quarta-feira, 30 de março de 2011

The Gift no 1º lugar


"Com 17 anos de existência, os THE GIFT já venderam mais de 100.000 cópias dos álbuns VINYL, FILM, AM-FM e FÁCIL DE ENTENDER em vários países. 
Os THE GIFT atingem pela primeira vez na sua carreira o Nº 1 do TOP NACIONAL DE VENDAS em Portugal com o novíssimo EXPLODE editado dia 17 de Março e após:
• A apresentação de EXPLODE em cinco espectáculos ao vivo no Teatro Tivoli em Lisboa (um deles com áudio descrição para invisuais e tradução simultânea para surdos);
• Um mês depois de EXPLODE ter sido vendido "ao preço que cada pessoa quis pagar" na página dos THE GIFT;
• Três semanas após ter sido anunciado ao mundo que "Lukas/Lucas" era um projecto fictício e que a canção"Made for You" era do novo disco de The Gift e não do projecto dos actores Lukas Haas e Isabel Lucas;
• Um ano depois da sessão fotográfica no Holi Festival feita na Índia (De onde foi retirada a foto da capa)."
Mail dos The Gift
"A riqueza é sua autenticidade, sua sinceridade, sua verdade, seu amor, sua criatividade, sua sensibilidade, sua meditatividade. Essa é sua verdadeira prosperidade."

Krugman: a crise portuguesa e a política de austeridade

"O governo de Portugal caiu a pretexto de uma disputa relacionada com o programa de austeridade. Os juros da dívida pública irlandesa acabam de ultrapassar os 10% pela primeira vez. Já o governo do Reino Unido reviu em baixa as perspectivas económicas e em alta as previsões do défice.

Que têm em comum todos estes acontecimentos? Todos são provas de que a redução da despesa em períodos de desemprego elevado é um erro." (Ionline)

Islândia: a democracia em acção


"A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura

Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais."

Cego é quem não quer ver

Diariamente o SAPO tem várias perguntas ao público. 
A de hoje é: 

O PSD com Passos Coellho é uma boa alternativa ao governo demissionário de José Sócrates?
- Sim: (33%)  10481 votantes
- Não: (67%) 21473 votantes

A resposta é assustadora.
Será que, depois de verem o que Sócrates fez, ainda há quem vote ou acredite nele?

Flashes do dia

1 - 

Pela situação em que estamos, percebe-se que o PS estava muito preparado. E até evitou a crise.


2 - 

É evidente que o PS tem propostas claras para o país e nada tem a ver com o agravamento da crise.

Sócrates ainda em pior

Ao fim do dia, José Sócrates deu uma conferência de imprensa imprevista.
Vestido de primeiro-ministro, fez de candidato do PS às próxima legislativas. Ao pior estilo.
Ele é a salvação. Ele é vítima da oposição, irresponsável.
Degradante, esta forma de fazer política deste senhor.

A certa altura, questionado sobre a previsão de (de)crescimento feita pelo Banco de Portugal, de 1,3 para 1,4, responde que se trata apenas de uma projecção.
Convém lembrar-lhe que o défice que eles atribuem ao governo de Santana Lopes também é uma projecção. Portanto, o que eles repetem sobre esse défice é mentira.

terça-feira, 29 de março de 2011

De costas

Nunca tal tinha visto em televisão.
O normal é os convidados estarem de frente para a audiência, ou de lado. Nunca tinha visto de costas.
Mas está a ser assim o Prós e Contras de hoje, na RTP 1.
Lidia Jorge, Tolentino Mendonça, José Gil, Eduardo Paz Ferreira, António Hespanha... e muitos outros, sentados em semi-círculo, de costas para o público.

Para dizer o mínimo, estranho. Muito estranho.

Acalmar os mercados

Cavaco Silva, em entrevista o Bloomberg, assegura que os três principais partidos lhe garantiram que se comprometem a cumprir as metas do défice definidas pelo Governo e a prosseguir a estratégia de consolidação orçamental.
A juntar a isto, a notícia publicada pelo SOL no fim-de-semana de que Cavaco só dará posse a um Governo de maioria.

Muitos não gostarão, mas é preciso colocar a máquina nos carris.
Já esta noite, na TVI24, Alberto João Jardim defendia uma maioria constitucional, ou seja, um entendimento a 2/3 no Parlamento

A culpa

Bagão Félix, no DE, num texto carregado de ironia que nem todos entendem:

"A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.
Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.
A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.
A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do ‘rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.
A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.
A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da ‘pen'. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.
A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.
A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.
A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.
A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.
Há sempre "novas oportunidades" para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.
No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa... já foi."

domingo, 27 de março de 2011

Campanha sem cartazes

CDS e PSD anunciaram que não vão afixar cartazes na campanha eleitoral que se avizinha.

A forma de fazer política está a mudar.
Não são uns panfletos nas ruas que fazem as pessoas votar neste ou naquele partido. As pessoas preferem ideias, soluções, rumos definidos.

Cavaco ganhou as presidenciais sem afixar cartazes pelo país.
As legislativas são eleições de natureza diferente, mas vai ser interessante como se faz campanha sem este suporte.
Mais interessante ainda se o resultado desta sondagem se vier a confirmar nos resultados.

Votar em verde bem

Para clube de pessoas bem, não deixa de ser degradante o que se passou no apuramento dos resultados eleitorais do Sporting.

E os jornais desportivos a publicarem um resultado que não aconteceu, hein?

Já há uns anos os jornais davam a vitória a Hugo Chavez num referendo qualquer, e o resultado foi contrário...

sábado, 26 de março de 2011


Blogosferando - 43


"Depois de atirar o País para um endividamento público superior a 155 mil milhões de euros, mais 50 mil milhões do que há seis anos (fora o que não está contabilizado...), Sócrates, com a sua habitual lábia e falta de vergonha na cara, vem dizer que Portugal precisa “é de políticos responsáveis".
Tem razão: é por isso que as sondagens dão 24% ao PS, partido que não soube livrar-se a tempo desse pantomineiro que deu cabo do País."

Socratismo

"(...) Em dois séculos de governo representativo em Portugal, um único político conseguiu suscitar a profunda aversão que hoje suscita o primeiro-ministro: António Bernardo Costa Cabral, que deu o seu nome ao “cabralismo”. É interessante pensar no que (em resumo) um dia lhe disse Fontes Pereira de Melo: “A sua presença (no governo) não ajuda o país, porque o senhor é o problema.” Manuela Ferreira Leite, com outros cuidados verbais, não ficou longe de Fontes, quando explicou o voto do PSD. E, se calhar, não se enganou. A remoção definitiva de Cabral trouxe a Portugal um certo sossego. A remoção definitiva de Sócrates talvez também acalmasse as coisas. Mas, para nossa desgraça, Sócrates continua, e continuará, secretário-geral do PS e não tenciona, nem de longe, ficar quieto. Esta história ainda não chegou ao fim. "

Vasco Pulido Valente no Público

sexta-feira, 25 de março de 2011

Um bom indicador

Uma sondagem vinda hoje a público dá o seguinte resultado:
PSD: 46,7%
PS: 24,5%
CDS: 6,3%
PCP: 6,7%
BE: 8,9%


O PSD sozinho consegue maioria absoluta. Isto é positivo.
Se tivermos em conta a intenção do PSD juntar mais partidos no governo, nomeadamente o CDS, e que este normalmente tem mais votos do que as sondagens indicam... digamos 10%, teremos um governo suportado por 57% dos votos.
É uma grande e alargada maioria!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Notas da crise

1 - Angela Merkel tenta acalmar os mercados quando afirma: "Estou grata a Sócrates."

2 - Pedro Santos Guerreiro, no Jornal de Negócios: "Os portugueses andam a ser enganados há anos. Foram encandeados nas eleições de 2009 pelas néons de uma falsa prosperidade. Foram ludibriados em 2010 por um negacionismo catatónico que adiou, e nisso piorou, a austeridade que tínhamos de enfrentar. Foram divididos entre optimistas e catastrofistas até há duas semanas, quando lhes garantiam que nada mais era necessário fazer - quando o que não havia era mais nada a fazer. Apenas ganhar tempo para ser ajudado de uma outra forma.
Este Governo não foi um Governo, foi uma perda de tempo." 

3 - A campanha e os portugueses só ganham se houver verdade da parte dos partidos. Sem promessas impossíveis, sem os delírios que levaram Sócrates à reeleição. Mesmo dura, a verdade será a melhor coisa.

4 - Sócrates soube criar uma teia, enredar o PSD e aparecer como a vítima da oposição. Espero que esta mentira seja destruída pelos outros partidos. Ele é que criou a crise ao faltar ao respeito a todas as instituições nacionais, quando apresentou o PEC 4 em Bruxelas sem falar com ninguém em Portugal.

5 - Se destas eleições não resultar uma maioria absoluta clara, ou se Sócrates tiver um resultado elevado, só se pode concluir que os portugueses são irresponsáveis, parvos e gostam de ser enganados. E prevalece a frase de que "não se governam, nem se deixam governar". Era a pior coisa que nos poderia acontecer, depois desta crise económico-financeira evitável.
De qualquer forma, o resultado pode ser potencialmente positivo. Assim esperemos.

A solução

“Portugal tem que pagar o que deve, por a economia a funcionar, sanear as finanças públicas, e evitar a exclusão dos mais desfavorecidos. É difícil mas é possível.”

quarta-feira, 23 de março de 2011

Calimeros rosa

José Sócrates na declaração ao país: “Hoje os partidos da oposição retiraram todas as condições para o Governo continuar a Governar. Acabei de apresentar a minha demissão ao senhor Presidente da República.”

Agora Francisco Assis volta a ensaiar o discurso da vitimização, e de que eles estavam a fazer um trabalho notável.

Já sabemos como vai ser a campanha do PS e de Sócrates.




Um apelo angustiado: saia!

Mário Soares, ex-presidente da República, escreveu um artigo de opinião no DN, "um apelo angustiado".

Então... Sócrates, o Governo e o PS é que provocam a crise, e tem de ser Cavaco Silva a impedir a catástrofe?!
Os irresponsáveis que provocaram a crise que assumam as suas responsabilidades. E que deixem de dar cabo do país.
Citando Paulo Portas há um ano: "saia!"

Parte da solução do problema passa por remover a causa do problema.

terça-feira, 22 de março de 2011

Solução: remover o problema

“Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra de um Presidente da República actuar preventivamente.”

Este PR ja disse que o Parlamento deve ser o centro da actividade política. 
Com o que se avizinha esta semana, o Parlamento está no centro. E sem solução.
Portanto, a solução está a chegar. 
Se se remover a causa do problema, metade da solução está encontrada.

Tenham medo...



Um Rio que corre?

O Prós e Contras de hoje pôs frente-a-frente António Costa e Rui Rio.
Depois de terem debatidos as cidades, na segunda parte analisam a crise política em curso.
Ouço Rui Rio. É - manifestamente - um dos melhores políticos deste país. Oxalá, ao deixar a Câmara do Porto, possamos tê-lo em funções de âmbito nacional.
Daria um excelente primeiro-ministro.
Pela frontalidade, pela verticalidade, pelas ideias que defende.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cantinho do poeta - 70



CREIO


Creio nos anjos
que andam pelo mundo
Creio na deusa
com olhos de diamante
Creio em amores lunares
com piano ao fundo,
Creio nas lendas,
nas fadas, nos atlantes,


Creio num engenho
que falta mais fecundo
De harmonizar
as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno
num segundo,
Creio num céu futuro
que houve dantes,


Creio nos deuses
de um astral mais puro,
Na flor humilde
que se encosta no muro
Creio na carne
que enfeitiça o além


Creio no incrível,
nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo
pelas rosas,
Creio que o amor que tem asas
de ouro. Amén


Natália Correia


(via Delito de Opinião)

CDS em 5 minutos

domingo, 20 de março de 2011

CDS está aí

Infelizmente não tive muita oportunidade de acompanhar pormenorizadamente o congresso do CDS. Mas, pelo que leio, foi um grande congresso. Emotivo, mobilizador, com mudanças estatutárias importantes, olhando o futuro próximo.

O CDS está aí
Espero que em força. Como Portugal precisa.

Maratona 2011

A primavera recebeu os atletas na maratona que esta manhã atravessou a Ponte 25 de Abril...










A ministra da Saúde também foi. Será que participou em substituição de José Sócrates, que este ano faltou?





quinta-feira, 17 de março de 2011

Uns e outros

O governo inexistente em que uns andam a fazer sem outros saberem...

Quase

Os sinais dão a entender que é muito provável que haja eleições legislativas em breve.
Sócrates fez um teia muito bem feita para aparecer como a vítima da "irresponsabilidade" da oposição, sobretudo do PSD. É ele ou o caos.
O PSD já foi claro: acabou o teatro. E acho bem que o PSD seja firme e acabe com a palhaçada e com o impasse político patente.
Com esta situação de crise, o país precisa de um governo novo, com rumo e credível. Não de ilusionistas.

Na próxima semana saber-se-á o resultado no número PEC 4.

Grande noite

A noite europeia correu bem às equipas portuguesas: Porto, Braga e Benfica seguem em frente na Liga Europa.

Solucionar pelo lado errado

"O défice do Estado situou-se em 374 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano, uma melhoria de 841 milhões face a igual período do ano passado. A melhoria deveu-se a um aumento da receita, sobretudo fiscal, e à redução da despesa.
De acordo com os números da DGO, a receita efectiva do Estado cresceu dez por cento até Fevereiro, enquanto a despesa efectiva caiu 3,6 por cento, depois de, em Janeiro, ter aumentado 0,9 por cento." (Público)

A solução continua a ser maioritariamente feita pelo lado errado.

Sentenças - 20


Alberto João Jardim

terça-feira, 15 de março de 2011

Fim do nuclear?


Pode ser que esta catástrofe acabe de vez com o nuclear. E desligue os defensores desta perigosa energia.

Não deixa de ser estranho que um país, como o Japão, que experimentou as consequências de duas bombas nucleares na II Guerra Mundial, tenha tantas centrais nucleares.
Com esta tragédia, o território japonês está quase a ter de ficar desabitado. Um cemitério nuclear.
Num país com mais de 100 milhões de habitantes.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Jesus de Ratzinger

O segundo volume de Jesus de Nazaré, do Papa Bento XVI, está a centrar as atenções dos estudiosos.

O "Jesus de Nazaré" de Ratzinger quer ir além do Jesus "histórico" que a investigação tem revelado nos últimos dois séculos.

Vale a pena ler o texto no Público sobre este livro de Ratzinger.

Bora rir?

O ex-candidato à Presidência da República José Manuel Coelho anunciou hoje a sua rutura com o PND-Madeira, que acusa de defender “princípios reaccionários”, e a sua filiação no Partido Trabalhista Português (PTP). “O PND não se adapta aos ideais que defendemos (…) Nós defendemos os ideais de Abril, o artigo número um da Constituição (…) e não é isso que o PND defende.
O que eles defendem é um princípio completamente oposto ao nosso, que é o de o Estado Social ser substituído pelo Estado arbitral. Ora, é um princípio reacionário que não aceitamos” (SAPO)

Então um homem tão perspicaz só agora percebeu que o PND não é bem de esquerda como ele?

Golfe para pobres


Sem dúvida, um sinal fundamental para promover um desporto de massas (falta esclarecer quais...).

O estado deste governo é tal que já nem tem a noção da realidade.

Será que também vai ser "sensível" aos 300 mil que foram para a rua no passado sábado?

Vamos lá ver que baboseiras vai amanhã dizer na entrevista à SIC...

domingo, 13 de março de 2011

Manif na moda?

Que raio de reportagem é a da SIC em que põe no mesmo saco a manif de ontem e a Moda Lisboa?

Tragédia no Japão

O Japão é regularmente atingido por sismos, fruto da sua situação geográfica.
Depois de um sismo de grau 9 há alguns dias, do tsunami seguinte, e da explosão de uma central nuclear, chegou a vez do vulcão Shinmoedake, no sudoeste do país, entrar em erupção.

Se o sismo por si não tinha feito muitas vítimas, graças à construção anti-sísmica existente, o tsunami terá vitimado 10 mil pessoas.
Uma brutal tragédia, mais uma, a atingir o país do sol nascente.

O pobre de cada um

"A minha avó tinha um pobre só dela. Um pedinte que, de vez em quando, ia lá a casa e a quem a minha avó dava algum dinheiro. Hoje em dia já ninguém tem pobres. Os pobres são todos do Estado. Em vez de contarem histórias comoventes a velhinhas, fazem prova de rendimentos no guichet da Segurança Social. Um caso em que o Estado, de facto, facilita a vida aos cidadãos, aliviando-os. Nomeadamente, do sentimento de culpa ao negarem esmola a um mendigo, que agora já tem quem o subsidie oficialmente.
Pensava eu que isto de ter um pobre só para si era um anacronismo, até perceber que Angela Merkel também tem um. Chama-se José Sócrates e visitou-a recentemente em Berlim (uma notícia que, se O Independente ainda existisse, teria como manchete "Sem bolas em Berlim")."

José Diogo Quintela, revista Pública, 13 Março 2011.

sábado, 12 de março de 2011

Deputados à rasca

A TVI lembrou-se de falar com os deputados mais jovens dos vários partidos representados no parlamento.
Há com cada resposta... As mais delirantes são de uma deputada do PCP e a de um deputado do PS.

Pelas respostas obtidas, percebe-se que ficaram à rasca. Para saber o que dizer de forma que fosse do agrado da malta.

Geração à rasca


A manifestação de hoje foi gigantesca!
Nunca pensei que tantas pessoas se juntassem ao protesto. Pensei que seria um fenómeno virtual que não teria grande adesão na realidade. Enganei-me.
O desespero em que vivem milhares de pessoas, a solidariedade com os que vivem em precariedade, o anúncio ontem de mais medidas de austeridade... tudo concorreu para convocar e juntar dezenas de milhares de pessoas pelas ruas de várias cidades.
As pessoas estão fartas da crise e da mentira.

Isto é o início de uma mudança.

Assim não!

Este governo da treta veio anunciar mais medidas de austeridade.
Foi também este governo da treta que há pouca semanas disse, de peito inchado, que o OE deste ano estava a correr lindamente e que em 2010 o défice ia ficar abaixo do previsto por eles mesmos.
Foi ainda este governo da treta que negociou às escondidas de todos - parlamento, parceiros sociais, Presidente da República - as novas medidas de austeridade com a Comissão Europeia e o BCE.
É ainda este mesmo governo que não suspende despesas como o prioritário TGV, ou mantém organismos públicos desnecessários, ou cria comissões (ou lá o como lhe chamam) para estudar os bens imateriais da cultura que não fazem nada mas custaram mais de 200 milhões de euros ao país.
É este governo que a cada três meses diz que as medidas maravilhosas que aprovou, e eram suficiente, já não chegam e que é necessária mais austeridade.

Perante esta incompetência, sonsice e mentira, acho muito bem o que ontem disseram Paulo Portas e Pedro Passos Coelho: não!
O governo viu aprovado o OE de 2011 e garantiu que era suficiente para pôr em ordem as finanças. Agora governe e cumpra com as medidas que apresentou anteriormente.

Caso contrário, só há uma solução: eleições antecipadas*.
Governo novo e legitimado.

* sobre "antecipadas": o Público do dia 09 de Março (página 3) escreveu que em 2004 Sampaio dissolveu o parlamento e convocou "eleições intercalares". Errado. Para o parlamento há eleições antecipadas. As intercalares são para as autarquias.

quinta-feira, 10 de março de 2011

E se deitassem a comida fora?


Só neste Portugal em que o Estado tem de sacar tudo a todos é que uma coisa destas é possível.
Entretanto, as pessoas que morram à fome.

Se deitassem a comida fora também tinham de pagar IVA?
O que é que o Estado tem a ver com o destino final da comida que não é consumida?

quarta-feira, 9 de março de 2011

O discurso de Cavaco Silva II

Wordle: Discurso Tomada de Posse Cavaco Silva

É esta a nuvem de palavras mais usadas por Cavaco Silva na tomada de posse, de acordo com o Público.
Pelo que li, os avisos estão lá todos. E muitos comentadores que ouvi na TV dizem ter sido este o melhor discurso de Cavaco Silva desde que é PR.

Entre inúmeros alertas e chamadas de atenção, disse:
"Os cidadãos devem ter a consciência de que é preciso mudar, pondo termo à cultura dominante nas mais diversas áreas. Eles próprios têm de mudar a sua atitude, assumindo de forma activa e determinada um compromisso de futuro que traga de novo a esperança às gerações mais novas.
É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia."

terça-feira, 8 de março de 2011

Blogosferando - 41



"Há pessoas com uma vasta, enormíssima, devastadora boa-vontade. O problema é que, num artigo de 1,707 caracteres sobre «inovação cultural», são capazes de debitar coisas tão importantes e arrasadoras"... como nada.

Vão ler o post.
E riam.
Ou chorem.

Cavaco Silva II

Toma amanhã posse Cavaco Silva para o seu segundo mandato.
Uma tomada de posse diferente, como já foi anunciado. À tarde, sem convidados estrangeiros, e rodeado de jovens.

Vamos lá ver o que nos traz o discurso de posse e este segundo mandato.
Não será um mandato fácil. Há a crise, há um governo minoritário... 
Já dizia o outro que o homem é ele e a sua circunstância. E as circunstâncias costumam ser diferentes nos segundos mandatos.
Uma coisa é certa: Cavaco Silva não vai fazer nada que possa ser interpretado como estando a puxar o tapete ao governo de Sócrates.

Os que ficam e os que partem...

Era no tempo em que, no Palácio das Necessidades, ainda havia ocasião para longas conversas (mas podia passar-se hoje...). Um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país era complexa, os índices nacionais de crescimento e bem-estar, se bem que em progressão, revelavam uma distância, ainda significativa, face aos dos nossos parceiros. Olhando retrospetivamente, tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava a esta permanente "décalage". E, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:

- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental.

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui...

*recebido por mail num destes dias de crise.