tem a Soraia Chaves. Mas “O Crime do Padre Amaro” tinha mais.
Tirando aquela parte da casa de banho, em que se vê o microfone por cima, e nem o Nicolau Breyner nem o Joaquim de Almeida deram por isso, o filme vale a pena. Os mecanismos de corrupção estão todos lá, talvez descaradamente explícitos. E a forma como justiça e crime se misturam, numa teia que amarra toda a sociedade, todo o país, e nos relega para a lista de países atrasados. Nada acontece por acaso.

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Quem não se lembra destes esquilos cantores, nos idos de 80? Aquela vozinha do Alvin é inesquecível!
É uma história bastante simples, embora interessante. Só fiquei com pena de não ser mesmo um filme de BD. Mas quando comparado com o filme Garfield, “Alvin e os Esquilos” bate-o aos pontos. Tem piada, tem momentos bem apanhados. A história podia se mais desenvolvida, pelo menos no fim, mas…
Os momentos musicais estão bem conseguidos. E a história tem momentos absolutamente deliciosos.
Gostei de rever o Alvin, o Theodore e o Simon.


Canais de Portugal, reponham este bonecos, sff!!

Eu quero ver!

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Jogos de Poder



Anos 80. Guerra Fria. EUA.
Tom Hanks, Julia Roberts, Philip Seymour Hoffman. Este último quase irreconhecível.
A história de como os EUA, pela mão de um congressista (Charlie Wilson/Tom Hanks), conseguem ajudar o Afeganistão a derrotar a outra super-potência, a URSS.
Interessante. Os segredos da diplomacia. Porque a alta política não vive de cimeiras e afins.
Só houve uma coisa que não percebi muito bem no filme: como é que um simples congressista, por mais contactos privilegiados que tenha, consegue desenvolver uma estratégia destas e quase agir em nome do Estado americano. Em nenhum momento se percebe a mão do Presidente Reagan, ou sequer das secretarias de Estado (MNE e Defesa).
Mas é, sem dúvida, um belo filme histórico.
Significativa a última frase do filme...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Parafraseando - 8

"Uma mudança deixa sempre patamares para uma nova mudança"
Niccolo Maquiavel
Basta dar o primeiro passo...

THE FUZZ BAND

Há coisas fantásticas!
Ao fim da tarde fui ao cinema… e acabei por jantar no Campo Pequeno.
Ao meu lado sentaram-se uma série de pessoas. Podiam ser da Amadora, mas pela imagem, roupa, educação, havia ali qualquer coisa que fugia ao padrão. Minutos depois já estávamos a conversar. Eram de Nova Iorque. E músicos.
Tratava-se de…


Ao meu lado estava o Bryan, com quem fui conversando, no meu mau inglês. Embora ele tenha fica espantado por eu falar inglês. De vez em quando, a sexy Michelle também dizia qualquer coisa. (No postal, o Bryan e a Michelle são os dois mais à direita)

Simpático, ofereceu-me um folheto da banda, assim como a maquete do CD: Tour Mix.
Só estão em Lisboa de passagem de ou para Roma, não percebi bem.
Conversa vai, conversa vem, recomendei-lhes o Hard Rock Café. Disse-lhes que ia fazer publicidade deles neste humilde recanto.

Já estive a ouvir Tour Mix… e gostei!
Espero que tenham sucesso!

Tour Mix… I loved!
For all of you… good luck!

Jazz de fusão... o meu preferido!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Lei do tabaco

Visto que ainda não escrevi uma linha sobre a chamada Lei do Tabaco, cá vai:

1 - dá-me um gozo brutal ver os fumadores todos enxofrados porque não podem fumar em quase nenhum sítio, e que se sentem discriminados, perseguidos, e que não era precisa esta lei, bla bla bla...
Pergunto: S. Exas. os fumadores, antes desta lei, tinham respeito pelos não-fumadores, evitavam fumar em locais fechados, noutros locais onde já era proibido (exemplo, estações de metro, hospitais...)?! Contam-se pelos dedos de uma mão os que assim procediam...

2 - o governo tem políticas muito contraditórias... Obriga os fumadores a ir para a rua em pleno inverno, aumentando assim as pneumonias dos cidadãos dependentes de nicotina, e, simultaneamente, encerra postos de saúde. Se tivermos em conta que anda a (pseudo-) promover a natalidade... ninguém me tira da cabeça que o governo está a implementar uma secreta política de eugenia social (ou, numa perspectiva suave, a renovar à força os portugueses).

3 - acerca da polémica gerada pelo facto do presidente da ASAE ter acendido uma cigarrilha na noite da passagem de ano no Casino Estoril... uma vez que até às 24h00 de 31 de Dezembro havia fumadores (e cigarros acesssos) na sala Preto e Prata, que diferença fazia acender ou não um cigarro poucos minutos depois (já 01 de Janeiro e após a entrada em vigor da lei)? Por acaso, automaticamente, a sala deixava de ter o fumo anterior às 00h00 do dia 01 de Janeiro?
Há com cada pseudo-polémica mais idiota, que quase dá vontade de chorar, não fosse tamanha a estupidez de quem cria estas polémicas! E ainda há quem se lembre de pedir a demissão do presidente da ASAE.. pelo amor de Deus!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A passo de caranguejo

E, ao ler o Meia Hora, o meu magnífico signo:
"Tenha coragem de trazer mais prazer à sua vida, liberte-se do espírito de sacrifício. Faça férias. Não se deixe invadir por ansiedades em relação ao seu futuro. Aproveite ao máximo o seu presente."
Obrigado!

Voar para Alcochete

Já temos decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa: fica em Alcochete.
Assunto arrumado!

Não consta que Mário Lino vá emigrar para Jamais... mas a política portuguesa é qualquer coisa de estranha.

Agora é preciso indemnizar - e bem - todos aqueles que não puderam fazer nada na região da Ota devido à expectativa do aeroporto.
Sobre a guerra parola que já começa a surgir entre localidades, espero que seja ostensivamente ignorada pela comunicação social.
Alcochete é superior em vários aspectos face à Ota. O governo não tinha margem de manobra para escolher outro local. E, tendo em conta o que ouvi de há um ano para cá, esta foi a decisão acertada.

Só uma questão: para voos domésticos (ilhas e vários aeroportos do país) devia manter-se a Portela como ponto de partida e chegada. Por uma questão de rapidez, comodidade, e também economia. Não é muito prático querer ir ao Porto (ou Faro, ou Madeira, ou Açores) e ter de ir para fora de Lisboa para apanhar o avião.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

GONIO: problema tecnológico

A discreta mudança no grafismo deste blogue foi mais ou menos inesperada, mas agradou-me.
É certo que perdi vários links que tenho de recuperar, mas muitos já não lia regularmente. A reorganização dos links parece-me que ficou melhor, a fazer mais sentido.
Também perdi o contador-maravilha que já ia em quase 20 mil visitas... O cartaz sobre o "português alternativo" também emigrou... O relógio (tão giro!) parou no tempo...
Mas o que ficou mal com este choque tecnológico foi o aspecto dos posts: as linhas aparecem muito próximas, quase encima umas das outras, e, por isso, visualmente com uma péssima apresentação (só isto, porque o conteúdo continua de luxo, claro está!)... alguém sabe como resolver isto?
Agradeço as possíveis soluções que os meus leitores possam dar... obrigado!

Neste país maravilhoso...

Eu gosto é de um país como este, em que as coisas se resolvem e pronto.
1 – S. Exa. o primeiro-ministro de Portugal achou por bem não maçar os cidadãos-eleitores com um referendo sobre o “Tratado de Lisboa”. Tudo por causa da “ética de responsabilidade”.
Assim como assim, a aprovação era certa, e o país não tem dinheiro para estes carnavais. E também fazemos parte da União Europeia, onde só a Irlanda vai proceder à ratificação do tratado por via referendária devido à obrigação constitucional. Democracia é bonito, mas não incomodem muito, sff.
(vale a pena ler a análise do processo de decisão de Sócrates no Abrupto)

2 – muitos cidadãos pagadores de impostos e partidos da oposição contestam a benesse governativa de 0,60€ por dia para as pensões de reforma. Vai daí, o Governo cede não cedendo e paga aquilo que é por direito dos miseráveis pensionistas de uma só vez. Obrigado pela sua bondade, excelente governo da propaganda.

3 – viram a obra arquitectónica que vão construir em Cascais, onde era o Estoril Sol? Ouvi a explicação de Gonçalo Byrne sobre o enquadramento daquela coisa no vale e…. não gosto! António Capucho também explicou que aquela coisa era maravilhosa...
Facto é que, apesar da crise que alegadamente afecta Portugal, já 65% dos apartamentos estão vendidos. E os valores que ouvi na SIC Noticias davam para eu viver a vida inteira…

Arte é arte

Absolutamente fantástico!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Segredo

Pois é, nestas férias decobri o segredo. Aquele livro-maravilha que foi o mais vendido neste Portugalinho em 2007, e um dos mais vendidos em todo o mundo.
Digamos que... o livro NÃO VALE NADA!
São quase 200 páginas a repetir sempre a mesma coisa. Por exemplo: "a bola é vermelha, vermelha é a bola. Eu até iria mais longe ao dizer que o esférico é encarnado".
O segredo?
Bem, o segredo é este: a lei da atracção. Tudo o que pensamos atraimos para a nossa vida. Portanto, vamos todos ser optimistas para trazer só coisas positivas para a nossa vida. E não vale a pena ficar preocupados, porque o Universo tem tudo em quantidade suficiente para todos. E - importante - há capítulos específicos para as várias áreas da vida: dinheiro, relações, saúde, mundo, vida... Mas dizem todos a mesma coisa.
Basicamente, se formos todos optimistas isto corre melhor. E somos todos felizes.

Digamos que o Paulo Coelho e um bocadinho de psicologia dizem a mesma coisa. Ou um qualquer processo de mentalização, ou uns amigos optimistas, ou...

O livro é baratinho, mas não se macem ao comprá-lo.
Uma coisa é certa: a senhora Rhonda Byrne descobriu o segredo. Escreveu umas baboseiras em livro de bolso de papel muito bom e ficou rica. Tenho de seguir o seu exemplo...

Cidade nova

Lisboa transfoma-se quando abandonada por algum tempo, desta vez quase duas semanas e meia.
As árvores estão despidas. As ruas desertas. O frio oculto.
Faz falta reconhecê-la novamente.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Numa serena manhã...

Não há nada - mesmo NADA! - como, numa manhã de sábado, passear à beira-mar em Machico!
O sol brilhante, o mar forte, a brisa fresca, a praia de calhau, a maresia, o horizonte aberto... É absolutamente retemperador e purificador.

Eu quero uma baía de Machico todas as manhãs de sábado só para mim!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A revolução tranquila

Lentamente o GONIO começa a ficar reorganizado, após um choque tecnológico no início de 2008.
Ainda falta concluir (e reconstruir) o espaço dos links, reorganizando, e/ou alterando a minha lista. E, claro, recuperar vários links que perdi com esta actualização. É uma questão de tempo...
Espero que os leitores e visitantes gostem.

Ano novo, vida nova. Por algum lado havia que começar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Optimismos...

No Abrupto...

"Estamos hoje mais pobres e pedem-nos para sermos optimistas, estamos hoje menos livres e pedem-nos para sermos optimistas, estamos hoje mais dependentes e pedem-nos para sermos optimistas, estamos hoje mais fracos e pedem-nos para sermos optimistas. Há algo de tão errado neste optimismo que só me reforça o pessimismo."

Vivemos numa sociedade sem portas para o futuro.


terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2008...

2008.... um novo ano aportou há apenas algumas horas... será um grande ano.
Depois de olhar para trás e fazer balanços, com 2008 é altura de olhar para a frente e a cada passo realizar um sonho...

Gostaria tão-só de espreitar o futuro... e poder ver o tamanho do salto a dar este ano...

ÓPTIMO 2008 para todos!