quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Este 2009 foi um ano que passou a voar.
Teve algumas mudanças.

Teve coisas boas e coisas menos boas.

Teve algumas novidades e coisas impensáveis para mim há relativamente pouco tempo.

2010 será um novo ano.

Para aprofundar algumas coisas.

Para romper com outras.

Para continuar a caminhar.

Com o alto patrocínio de...

A todos os que seguem ou espreitam este cantinho, um Natal feliz e um óptimo 2010.

Já que é Natal...



Isto devia ser giro em 3D...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A primeria década do séc. XXI

Quase a chegarmos ao fim de 2009, em muitos sítios já começam a surgir os célebres balanços anuais. Este ano notei uma novidade nesses balanços: fazem-se balanços da década 2000-2009, coisa nova da qual nunca tinha ouvido falar.
No Público havia uma sondagem sobre a marca desta década. Na sua edição impressa de hoje, o Negócios fazia um balanço desta década e perspectivava a próxima.

No que tenho lido, as marcas da década andam nisto: crise, terrorismo, emergência de novas potências, explosão tecnológica.
Na minha humilde opinião, a diferença desta década fica registada na explosão tecnológica e da internet. As outras mais ou menos ciclicamente aparecem na História. O salto que se deu a nível tecnológico é que foi brutal e completamente novo.
Basta pensar numa coisa simples: há 10 anos com que regularidade utilizávamos o mail ou o próprio telemóvel?
Se focarmos a nossa atenção na internet, não ficamos indiferentes às redes sociais (facebook, hi5 e afins), aos blogues, ao twitter, ao Google, e a um sem fim de sites que se tornaram indispensáveis no nosso dia-a-dia.
A "aldeia global" de McLuhan chegou em força nesta primeira década do séc. XXI.

Ahhh... foi?

"A organização do Red Bull Air Race explicou hoje em conferência de imprensa que o Porto e Gaia tinham limitações naturais que impediam o melhoramento da competição.
Bernd Loidl, presidente-executivo da Red Bul Air Race, avançou hoje em conferência de imprensa que "foi imperativo continuar em Portugal devido à simpatia e hospitalidade da população portuguesa", mas para cumprir os requisitos para a prova de 2010 foi necessário mudar de cidade.
"Vir para Lisboa é o primeiro passo para continuarmos em Portugal e queremos continuar aqui depois de 2010", avançou o responsável da organização internacional da corrida." (Diário Económico)

Até uma criança inventava uma desculpa melhor...
Só ao fim de 3 anos de prova é que se aperceberam das "limitações" do Porto e Gaia.
E por acaso (segundo ouvi hoje na Antena 1) a falida Câmara de Lisboa e a Câmara de Oeiras vão dar mais dinheiro à organização do que davam o Porto e Gaia.
Mas isto são apenas coincidências.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Parafraseando - 69

"É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a vida - os outros, os acontecimentos - fez de nós. Somos aquilo que as nossas escolhas determinaram".

Paulo Gerardo

Natal sim e não

Gosto do Natal e de tudo o que o envolve: comércio, iluminação das ruas, algum frio (mas nada de exageros, hein?), os filmes ao jeito natalício, prendas, embrulhos, pessoas na rua, sacos nas mãos, as coisas que invento para associar às prendas que ofereço, e tudo e tudo e tudo.

Não gosto de umas coisas que o Natal traz e que as televisões ampliam: os recordes de pais natal todos os anos no Porto; os programas televisivos sobre as 5000 maneiras de fazer bacalhau, peru, e mais não sei o quê para a ceia de Natal; as histórias de "já fez todas as compras de Natal?" com cada cidadão que apanhem num centro comercial qualquer; as 3500 maneiras de decorar a mesa para a ceia de Natal; as 15000 prendas que os supermercados têm para as crianças; as "novidades" que há nos brinquedos infantis todos os anos; as vendas das lojas tradicionais; a eterna "crise" das lojas na época natalícia (sempre em crise mas nunca fecham...)... e tudo e tudo e tudo.

Todos os dias...

O original, copiado de A Energia das Palavras, é assim...



Eu tomei a liberdade de dar uns retoques para ficar assim...

Todos os dias deveríamos começar assim.
Por algo que nos fizesse Acreditar.
Algo que nos impelisse a ser Felizes,
Verdadeiros e Importantes para Alguém.
Mas sobretudo para Nós Mesmos.
Que nos levasse ao Perdão, à Entrega
e à Generosidade de nos darmos por Inteiro.
Que estivesse ao nosso lado para partilhar
cada momento de Vida.
Como só Nós podemos estar em cada Instante.
Algo que nos renovasse a Esperança
e nos abrisse ao Amor mais Intenso.
Todos os dias deveríamos começar assim!
Como Ele começou...

sábado, 19 de dezembro de 2009

YOU

Descaradamente copiado do I Can Read.

Eu mando mais do que tu

A notícia é isto:
O dirigente socialista Sérgio Sousa Pinto acusou hoje o Presidente da República de se «intrometer» na agenda do PS sobre casamentos homossexuais, advertindo que, se fizer «coro» com a oposição de direita, colocará em causa a estabilidade política.
(...)
Sexta-feira, o Presidente da República foi questionado pelos jornalistas sobre a aprovação pelo Governo de uma proposta de lei que visa permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na resposta, o chefe de Estado disse que a sua atenção estava no desemprego, no endividamento do país, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade. (Público)

Pergunto eu: o Presidente da República não foi também ele eleito com base numa determinada agenda? Foi.
O PR não é o único cargo/órgão político unipessoal? É.
O PR não foi eleito por mais cidadãos que este governo? Foi.
O PR não entalou o governo quando disse que é possível governar em minoria? Entalou.

Estes senhores socialistas acham que são os donos da verdade, da vontade do país e de tudo o que lhes apetecer. Mas não são. Há mais país - muito mais país - para além do PS, Governo e das suas causas.

Cada vez menos o PS esconde a vontade de se vitimizar e ir para eleições antecipadas, apesar de ter vencido as legislativas de há 3 meses. O problema é que não é líquido que uma nova eleição altere substancialmente o actual quadro político ao nível da repartição parlamentar.
Mais carnaval? Não, obrigado.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Igualdades...

O "casamento gay" (como gostam de chamar à coisa, esquecendo que isto tambem é para o "casamento lésbico") já foi aprovado pelo Governo.
Cada um tem o direito de ser feliz ao lado de quem gosta e como bem entender, desde que não colida com a liberdade de ninguém.

Este novo "direito" tem uma condicionante: os casais homossexuais estão impedidos de adoptar.

Com esta mudança, e recorrendo a um pouco de juridiquês, não custa adivinhar onde é que isto vai acabar: nos tribunais. Se não acabar antes pela mão do Tribunal Constitucional, com base em discriminação.
Se se chama "casamento" para ser igual ao "casamento tradicional", não lhes pode ser vedado um direito que estes têm: a adopção.
Por outro lado, parece que há para aí uma palermice jurídica na nossa legislação que permite isto: um casal homossexual não oficializado pode adoptar. Um casal homossexual oficializado não pode.
(E julgo que até uma pessoa solteira pode adoptar).
Isto é a mesma coisa que dizer que casais de determinada raça/nacionalidade/cor dos olhos não pode adoptar. E isto parece-me discriminação. Para além de ser (quase de certeza) inconstitucional.

(E isto para falar apenas da parte jurídica, sem entrar na questão psicológica e de desenvolvimento da criança adoptada)

Eu posso ter todas as dúvidas sobre este assunto, o que não me cabe na cabeça são estas artimanhas patetas que a legislação nacional permite.
Advogados e tribunais agradecem.
Ao Estado há-de sair cara esta distracção. Os tribunais europeus andam aí.

PSD: debater o essencial

Santana Lopes volta a agitar o PSD. Desta vez com uma ideia simples: discutir o partido, as soluções.
Concordo com o senhor. Em vez de discutir nomes, ou posicionamentos a favor ou contra Pedro Passos Coelho, interessa debater conteúdos, políticas, soluções.
Manuela Ferreira Leite já aprovou a ideia avançada por Santana Lopes. E bem.

Um site a explorar...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O palhaço

"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais.

O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde.

É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas.

O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre.

E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço."

Mário Crespo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Amanhã são uns loucos 17º!

Depois de uns dias com temperaturas do arco dos árticos, amanhã estão previstos uns loucos 17º para Lisboa. Uau!
E claro, depois das queixas pelo frio, agora passaremos a queixar-nos da chuva...

Entretanto, no Crónicas das Horas Perdidas há uns post deliciosos sobre as questões térmicas...
Ela tem toda a razão!

E ainda há quem ache piada...

Recebido por mail:

"O governo do PS compõe-se de dois grupos: um formado por gente totalmente incapaz, e outro por gente capaz de tudo."

Olhe que não...

"Mariano Gago diz que não há médicos no desemprego em parte nenhuma do mundo" (TSF)

E eu sei do que falo...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Imagem sem palavras - 126

Isto de carregar fotos numa moldura digital dá trabalho. Mas permite-nos reencontrar e rever locais e momentos bem guardados no baú da memória.
Permite ainda outra coisa: ficar com a sensação que a malta passa a vida a passear ou sentada à mesa de um café, de um restaurante, ou num qualquer encontro em casa de alguém a pretexto de qualquer coisa, e está sempre cheia de alegria. E isso é óptimo!
Ficam aqui dois registos:


Parafraseando - 68

"Talvez seja possível fazer uma revolução contra tanques, mas é impossível fazê-la contra papéis."

Nicolas Freeling, Crime em Amesterdão
(via Delito de Opinião)

Sentenças - 9

"Uma mulher sexy será sempre uma mulher sexy, mesmo que vestida de esquimó – e uma mulher a fingir que é sexy será sempre uma mulher a fingir que é sexy, mesmo que (ou sobretudo se) vestida com sapatos altos, meias de renda e mais nada."

Joel Neto

sábado, 12 de dezembro de 2009

Episódios do dia-a-dia - 5

Andar pela rua proporciona episódios caricatos. Hoje tive estes dois:

1 - no metro, à minha frente, ia um casal lado a lado e parece que a simples mudança de assento transformava a estação. Ela ia de casaco de gola alta, sobretudo abotoado. Coisa apropriada aos 13º ou 14º que se faziam sentir numa Lisboa matinal.
Ele... bem, coisa estranha. Camisa castanha, manga arregaçada pelo cotovelo. Parecia estar no verão ou primavera. E com um adereço estranho: um cachecol abraçado ao pescoço.
Olhei, pensei, e juro que não percebi em que estação (e não era de metro) ele estava.

2 - num centro comercial, ao fim de subir umas escadas rolantes, iam à minha frente uma mãe com o filho de uns 5 ou 6 anos. O miúdo pensava estar num filme devido ao seu modo de locomoção. Era assim: dava dois passos em velocidade normal e depois abrandava bruscamente, como se estivéssemos a mexer no comando de um filme. Ia-o atropelando por várias vezes, mas não contive o sorriso neste episódio. E a mãe ainda ralhou com o miúdo que ia no seu mundo de velocidades irregulares... não havia necessidade.

Vigília Por Um Mundo Mais Verde - Rossio

No dia 12 de Dezembro vamos todos acender uma vela por um tratado forte em Copenhaga contra as alterações climáticas

Entre 7 e 18 de Dezembro vai decorrer em Copenhaga a cimeira do Clima das Nações Unidas, onde os governantes de todos os países irão tentar estabelecer o sucessor do protocolo de Quioto

É essencial que dessa cimeira saia um acordo forte, com metas objectivas para os níveis de poluição que todos os países podem emitir.

Na Praça do Rossio, no centro de Lisboa, dia 12 de Dezembro (sábado), às 17H30, haverá uma vigilia à luz de velas, para pressionar os nossos governantes a aceitar um acordo forte

Em simultâneo com esta nossa acção, ocorrerão milhares de vigílias semelhantes em todo o Planeta

As imagens de todas as vigilías serão apresentadas aos nossos governantes na cimeira, pela organizadora deste evento global: Avaaz.org

A nossa mensagem é clara: o Mundo quer um verdadeiro acordo, um acordo suficientemente forte para evitar as perigosas alterações climáticas

Junta-te a nós

https://secure.avaaz.org/en/real_deal_rsvp/?id=137825&cts=g00FZUx

(podes aproveitar a tarde para fazer as compras de natal no comércio tradicional da baixa Lisboeta, e no final da tarde junta-te a nós no Rossio)

Se não puderes vir a esta vigília, procura um evento perto de ti no mapa com os eventos em todo o mundo:

http://www.avaaz.org/real_deal_map

O evento será divertido, breve e fácil

Traz a tua vela, todos juntos pelo nosso planeta!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Não há pachorra

Na RTP-N, em rodapé, isto: "FIM DO SILÊNCIO Cavaco Silva diz que..."

Mas que raio de assunto é este?!
Há alguns dias (semanas?) alguém se lembrou de dizer que Cavaco Silva tinha de se pronunciar sobre as baboseiras que se passam no Parlamento. Como se fosse um comentador que tem de dizer alguma coisa sobre tudo o que mexe.
Hoje o Presidente da República disse qualquer coisa, então logo temos estas parangonas: "fim do silêncio".
Disse Cavaco: "Não entro nos jogos que possam fazer aumentar a tensão no país, nisso eu não entro".

Mas será que neste país não há assuntos para resolver para além de folclore político partidário?

Como diz um anúncio: vai, expliquem-me como se eu fosse uma criança de 5 anos.

Imagem sem palavras - 125

Descaradamente copiada daqui, no Olhares.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nobel Obama


O presidente norte-americano recebeu hoje o prémio Nobel da Paz, em Oslo.
Discursou.
Foi humilde face a outros laureados com o mesmo galardão.
E lançou avisos à navegação no seu curto discurso.
"Um movimento não violento não poderia ter detido os exércitos de Hitler. Negociações não convenceriam os líderes da Al-Qaida a deporem as armas. Dizer que a força é por vezes necessária não é um apelo ao cinismo, é um reconhecimento da história", disse. "A convicção de que a paz é necessária raramente é suficiente para a alcançar", acrescentou noutro passo. (DN)

Basicamente, a paz não é apenas a ausência de guerra.

Agora pergunto: se este discurso tivesse sido proferido por George W. Bush, que tipo reacções e comentários indignados já andariam a dar a volta ao mundo?

Ser verdadeiro

"Lembre-se disso: desde manhã cedo, quando você abrir seus olhos, tente ser verdadeiro e autêntico. Não faça nada que seja falso. Só por sete dias, continue se lembrando. Não faça nada que seja falso. O que quer que se perca, deixe perdido. O que quer que você perca, deixe perdido.
(...)
Abandone todas as falsidades. Você pode sentir uma certa tristeza por algum tempo porque todas as suas falsidades serão abandonadas e o verdadeiro levará um tempo pra chegar e se estabelecer. Haverá um intervalo de tempo. Permita esse período e não tenha receio, não fique assustado.

Cedo ou tarde seus falsos eus desaparecerão, suas máscaras desaparecerão, e sua face real se tornará o seu ser."

Via Palavras de Osho

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Natalizando

Este ano apeteceu-me natalizar um pouco a casa. Vai daí, comprei este singelo presépio, já que não encontrei nenhuma árvore que me seduzisse.
Esta cabecinha de ideias estranhas de vez em quando achou por bem criar um cenário a partir de uma "pintura" made in China que está ali na parede há umas semanas.
E surgiu isto:

Se o Natal é quando o homem quiser, porque não ser também onde o homem quiser? :)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Feriado com cheiro a Natal

Com os dias a cheirarem cada vez mais intensamente a Natal, um feriado é óptimo para tratar de algumas prendas, descobrir outras, inventar outras ainda. Está quase...
As ruas cheias de gente, cheias de alegria, de ruído, de sacos nas mãos, de prendas escondidas, de Natal.
As luzes a abraçarem algumas ruas da cidade em tons suaves e alegres.
Algum frio a aconchegar.

Falta tratar dos embrulhos.
A criatividade espera por mim...

Em campanha - 1

Já deu para ver que das eleições legislativas de há algumas semanas não saiu um governo e uma oposição. Resultou apenas um circo.
O governo só percebe de propaganda. A oposição enreda-se a cada passo.
Assim, inicio hoje mais uma série neste blogue.

O episódio inaugural é este:
"O primeiro-ministro anunciou hoje a antecipação para meados de 2011 da rede nacional de carregamento para veículos eléctricos, sublinhando que Portugal será assim o único país do mundo a ter uma rede nacional, integrada e de gestão centralizada.
“Portugal deseja ser o único país do mundo, muito em breve, a ter, não uma rede local de abastecimento ou de carregamento, não uma rede numa cidade, mas uma rede verdadeiramente nacional, que abranja todo o território nacional”, afirmou o primeiro-ministro, José Sócrates, na cerimónia de anúncio da localização da Fábrica de baterias da Nissan, que será construída em Cacia, Aveiro."
(Público)

Ou seja...
O governo anuncia uma não-necessidade para daqui a mais de dois anos, e na qual vai criar 200 postos de trabalho directos. Os populares do sítio, e respectivo presidente de Câmara, deliraram na TV com este anúncio.
Por outro lado, campanha oblige, lança areia para os olhos ao prometer (mais uma vez) uma rede nacional de carregamento para veículos eléctricos.
Basta ver como estão alguns destes pontos de carregamento instalados em Lisboa: trancados a cadeado, absolutamente inúteis. Sim, é assim na Praça de Londres e junto ao CCB. Mas foram inaugurados com grande pompa e circunstância por este mesmo José Sócrates.

Agora uma pergunta só para chatear: e se o futuro não forem os "veículos eléctricos" e sim, por exemplo, os veículos a hidrogénio?

A forma como neste país o governo manda dinheiro para o lixo é assustadora!

Ainda há pouco vi uma reportagem na TVI sobre o TGV, as bitolas europeia e ibérica, e o transporte que vai servir esse mesmo TGV. O que ali se disse é absolutamente arrepiante em termos de desperdício.
Em Portugal o TGV só vai servir para passageiros. É assim que está previsto.
Em Portugal e Espanha a bitola sobre a qual andam os comboios é diferente da europeia (uma diferença de 23 cm). Ou seja, a rede ibérica não leva nem traz nada da "Europa". Ou só o faz após transbordo na fronteira com a França. O que significa aumento de custos.
Em Espanha o governo está a equacionar mudar a bitola para europeia em toda a rede espanhola. Em Portugal, pelas palavras do responsável da RAVE, tal hipótese não está a ser ponderada.
Em Portugal - país rico, como sabemos - há este projecto mirabolante: paralelamente ao TGV para passageiros do Poceirão para Espanha vai ser construída uma linha ferroviária para mercadorias. Deve ser para os passageiros-fantasma do TGV acenarem para o comboio de mercadorias e não se sentirem tão sós...

Daqui a pouco, na TVI24, o debate sobre este "erro histórico" chamado TGV.

Se juntarmos a estas "coisas" as notícias que têm vindo a público sobre ratings, taxas de juro, desemprego e afins, o melhor é fugir deste Portugal.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um editorial para Copenhaga

"Se não nos juntarmos para tomar uma acção decisiva, as alterações climáticas irão devastar o nosso planeta, e juntamente com ele a nossa prosperidade e a nossa segurança. Desde há uma geração que os perigos têm vindo a tornar-se evidentes. Agora, os factos já começaram a falar por si próprios: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes desde que existem registos, a camada de gelo árctico está a derreter-se, e os elevados preços do petróleo e dos alimentos no ano passado permitiram-nos ter uma antevisão de futuras catástrofes.

Nas publicações científicas, a questão já não é se a culpa é dos seres humanos, mas sim quão pouco tempo ainda nos sobra para conseguirmos limitar os danos.

Mas, mesmo assim, até agora a resposta a nível mundial tem sido frouxa e sem grande convicção.

As alterações climáticas estão a ocorrer desde há séculos, têm consequências que durarão para sempre, e as nossas perspectivas de as limitarmos serão determinadas nas próximas duas semanas. Exortamos os representantes dos 192 países reunidos em Copenhaga a não hesitarem, a não caírem em disputas, a não se acusarem mutuamente, mas sim a resgatarem uma oportunidade do maior fracasso político das últimas décadas. Não deverá ser uma luta entre os países ricos e os países pobres, ou entre o Oriente e o Ocidente. O clima afecta-nos a todos, e deve ser solucionado por todos.

A ciência é complexa mas os factos são claros. O mundo precisa de dar passos em direcção a limitar o aumento de temperatura a apenas dois graus centígrados, um objectivo que exigirá que as emissões de gases a nível global alcancem o seu máximo e comecem a diminuir durante os próximos cinco a dez anos. Um aumento superior, na casa dos três ou quatro graus centígrados – a subida mais pequena que podemos realisticamente esperar se ficarmos pela inacção –, secaria os continentes, transformando terra arável em desertos. Metade de todas as espécies animais extinguir-se-ia, muitos milhões de pessoas ficariam desalojadas, nações inteiras afundar-se-iam no mar. A polémica sobre os e-mails de investigadores britânicos, sugerindo que eles terão tentado suprimir dados incómodos, tem agitado o ambiente mas não causou mossa na pilha de provas em que estas previsões se baseiam.

Poucos acreditam que Copenhaga ainda consiga produzir um acordo completamente definido – progressos efectivos em direcção a um tal acordo apenas se poderiam iniciar com a chegada do Presidente Barack Obama à Casa Branca e a inversão de anos de obstrução por parte dos Estados Unidos. Mesmo hoje, o mundo vê-se à mercê da política interna norte-americana, pois o Presidente não se pode comprometer com as acções necessárias até o Congresso fazer o mesmo.

Mas os políticos presentes em Copenhaga podem, e devem, chegar a um acordo sobre os elementos essenciais de uma solução justa e eficaz e, ainda mais importante, um calendário claro para a transformar num tratado. O encontro das Nações Unidas sobre alterações climáticas do próximo mês de Junho em Bona (Alemanha) deverá ser a data-limite. Segundo um dos negociadores: “Podemos ir a prolongamento, mas não nos podemos dar ao luxo de uma repetição do jogo.”

No centro do acordo deverá constar um arranjo entre os países ricos e os países em desenvolvimento, determinando como serão divididos os encargos da luta contra as alterações climáticas – e como iremos partilhar um recurso novo e precioso: os milhões de milhões de toneladas de gases de carbono que podemos emitir antes que o mercúrio dos termómetros alcance níveis perigosos.

As nações ricas gostam de fazer notar a verdade aritmética de que não poderá haver solução até que gigantes em desenvolvimento como a China tomem medidas mais radicais do que têm feito até agora. Mas os países ricos são responsáveis pela maioria dos gases de carbono acumulados na atmosfera – três quartos de todo o dióxido de carbono emitido desde 1850. São eles que agora devem dar o exemplo, e cada país desenvolvido deve comprometer-se com cortes maiores, que dentro de uma década reduzirão as suas emissões para substancialmente menos que o seu nível de 1990.

Os países em desenvolvimento podem argumentar que não foram eles que criaram a maior parte do problema, e também que as regiões mais pobres do globo serão as mais duramente atingidas. Mas vão cada vez mais contribuir para o aquecimento, e por isso devem comprometer-se com as suas próprias medidas significativas e quantificáveis. Apesar de ambos não terem chegado tão longe quanto alguns esperavam, os recentes compromissos de objectivos de emissões de gases dos maiores poluidores do mundo – os Estados Unidos e a China – constituíram passos importantes na direcção certa.

A justiça social exige que os países industrializados ponham a mão mais fundo nos seus bolsos e garantam verbas para ajudar os países mais pobres a adaptarem-se às mudanças climáticas, e tecnologias limpas que lhes permitam crescer a nível económico sem com isso aumentarem as suas emissões. A arquitectura de um futuro tratado deve também ser definida – com um rigoroso acompanhamento multilateral, compensações justas pela protecção de florestas, e uma aceitável taxa de “emissões exportadas”, de modo que o peso possa ser partilhado mais equitativamente entre os que produzem produtos poluentes e os que os consomem. E a equidade requer também que a carga colocada sobre determinados países desenvolvidos tenha em conta a sua capacidade para a suportar: por exemplo, novos membros da União Europeia, muitas vezes mais pobres do que a “Velha Europa”, não devem sofrer mais do que os seus parceiros mais ricos.

A transformação será dispendiosa, mas muito menos do que a conta que se pagou para salvar o sistema financeiro internacional – e ainda muito mais barata do que as consequências de não fazer nada.

Muitos de nós, particularmente nos países desenvolvidos, teremos que alterar os nossos estilos de vida. A época dos voos de avião que custam menos do que a viagem de táxi para o aeroporto está a chegar ao fim. Teremos que comprar, comer e viajar de forma mais inteligente. Teremos que pagar mais pela nossa energia, e usar menos dessa mesma energia.

Mas a mudança para uma sociedade com reduzidas emissões de gases de carbono alberga a perspectiva de mais oportunidades do que sacrifícios. Alguns países já reconheceram que aceitar as transformações pode trazer crescimento, empregos e melhor qualidade de vida. Os fluxos de capitais contam a sua própria história: em 2008, pela primeira vez foi investido mais dinheiro em formas de energia renováveis do que para produzir electricidade de combustíveis fósseis.

Abandonar o nosso “vício de carbono” dentro de poucas décadas irá exigir um feito de engenharia e inovação que iguale qualquer outro da nossa História. Mas se a viagem de um homem à Lua ou a cisão do átomo nasceram do conflito e da competição, a “corrida do carbono” que se aproxima deverá ser norteada por um esforço de colaboração, de forma a alcançarmos a salvação colectiva.

Superar as mudanças climáticas exigirá o triunfo do optimismo sobre o pessimismo, da visão a longo prazo sobre as vistas curtas, daquilo a que Abraham Lincoln chamou “os melhores anjos da nossa natureza”.

É dentro desse espírito que 56 jornais de todo o mundo se uniram sob este editorial. Se nós, com tão diferentes perspectivas nacionais e políticas, conseguimos concordar sobre o que deve ser feito, então certamente os nossos líderes também o conseguirão.

Os políticos em Copenhaga têm o poder de moldar a opinião da História sobre esta geração: uma geração que encontrou um desafio e esteve à altura dele, ou uma geração tão estúpida que viu a calamidade a chegar, mas não fez nada para a evitar. Imploramos-lhes que façam a escolha certa."

Editorial de 56 jornais de 44 países de todos os continentes, entre os quais o PÚBLICO.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Imagem sem palavras - 123



Descaradamente copiado de I Can Read
Umberto Eco em entrevista ao jornal I:

"Quando interagimos com as coisas da nossa vida, tudo muda. Se nada mudar, somos idiotas."

O problema

António Barreto deu, há algum tempo, uma entrevista ao jornal I.
Ficam algumas frases:

"O nosso problema não é doença nem asfixia, mas sim dependência, o que é muito mais grave".


"Os portugueses querem o máximo, simplesmente não são capazes de fazer o máximo: não têm organização, nem capital, nem empresas, nem experiência, nem treino."

"Ainda hoje noto que Portugal tem uma maneira de fazer política mais crispada que muitos países da Europa. O primeiro-ministro, o chefe da oposição, os partidos da oposição falam uns com os outros no Parlamento aos gritos, evocando problemas de honra, evocando a mentira, a coragem, a vigarice. Nos debates parlamentares de Madrid, de Paris, dos Estados Unidos, ou até de Itália vemos que as pessoas são capazes de falar racionalmente, com bons modos e educação, sem que lhes falte energia ou têmpera. Mas nunca com esta crispação portuguesa, que se vem mantendo ao longo dos últimos 20 ou 30 anos."

"Se se quiser participação, há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade."

"Se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado. Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres."

sábado, 5 de dezembro de 2009

Mas nós não somos "ricos"?

"Este ano, Lisboa já é mais cara do que Londres para comprar os bens de consumo mais comuns."

"Comparando os preços dos 26 produtos de consumo mais populares em 33 países, a PriceRunner International elegeu Oslo (Noruega), Copenhaga (Dinamarca) e São Paulo (Brasil) como as cidades mais caras do mundo. Acima de Lisboa ficaram ainda diversas cidades da Europa Central e do Norte, mas também outras como Sydney (Austrália), Tóquio (Japão), Cidade do Cabo (África do Sul), Moscovo (Rússia) e Istambul (Turquia). Apesar de ser actualmente mais cara do que Londres, a capital portuguesa está, contudo, 1,6 por cento abaixo da média global dos 33 países. A líder da tabela - Oslo - está 35,4 por cento acima da média.

Na origem da queda da capital britânica no ranking deste ano esteve a diminuição de preços num grande número de produtos. É o caso do café (que caiu cerca de 22 cêntimos), do litro de leite (menos 19 cêntimos) ou de um hambúrger Big Mac (menos 16 cêntimos)." (Público)

Esta pequena notícia dava pano para muitas mangas. O melhor é nem fazer nenhum comentário.

Decadência

O Conselho Regional do PSD-M considera que Portugal caminha para a "decadência" facto que merece o "desdém" e o "afastamento cívico" dos sociais-democratas madeirenses de Lisboa.

"A informação que vem chegando ao povo madeirense sobre situações eticamente condenáveis e que espelham a decadência em que Portugal vai mergulhando crescentemente, constituem motivo para desdém e para o nosso maior afastamento cívico possível de Lisboa", é uma das conclusões daquele órgão do PSD-M.(Lusa)

Na minha humilde opinião, dizer que "caminha para a decadência" é um manifesto acto de benevolência...

Imagem sem palavras - 122


Imagem captada na mini-maratona de Lisboa, em Março 2007.

Conhecimentos..


Via Crónica das Horas Perdidas

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Solução? Alguém que pague...

Hoje veio a público mais um conjunto de recomendações do FMI... Será um pouco abusivo, mas copio integralmente o texto no jornal I:

"O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a redução do défice orçamental português para 3% do PIB até 2013 é de tal forma prioritária e difícil que implicará subidas nos impostos, aponta um documento publicado ontem pela instituição. Este é a segunda recomendação pública de que um aumento na carga fiscal será inevitável, depois do aviso feito há dez dias pelo governador do Banco de Portugal.

"A necessidade de consolidação é suficientemente grande para que se deva considerar também a melhoria da receita", aponta o documento ontem publicado, que precede o relatório anual sobre a economia portuguesa (o chamado artigo IV). A equipa do FMI que segue Portugal esteve no país entre 16 e 21 de Novembro e reuniu com o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal.

Para aumentar a receita - uma vez que os cortes da despesa serão insuficientes para corrigir as finanças nacionais -, o FMI sugere que o governo se foque primeiro na redução das deduções fiscais, sem especificar em que impostos. No ano passado, as deduções fiscais custaram um total de 1,28 mil milhões de euros aos cofres públicos, com as receitas do IRC, do IRS e do imposto sobre os combustíveis (ISP) a serem as mais penalizadas. O FMI avança ainda outra medida: subir o imposto que mais rende ao Estado, o IVA. "Subir a taxa de IVA, mesmo que seja indesejável em termos gerais, deveria ser uma opção se as outras medidas ficarem aquém", propõe.

As recomendações do Fundo - assim como as do governador Vítor Constâncio (ver cronologia ao lado) - vão ao encontro da história das finanças públicas portuguesas nos últimos 25 anos: sempre que o défice orçamental e a despesa pública aumentaram, a carga fiscal subiu para compensar. Em 2009, o défice "não vai ficar abaixo de 8%" (o mais alto em 24 anos), indicou ontem o ministro das Finanças, no debate parlamentar sobre o Orçamento rectificativo. Contudo, Teixeira dos Santos continua a afirmar que, quando os riscos que pendem sobre a economia desaparecerem e Portugal voltar a um crescimento sustentado, "regressaremos ao caminho da consolidação orçamental". "Essa consolidação exigirá um grande controlo e disciplina do lado da despesa - recusamos a via do aumento de impostos", garantiu.

Para o FMI (tal como para o Banco de Portugal) o problema, contudo, está precisamente neste desejado regresso ao "crescimento sustentado" referido pelo governo. Depois da contracção próxima de 3% este ano, a economia deverá crescer apenas 0,5% em 2010, "e a perspectiva é pouco melhor no longo prazo", aponta o Fundo. Por isso, sem medidas adicionais, o défice poderá aumentar no próximo ano e chegar a 2013 (o prazo dado pela Comissão Europeia) entre 5% e 6% do PIB - valores acima do limite de 3% e que, mesmo assim, implicariam um apertar do cinto, aponta o FMI.

O Fundo sugere que o esforço de consolidação seja menor em 2010, devido à fragilidade da retoma da economia - mas mesmo assim aponta que "o défice não deveria aumentar" no próximo ano, o que implicaria já "um aperto de pelo menos 0,5 pontos do PIB" no desequilíbrio. Para tal, sublinha o FMI, serão sobretudo precisas medidas do lado da despesa .

Com desemprego já acima de 10% e com tendência a subir até 2011, o FMI explica por que considera que reduzir o défice - mesmo à custa de mais impostos - é uma prioridade. "Se bem feita [a consolidação], ajudaria a reduzir as vulnerabilidades da economia, a melhorar a confiança e a um impulso no potencial de crescimento no longo prazo". O resto terá de ser feito por reformas estruturais - na justiça, na educação, na concorrência e regulação - que precisam de duas condições, explica o Fundo: "Uma base de apoio ampla e uma liderança determinada ao longo de muitos anos".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Um tratado de vantagens...

Ontem entrou em vigor o Tratado de Lisboa.
O Tratado de Lisboa é muito bonito.
Eu gosto muito do Tratado de Lisboa.
Eu não sei o que traz de novo o Tratado de Lisboa.

Que alterações traz o Tratado de Lisboa em termos de projecção internacional da UE?
Para além dos novos cargos (presidente e MNE europeu), o que muda com o Tratado de Lisboa?
O que muda no funcionamento interno da UE?
E na relação de forças entre países e órgãos da UE?

Mas pronto, o Tratado de Lisboa é muito bom.

Parafraseando - 67

"As experiências podem ser parecidas, a maneira de vivê-las diversa: somos mundos sem fim. Guardo olhos, sorrisos, vozes, dedos que apertaram os meus, uma comunhão indizível. São eu e eu sou elas, falando para elas, por elas. Tanto sofrimento também, algumas alegrias, um imenso, impartilhável silêncio que deseja, com toda a força da alma, ser escutado.(...)"

Crónica ao espelho, António Lobo Antunes, Visão

Parafraseando - 66

«É curioso. Só se julga profundo o que disser coisas diferentes de toda a gente. E todavia a grande originalidade está em dizer as mesmas coisas, mas ao nível do espanto e maravilha que nos despertam.
(...) A grande originalidade não é dizer coisas novas mas ser novo diante das coisas velhas.»

Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente 3

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo de embrulhar pessoas em prendas...

Uma das particularidades do Natal são as prendas.
Que digam que isso é comercial, que é perder o espírito natalício, da família, e de mais não sei quantos… mas prendas é que é!
E não é tanto por querer receber isto e aquilo e o outro (ainda não escrevi ao Sr. Pai Natal... ops!)
É mais pela procura da prenda ideal para quem se quer dar algo.
Este ano, já em Agosto, estando eu de férias, surgiu a primeira ideia para prenda de Natal. Graças a uma queixa da minha mãe... acendeu-se uma luzinha na minha cabeça e a prenda dela já estava escolhida.
A procura da prenda ideal – oh, conceito estranho… - é um quase elixir da juventude. Procuro, procuro, entro e saio de lojas… até que um dia… plim! a prenda aparece à frente dos olhos. E é AQUELA mesmo!
E andar à procura de uma prenda para alguém sem uma única ideia de que quero dar?
Esta situação já me aconteceu por duas ou três vezes a propósito de duas ou três pessoas. Pessoas únicas (todas são, mas há umas mais únicas que outras, como dizia o Orwell a propósito de animais) e com grande importância para mim.
A prenda até podia não ser nada de extraordinário, mas enquanto andava à procura parecia não haver nada que “encaixasse” para aquela pessoa. Eis senão quando, um belo dia, a prenda perfeita aparece.
Também já me aconteceu o seguinte: não haver Natal ou aniversário por perto e cair-me nas mãos algo que é a cara de alguém. Compro e fica à espera da data mais próxima para se transformar em prenda.

E para mim há um extra nas prendas: como não embrulho prendas nas lojas nem em papel “oficial” de oferta, a pica é maior.
Há anos que as minhas prendas são embrulhadas em revistas. Há milhares e milhares de páginas de publicidade ou de fotos que dão um belo papel de embrulho… depois é pôr a imaginação a funcionar para adequar três coisas: pessoa a quem se dá a prenda, a prenda em si, e o papel em que se vai embrulhar. Sim, porque o embrulho nunca é numa folha de revista que estava ali à mão. O embrulho é todo ele uma mensagem (ao qual ninguém liga, com muita pena minha).

Dar uma prenda é dar um pouco de nós. É receber um pouco do outro.

Ah! outra coisa: eu digo
prenda.
"Presente" é um modo verbal e uma fugaz referência temporal.

A força do direito

A Cimeira Ibero-Americana reprovou "hoje em comunicado especial o golpe de estado nas Honduras e "condenaram as inaceitáveis e graves violações dos direitos e liberdades fundamentais do povo hondurenho".
"Neste contexto, consideramos que a restituição do Presidente José Manuel Zelaya ao cargo para o qual foi democraticamente eleito até completar o seu mandato constitucional é um passo fundamental para o retorno à normalidade constitucional", afirma o mesmo texto. (Público)

Lula da Silva já ontem tinha reafirmado a posição do Brasil quanto ao assunto. E hoje partiu para a Ucrânia, sem esperar o fim da cimeira.
Também Espanha tinha esta posição.
Quem tem força, impõe-a.