sexta-feira, 30 de maio de 2008

Coisas


Há alturas em que gostava de voltar atrás no tempo, outras em que queria ir ao futuro espreitar.


quarta-feira, 28 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

Caranguejices

O meu signo para hoje, pela Vera Xavier, no Metro:

«"O primeiro passo para conseguirmos o que queremos na vida é decidirmos o que queremos" (Ben Stein) Mas como estamos envolvidos na teia do stress nem sabemos... estamos perdidos»

Grato pela mensagem... tendo em conta a acusação de os caranguejos andarem às voltas...

Soares: pobreza e desigualdade

Mário Soares, através de artigo no DN, chamou hoje a atenção para a pobreza e desigualdades que cada vez mais se acentuam na nossa sociedade.
Descontando algumas generalidades e discurso anti-Bush, toca em pontos essenciais aos quais os poderes públicos devem estar atentos, e resolvê-los.
A ler aqui Pobreza e Desigualdades.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Este seu olhar

Procurei uma versão interpretada por Tom Jobim, mas infelizmente não encontrei o génio. Fica esta através de Toquinho.

E a letra:

Este seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar
É pensar que você
Gosta de mim

Como eu de você!
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou
Sonhou demais
Ah!, se eu pudesse entender
O que dizem os teus olhos...

Jimmy Carter enlouqueceu!

No PÚBLICO:

"O antigo Presidente norte-americano Jimmy Carter disse hoje, durante uma conferência no festival literário de Hay, no País de Gales, que Israel tem, pelo menos, 150 armas nucleares. É a primeira vez que um ex-Presidente norte-americano fala concretamente sobre o arsenal nuclear israelita.

“Os Estados Unidos têm mais de 12 mil armas nucleares, a Rússia, mais ou menos o mesmo, França e Grã-Bretanha têm largas centenas e Israel tem 150 ou mais. Temos uma enorme diversidade de armamento”, disse.

Perante uma coisa destas, só podemos dizer que Carter enlouqueceu! Ainda para mais ele é um ex-presidente dos EUA, portanto deve saber as implicações de dizer uma coisa destas.

Política internacional implica um "bocadinho" de diplomacia e bom senso. E estas são e devem ser informações reservadas, secretas mesmo. Ainda para mais tratando-se de Israel, um Estado muito sensível e cercado de inimigos por todos os lados.

Pessoa ao longe

Hoje no PÚBLICO, logo destacado em primeira página, vem a possibilidade de um importante espólio de Fernando Pessoa sair de Portugal em Outubro.

"Uma parte significativa do espólio de Fernando Pessoa que ainda se encontra na posse de familiares do poeta vai ser leiloada em Outubro, em Lisboa, pela P4 Photography. Um dos documentos que pode atingir somas consideráveis é o chamado dossier Pessoa-Crowley, que reúne todos os papéis relativos ao encontro do poeta português com ocultista inglês Aleister Crowley, em 1930."

O Estado ainda está a pensar se pode comprar...
Fosse num país anglo-saxónico ou do norte da Europa, e o Estado não se poupava a esforços para manter tão importantes registo no país.

Trata-se apenas de registos daquele que deve ser o maior vulto da cultura portuguesa dos últimos cem anos. E não apenas pela poesia, mas por todo o seu pensamento.

domingo, 25 de maio de 2008

Em lume brando

Os combustíveis agora sobem dia sim-dia não. Mesmo a Galp, que num dia diz que afinal não os vai subir, sobe-os 48h depois.
A Galp ameaça encerrar alguns postos de distribuição devido aos custos. Mas apresenta lucros trimestrais de 109 milhões de euros.
Entretanto, todos os cidadãos, directa ou indirectamente, pagam o aumento dos combustíveis. Para candidamente empresas terem estes lucros escandalosos.
Tal como não faz qualquer sentido que, levando Portugal 10 anos de crise, as empresas apresentem ano após anos lucros da ordem dos 30% ou 40%. Chama-se a isto chulice.
Não sou contra as empresas terem lucros, mas há um mínimo de decência quando os cidadãos são literalmente enforcados no seu dia-a-dia.

Voltando aos combustíveis...

É um facto que vivemos numa sociedade dependente do petróleo, mesmo viciada em petróleo. Mas as fontes são as mesmas para todo o mundo. Como se explica que em Espanha o combustível seja mais barato que deste lado da fronteira? Até pelas mesmas empresas que vendem deste lado? Claro que há a margem brutal de impostos! Mas não é apenas isso.

O secretário-geral da OPEP explicou a "crise dos combustíveis" em poucas palavras: não há falta de produção, especulação. Até porque o preço do petróleo está baseado nos chamados futuros: o que se está a comercializar agora é o petróleo para daqui a 10 anos! Na prática, alguém anda a encher os bolsos agora com o que havemos de pagar daqui a 10 anos.

Lê-se que uma das causas para a subida dos preços nos combustíveis e dos cereais é a melhoria do nível de vida de muitos cidadãos em países como a China e a Índia, ou seja, o aumento dos preços deve-se a um crescimento da procura. Em teoria, certo.
Mas... passaram assim tantos milhões de pessoas a ter "bom nível de vida" em apenas dois ou três meses? Só em Portugal é que não se consegue este feito...

Olhando esta crise em perspectiva, Nicolau Santos tem razão quando escreve no Expresso (caderno Economia) que "as consequências [de todos estes aumentos] também serão várias - e todas elas potencialmente explosivas, porque a fome, a sede e a miséria não são boas conselheiras. A primeira é que a possibilidade de violentas convulsões sociais, com impactos fortíssimos a nível políticos e mesmo riscos para os sistemas democráticos é fortíssima. A segunda é que, à luz da História, situações destas acabam por resolver-se através de conflitos bélicos, que dizimam milhões de pessoas e reequilibram as condições de vida do planeta."

Entretanto, esta semana foi publicado um estudo sobre a pobreza em Portugal (Um Olhar sobre a Pobreza em Portugal, coordenado por Alfredo Bruto da Costa).
Passados 20 anos sobre a adesão de Portugal à então CEE, é chocante ler que "mais de metade (52,4%) dos agregados familiares, em Portugal, viveram numa situação vulnerável à pobreza pelo menos durante um ano, no período entre 1995 e 2000" (Público).
Em entrevista, o coordenador afirma: "quando há uma percentagem tão elevada de famílias pobres entre pessoas empregadas, vê-se claramente que a política social é um instrumento útil, mas não resolve tudo."
Em português corrente: não faz sentido as pessoas trabalharem e continuarem a viver na miséria. Ao mesmo tempo que as empresas apresentam os lucros faraónicos que apontei antes.
Claro que há um problema de formação, de mentalidade, de meios, mas também há um problema das elites empresariais em Portugal. Noutros países ditos mais desenvolvidos não há uma tão grande diferença entre os rendimentos de um trabalhador e o topo da empresa, fazendo assim referência há mais um estudo apresentado há algumas semanas. É simplesmente escandaloso, e há organismos de regulação que superintendem essas matérias.
Isto tem a ver com justiça social, com bom senso, com gestão até. Se um trabalhador tem rendimentos superiores, necessariamente vai consumir mais (seja para suprir necessidades básicas, seja por lazer). Ao consumir mais, está a devolver o seu rendimento às empresas, e assim estas têm melhores resultados. A diferença é que em Portugal há o espírito do lucro imediato e da chulice.

Nesse estudo sobre a pobreza, citando o PÚBLICO, há também
uma crítica a nós enquanto sociedade: "A sociedade portuguesa não está preparada para apoiar as medidas necessárias para um verdadeira combate à pobreza" Isto porque a opinião pública tende a considerar que o fenómeno resulta de factores como o "enfraquecimento da responsabilidade individual" dos cidadãos, do fatalismo da pobreza ou da "preguiça" dos pobres. Também a "reserva sistemática" quanto à "autenticidade" dos pobres e a maior preocupação como o "combate à pobreza" são atitudes que contribuem para a ineficácia da luta contra o fenómeno".

Mais uma vez, olhando em perspectiva, isto não vai acabar nada bem...

Blogosferando - 12

Através da Antena 1, do programa Janela Indiscreta do Pedro Rolo Duarte, cheguei ao Berra-boi (do Francisco Costa Afonso, pseudónimo de Sérgio Barroso).
Gostei da conversa na rádio. Palavras de quem olha, vê, lê, sabe, pensa.
Também gostei do blogue. Foi ali para o lado.

quinta-feira, 22 de maio de 2008


Não são apenas os olhos, é o olhar.



Expo 98

Há 10 anos era inaugurada a EXPO 98, sob o lema "Os oceanos, um património para o futuro".
Entre 22 de Maio e 30 de Setembro de 1998, Lisboa acolheu a última exposição mundial do século XX.
Nasceu de um sonho de António Mega Ferreira, e transformou a zona oriental de Lisboa.

Foram meses de festa. De novidade. De outros mundos.
Quem não se recorda das pessoas, dos passeios, dos espectáculos, dos Olharapos, da Peregrinação, do Acqua Matrix, do fogo de artifício, dos espectáculos na Praça Sony, do Gil...?
Passados 10 anos, ficou uma nova centralidade em Lisboa, uma zona reconvertida e moderna. Uma excelente zona para passear, espairecer, recordar, visitar o Oceanário, andar à beira-rio, voar no teleférico...

Só é pena que nos últimos anos tenha alastrado uma mancha de betão, cercando o espaço do actual Parque das Nações. (Eu já o disse: se fosse administrador daquele espaço, a primeira coisa que fazia era deitar abaixo metade das torres que ladeiam o centro comercial Vasco da Gama).

Expo 98... Parque das Nações... um espaço de eleição.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Imagem sem palavras - 74

A Torre de Belém está decorada desta forma no âmbito das 7 Maravilhas de Portugal EDP. Trata-se da mão da Joana Vasconcelos, e chama-se "A Jóia do Tejo".

Psicólogo temporal

Será que há alguma espécie de psicólogo (ou outro psi qualquer) para tratar do tempo?
Ultimamente anda tão bipolar que já irrita tanta indefinição!
Ora dá sol e alguns resquícios de calor, ora chovisca, chove, dá vento, fica frio...
Rrrrrrrrrrr!!!

(já há um ano era assim. O problema passou a crónico, portanto)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Chouriçadas futebolísticas

Com a aproximação da fase final do europeu, as televisões passaram a viver disso e de todas as irrelevâncias associadas.
Ontem a SIC gastou mais de meia hora do Jornal da Noite com isso. Falavam com um jogado qualquer e destacavam em roda-pé qualquer coisa como "assim que acabei o jogo arrumei a mala"...
Hoje foi a vez da RTP encher o telejornal com irrelevâncias futebolísticas...

Para quando um canal gémeo dos Sport TV 1 e 2, mas em sinal aberto para estas chouriçadas?!
Ao menos deixavam os canais de sinal aberto livres destas coisas...

Barraca livreira

Sobre a "guerra" sobre as barracas na feira do livro de Lisboa, João Miguel Tavares escreveu a sua crónica no DN de hoje: "A minha barraca é maior que a tua".

Alguns excertos:

"É um desconsolo, mas é mesmo assim: estar próximo dos livros não torna as pessoas mais inteligentes.Basta olhar para o conflito entre a APEL e a Leya a propósito da Feira do Livro e verificar como essa gente que faz da literatura a sua profissão consegue revelar uma tão grande falta de senso, consumindo-se em conflitos internos que deixaram de fazer sentido há pelo menos 20 anos.

(...)

No espaço de um ano, a Leya transformou-se no maior grupo editorial português. Se isso será positivo ou negativo para quem consome livros em Portugal ainda é cedo para saber. Mas a verdade é que vivemos numa sociedade que acredita no mercado livre e estamos a falar num investimento de dezenas de milhões de euros. Chegada a altura do maior evento literário do País, a Leya agiu de forma profissional: requisitou um espaço diferenciado na Feira do Livro, para impor a sua marca. Que argumentos utilizou a APEL para o negar? Que "o regulamento da feira não o permite", sempre a melhor desculpa para não mexer uma palha. Que outro tipo de stands iria criar uma discriminação entre os editores mais ricos e os mais pobres, como se essa discriminação não existisse já em função do número de stands que cada editora possui. Que a modernização da feira "não pode ser imposta à pressa", esquecendo-se de que há mais de uma década que toda a gente fala na necessidade de renovar a Feira do Livro e a única coisa que muda de ano para ano é a cor das barracas."

Concordo!

Notícias do mundo

segunda-feira, 19 de maio de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

Parafraseando - 14

"Não se descobrem novos mundos sem estar disposto a perder de vista a costa por longo tempo."

André Gide

Pois é...

A regra é simples: quem não marca, sofre.
Do pouco que vi, o FCPorto não jogou grande coisa.
Assim, o Sporting será um justo vencedor (por 2-0) da Taça de Portugal.

Blogosferando por ai - 12

1 - Pacheco Pereira toca na ferida: a irrelevância tomou conta da vida.
"A cultura da irrelevância está impante como nunca, espectáculo e pathos brilham no sítio que anteriormente ainda era frequentado, de vez em quando, pela razão, pelo bom senso, pela virtude. Esta é, obviamente, a melhor comunicação social, a melhor televisão para os governos, e o actual cuida bem que não lhe falte dinheiro para as suas quinhentas horas de futebol. Compreende-se: a bola não pensa, é para ser chutada."

E debates, não?

As sondagens (!) dão Manuela Ferreira Leite como futura líder do PSD. Mas... convém debater qualquer coisinha com os outros candidatos.
Se de facto é a melhor candidata - e admito que neste momento seja - por não debater com os outros candidatos, contrastar caminhos, apresentar soluções, mostrar que é a melhor para bater Sócrates?
Por isso, esta falta está mal.

Olhe que não...

No post anterior fui acusado de obsessão pela Jennifer... Não me parece...

Eheheh...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Imagem sem palavras - 73

Imagem sem palavras - 72


Novela livresca

Não sou entendido na matéria, mas... alguém explica o motivo de TODOS os anos a feira do livro de Lisboa estar envolvida em carnavais?
Já não bastava o habitual desentendimento entre a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) e a UEP (União de Editores Portugueses), agora ninguém gosta do Grupo Leya...
Não tarda nada, estou a ver o Grupo Leya a alugar um espaço e fazer a sua feira do livro.

Na Feira do Livro do Porto o assunto está resolvido.

Para seguir o assunto, ir à LER.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Custo de oportunidade

Hoje uma cigana queria ler-me a sina.

Será que ela acertava e me dava um futuro promissor por apenas 2,00€?

Imagem sem palavras - 71

A partir da Torre de Belém...

Sinais de fumo

Só um país como Portugal dá esta importância ao faits divers que é a situação de Sócrates (e Manuel Pinho) ter fumado no voo para a Venezuela.
E o primeiro-ministro sente-se na obrigação de vir dar uma explicação ao país. E dizer que desconhecia a lei que o seu governo fez. (Logo no 1º ano da faculdade, aprendi que a ignorância da lei não aproveita a ninguém... Quando eu violar uma lei qualquer, posso dizer que desconhecia a lei e não ser penalizado por isso?) E, docemente, confessar que é hábito e já o fez noutras viagens. E a oposição, seriamente vestida de sentido de estado, vem exigir que o primeiro-ministro peça desculpa e seja penalizado.
Ah... o engenheiro de todos nós, candidamente, já veio dizer que vai deixar de fumar.

É para isto que eu pago impostos, e por essa via pago os políticos deste país?! Posso mudá-los?

E não são apenas os políticos. São também os jornalistas que se prestam a dar eco a este tipo de circos.
De uma visita de Estado de um primeiro-ministro a outro país, a única coisa que fica é que Sócrates vai deixar de fumar?!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Porque me apetece...

Viva o inverno!

Pelo menos até 21 de Maio o tempo vai estar chuvoso e frio.
Agradecemos a uma depressão que para aí anda a deprimir-nos...

My Blueberry Nights

Um filme de Won Kar Wai, cheio de néons, luzes, imagens através de vidros, cores, letreiros...
A viagem de Elizabeth (Norah Jones) através da América para se curar de um desgosto amoroso e encontrar-se consigo mesma novamente.
Em certa medida é um filme estranho.
Com sentimentos como néons - no fundo, são a mesma coisa... - ora garridos, ora desligados. A correr através da vida.

Site aqui e oficial aqui.

Parafraseando - 13

"Agarra a oportunidade pela barba, porque atrás ela não tem cabelo."

Provérbio búlgaro

sábado, 10 de maio de 2008

Imagem sem palavras - 69

Mata dos Sete Montes - Tomar

Hipermercados - 2

Do editorial da Sábado nº 210, de 8 a 14 Maio 2008…

"Alguma direita quer que o mundo pare ao domingo por causa das missas, o Bloco de Esquerda quer que o mundo pare ao domingo por causa do emprego no comércio tradicional, o PCP quer que o mundo pare ao domingo porque não gosta da “liberalização”, o PSD quer que o mundo pare ao domingo se os presidentes da Câmara decidirem que sim, o PS não sabe bem o que fazer do mundo ao domingo e o CDS garante que sabe mas não diz. Estamos em Maio de 2008 e os partidos ainda estão a discutir – e vão continuar a discutir durante os próximos dois meses, no Parlamento – o que é que devem permitir, ou não permitir, que os portugueses façam ao domingo: podem, ou não, fazer compras nas grandes superfícies durante as horas que deviam, no mundo ideal, dedicar à Igreja ou à leitura das obras completas de Marx?"

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Vencer

Já o tinha comprado há dois anos e passado os olhos por alto, mas só agora me estou a dedicar a "Vencer", o livro-maravilha de Jack Welch, ex-homem forte da GE.

Muito bom para refrescar ideias e sair da rotina diária.
Certamente que é, em certa medida, um livro utópico, da organização perfeita. Mas dá algumas dicas, conselhos, visões outras da realidade. E não apenas para a vida profissional - há muitas lições e pistas que podem e devem ser aplicadas na vida pessoal.

Ontem, ao ler o capítulo relativo ao recrutamento, Welh apresentou o seu caminho para criar equipas vencedoras: é o modelo 4-E. Os "E" são os seguintes:
- Energia positiva;
- Capacidade para Estimular os outros;
- Risco (edge, em inglês), ter coragem para tomar decisões difíceis;
- Executar, ou seja, capacidade para conseguir que o trabalho seja feito.

Por fim, um candidato com estes quatro E vai procurar o P - de paixão.

Foi uma excelente leitura matinal, que me deixou carregado de energia positiva para todo o dia. (não sei se a Galp energia tem alguma coisa a ver com o assunto...).

Ficou uma frase enquanto lia o conceito de "energia positiva": "as pessoas com energia positiva amam a vida".

Não sou o protótipo de pilhas Duracell, por isso ler estas coisas ajuda a puxar para cima.

Finalizo com uma frase-lição que uma amiga me enviou ontem:
"Os grandes problemas são criados pela falta de tomar pequenas decisões"
E não é que é mesmo?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Cantinho do poeta - 39

you are welcome to elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte   violar-nos   tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas   portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
 
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
 
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
 
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
Mário Cesariny

Obrigado, S.

A entrevista da Manuela

Manuela Ferreira Leite foi à Grande Entrevista, na RTP1.
A entrevista não foi grande coisa, sobretudo pelas perguntas feitas: dois terços da entrevista foram consumidos com orçamentos e impostos.
MFL esteve como costuma parecer: dura, seca, segura do que diz e sem se embrulhar em rasteiras.
Não se comprometeu com nada em concreto, pois se chegar ao governo pode descobrir muita coisa escondida.
Mas foi sólida no que disse. Uma ideia perpassou em toda a entrevista: reduzir o peso do Estado na economia e na sociedade.

Reconheço que tem de ser mais sedutora para se apresentar a eleições legislativas – para não ser trucidada pelo rei do marketing Sócrates – mas aquela dureza é capaz de lhe granjear a simpatia de muito bom eleitor. Assim, já teria o meu voto.
Focou o discurso em duas palavras: credibilidade e verdade.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Chegaram!

Não sei se já repararam, mas os jacarandás começaram a florir em Lisboa...

Amar ler

Myanmar: ainda que mal pergunte...

Normalmente, quando um ciclone passa em algum território, o seu percurso e intensidade são acompanhados pelas autoridades, e é possível evacuar a zona que previsivelmente irá ser atingida… No Myanmar/Birmânia ninguém previu que o ciclone ia passar?!


É que parece que foram sobejamente avisados sobre o ciclone pelos países vizinhos...

Ou este truque foi 2 em 1: “limpar” alguma população e pretexto para pedir ajuda internacional?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Karl Marx

Há 190 anos nascia Karl Marx (1818 - 1883).
Um importante pensador que mudou a forma de olhar para a filosofia, a sociedade, a História, a política, o capitalismo... e que esteve na origem das teorias socialistas e comunistas... goste-se não.

A propósito de marxismo, ler este artigo de Manuel Monteiro.

Hipermercados

A semana passada foram apresentadas na Assembleia da República várias propostas sobre os horários do comércio em grandes superfícies. De facto sobre abertura só foi apresentada a do PSD; as do BE e PCP eram sobre o encerramento…

Confesso que inicialmente era a favor do encerramento, mas...

1 – a abertura ou encerramento dos hipermercados (espaços com mais de 2000 metros quadrados, se não estou em erro) nas tardes de domingos e feriados não influenciam em nada a abertura ou encerramento do chamado comércio tradicional. Estes, como têm um espaço reduzido, podem abrir. Claro que argumentam que essas aberturas teriam um custo elevado face às vendas. Obrigado pelo argumento: portanto, o facto de não venderem não tem nada a ver com os hipers estarem abertos aos fins-de-semana.

Este fim-de-semana estive atento a mercearias abertas. Algumas estavam. E completamente às moscas.

2 – a abertura dos hipermercados aos fins-de-semana destrói a família. É o argumento a que sou mais sensível. Mas… o facto de as pessoas só poderem ir ao fim do dia de trabalho ao supermercado, atrasando assim a sua chegada a casa e o acompanhamento de eventuais filhos, não conta para a “destruição” da família?

Se o argumento é a separação da família devido a ímpetos consumistas, porque não exigir o encerramento de todo e qualquer espaço comercial, seja hipermercado, lojas da moda ou cinemas? Portanto, os centros comerciais na totalidade?

Em vários países da nossa Europa o comércio fecha aos domingos, mas isso é também reflexo de desenvolvimento, poder de compra, organização do trabalho, produtividade...

3 – a ideia de as responsabilidade da abertura ou não dos recintos comerciais passar para as autarquias parece-me positiva. Por que é que tem de ser um ministro a preocupar-se com os horários dos supermercados?

Claro que já se viu o que vai acontecer: todos os municípios vão transpor automaticamente os limites máximos de abertura “do comércio em grandes superfícies”, e todos hão-de estar abertos quase 24h por dia.

É que neste País o bom senso não se aplica em qualquer parte do território, e nenhum organismo assume qualquer responsabilidade seja pelo que for. Se é permitido estar aberto durante 30h/dia, então que esteja aberto!

4 – um dos grandes grupos ligados a hipermercados já veio dizer que esta alteração legislativa vai permitir a descida de preços. Cá está um argumento simpático, tendo em conta as perspectivas de aumentos dos alimentos…

Sobre o assunto ler este interessante post na Atlântico.

Rrrrrrrrrr!!!

Alguém sabe como tirar aquelas janelas brancas que aparecem quando se copiam textos de outro lado?
É que fica horrível e não sei como evitar isso... Snif!

Falando de sexo...

Depois de ler que os habitantes da ilha de Lesbos processam lésbicas gregas e o artigo do Leonídeo Paulo Ferreira... vale a pena ler as conclusões de um recente Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do ICS - Universidade de Lisboa

"Cerca de 70 por cento dos portugueses consideram erradas as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo; mesmo nas idades mais jovens, os números da desaprovação nunca descem abaixo dos 53 por cento. "Portugal ainda é um país homofóbico", comenta Sofia Aboim, uma das autoras do Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que é apresentado na terça-feira e faz um retrato da sexualidade na população portuguesa.

"As mentalidades não estão ainda muito abertas à aceitação da homossexualidade", sublinha a socióloga, referindo que os números que atestam o repúdio a este tipo de relações são "globalmente altos". Na escala apresentada aos inquiridos eram-lhes dadas várias opções: se achavam as relações entre pessoas do mesmo sexo totalmente erradas, a maior parte das vezes erradas, algumas vezes erradas ou raramente erradas. A maioria da população respondeu com a opção mais categórica. O estudo assenta em 3643 entrevistas feitas a indivíduos dos 16 aos 65 anos, numa amostra representativa da população de Portugal continental.

Os homens são mais críticos no que toca às relações homossexuais do seu sexo: 58,9 por cento consideram-nas totalmente erradas; em relação às mulheres, a desaprovação desce para 53,9 por cento. Sofia Aboim atribui estes dados a "uma masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" - "as lésbicas são vistas como muito mais inócuas em termos de masculinidade". Nas mulheres existe, apesar de tudo, mais igualdade na avaliação: quer sejam relações homossexuais entre homens ou mulheres, a desaprovação, no seu máximo, é quase a mesma - cerca de 40 por cento consideram-nas totalmente erradas. Em relação às idades, "há uma linha geracional importante" - quanto mais jovem se é, menos se desaprova a prática -, "mas mesmo nos mais jovens os valores são altos".
No seu todo, a desaprovação nunca desce abaixo dos 53 por cento, que é a percentagem dos que, entre os 18 a 24 anos, julga que a homossexualidade é errada. Tal como nos mais velhos, nesta faixa etária a desaprovação atinge o seu máximo nos homens a julgar as relações entre homens do mesmo sexo - um valor que chega aos 68 por cento.
"Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas", diz a investigadora, acrescentando que num inquérito semelhante em França se constatou que 80 por cento dos jovens franceses aceita as relações entre pessoas do mesmo sexo.

O mito dos dez por cento

Sofia Aboim considera que "este conservadorismo" em relação à homossexualidade pode ter reflexos nos portugueses que se colocam nessa categoria: só 0,7 por cento, um número muito longe "do mito dos dez por cento de homossexuais", muito usado por associações de defesa dos direitos gay. O número encontrado no inquérito português está dentro do que é comum noutros estudos internacionais, acrescenta.
Mas há outros dados do inquérito - coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, a pedido da Coordenação Nacional para a Infecção do VIH/sida - que colocam o número dos que têm contactos homossexuais acima dos que se definem como tal. São cinco por cento os que dizem ter tido contactos com pessoas do mesmo sexo sem envolver a área genital (beijos, toques, abraços) e 3,2 por cento os que dizem ter tido relações sexuais com alguém do mesmo sexo. "Há uma declaração mais fácil da prática do que o assumir de uma identidade."

Curioso foi constatar que são mais os que assumem que "oscilam ao longo da vida". Há mais portugueses a assumiram-se como bissexuais do que como homossexuais."

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"Enquanto a prática do sexo oral se tem vindo a normalizar na vida sexual dos portugueses, a prática do sexo anal continua a ser alvo de "muita rejeição", afirma o investigador Pedro Moura Ferreira. O Inquérito Saúde e Sexualidade revela que 62,8 por cento nunca teve relações anais.

Quando "a prática sexual se resume à prática vaginal", está mais associada à reprodução. A introdução de diversidade na vida sexual dos portugueses denota um distanciamento em relação à reprodução e uma associação à sexualidade ligada ao prazer, constata o investigador. Os números revelam que o sexo oral se vem normalizando mas, ainda assim, existem grandes diferenças consoante a idade. No caso dos homens, 61,1 por cento dos que estão entre os 55 e os 65 anos nunca fez sexo oral à parceira, um número que desce para 27,5 por cento nos jovens dos 15 aos 24 anos. Esta mesma diferença é perceptível nas mulheres mais velhas: 75,6 por cento dizem nunca ter feito sexo oral ao parceiro, descendo este valor para 34,5 por cento nas raparigas mais jovens.

Nas práticas sexuais verificou-se que a religião tem o seu peso, mas só quando a prática religiosa é mais intensa (mais do que uma vez por semana) - neste caso, verifica-se que a actividade sexual é mais comedida. Por exemplo, as mulheres que têm práticas religiosas mais frequentes tendem a ter sexo menos vezes, práticas menos diversas e menos parceiros ao longo da vida. Olhando para o sexo oral, 63,6 por cento das mulheres com prática religiosa mais intensa nunca o praticou, mais do dobro das mulheres sem qualquer prática religiosa. "Quem não é religioso tende a ter mais propensão para o sexo." Quando se tem práticas religiosas mais frequentes, sobrepõe-se a ideia de "um controlo da religiosidade sobre o corpo", refere Pedro Moura Ferreira. O que se verifica também é que não são necessariamente os mais novos (dos 18 aos 24 anos) os que mais experimentam - os que têm entre 25 e 34 anos têm mais tendência para diversificar a sua prática sexual, incluindo tanto o sexo anal como o oral."

sábado, 3 de maio de 2008

Imagem sem palavras - 68

À tarde no Chiado...

Provocações filosóficas - 2

Na rua aqui perto...

Visualizações

Há certas expressões ou palavras que me irritam. "Visualizar" entra nesse restrito lote.
Hoje, no Jornal da Tarde da RTP, havendo alguma demora na apresentação de uma peça sobre a novela Maddie McCann, a jornalista alerta: "um compasso de espera para podermos visualizar esta reportagem..."

O que é visualizar?! O verbo "ver" foi abolido?
Actualmente todo o mundo visualiza coisas...
Será que sou eu a ter um problema na visualização (perdão, vista)?
Bah!

A sondagem

Como dizem os entendidos, as sondagens valem o que valem... Mas esta sobre a liderança do PSD é mais ou menos clara: Manuela Ferreira Leite é a melhor no confronto com José Sócrates, ficando a apenas 6,5% de distância.

Se sem campanha a nível nacional está apenas a 6,5% de distância, imaginem com campanha e desmontando o mundo cor-de-rosa de Sócrates...
Ver entrevista de MFL ao Expresso aqui.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

88 Minutos

Cá está um belo thriller. Com um Al Pacino soberbo na sua arrogância.
Um jogo de sombras, que ao longo do filme vai mostrando e ocultando pormenores.
Filme com tensão q.b., leva-nos a espreitar a mente das pessoas, as nuances, os jogos de palavras. O que se esconde para além daquilo que se mostra.

Al Pacino é Jack Gramm, um professor universitário que também é psiquiatra forense no FBI. E vai ser vítima de uma ameaça que lhe dá apenas 88 minutos de vida.
“Para salvar a sua própria vida, Jack tem de usar todas as suas capacidades para reduzir os possíveis suspeitos, que incluem um estudante descontente, uma antiga amante rejeitada e um "serial killer" que já se encontra no corredor da morte.” (Cinecartaz)

Para além de um
excelente desempenho de Al Pacino, 88 Minutos conta com a sensual Alicia Witt.

Site oficial aqui.

Parafraseando - 12

"Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível? Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Acreditarmos que somos pequeninos não ajuda o Mundo."

Nelson Mandela