Passada uma semana sobre as
3 mentiras e 6 verdades, é hora de fazer as revelações:
1-
costumo tomar o pequeno-almoço a ouvir rádio com os auriculares;VERDADEÉ um hábito que apanhei… enquanto tomo o pequeno almoço, ouço as notícias da manhã, ora na Antena 1, ora na TSF. Uma ou outra vez, quando não quero saber nem do país nem do mundo, vou à Rádio Comercial para rir um bocado... Só ao fim-de-semana é que não tenho esta panca.
2-
leio vários livros ao mesmo tempo;MENTIRASou absolutamente incapaz de ler mais de um livro de cada vez. Nem sequer é por
trair o que estou a ler, é mesmo não conseguir abraçar duas histórias em simultâneo. O que faço, cada vez mais, é uma lista na cabeça para escolher o que irei ler depois de acabar o actual. Muitas vezes, o difícil é mesmo a escolha! Porque a minha velocidade de acumulação de livros é superior à velocidade a que consigo lê-los…
3-
já estive no Parlamento Europeu, em Estrasburgo;VERDADECorria o ano de 1995, mês de Abril. Na escola secundária, um bocado por pressão de algumas professoras, fizemos uma equipa: 6 raparigas e 6 rapazes. Havia provas de cultura sobre a União Europeia, e provas físicas. Ganhámos (graças às provas de cultura…) e fomos ao apuramento regional (da Madeira seriam apuradas 6 equipas). A nível regional… também ficámos em 1º lugar!!
Depois, foi preparar as coisas, comprar francos (lembro-me, era uma relação de 1 para 30…)… Só tivemos azar que nesse ano encurtaram a viagem de uma semana para 3 dias. Desde essa altura tenho o chamado trauma da Torre Eiffel… imaginam o que é estar no aeroporto e ver a torre através da janela do avião?! Rrrrrr…!
Quanto a Estrasburgo… cidade linda, limpa, gigante… Vejam isto pelos olhos de um adolescente de 17 anos que só conhecia a cidade do Funchal…
O Parlamento Europeu… bela experiência. Convívio com outros estudantes de toda a União.
4-
fico "babado" a olhar para crianças;VERDADEAdoro crianças e pronto! E quando estou com elas, a parvoíce tem de ser igual. As crianças têm de ter confiança, há que encorajá-las a experimentar as coisas. Irrita-me aquela educação do tipo “não faças... porque acontece isto ou aquilo”. E há coisas a que não se deve dar importância. Lembro-me, com a minha prima, de ela cair e começar a chorar. Todos iam mimá-la, ver o que aconteceu, se estava bem... e ela chorava ainda mais. Eu, pelo contrário, dizia “então, magoaste o chão? Nah… está tudo bem”… e ela começava a rir e já estava curada.
Gosto de vê-las, de ouvir aquelas tiradas que só uma criança pode ter, de olhar o enorme potencial que uma coisa tão pequenina tem…
5-
tenho um autógrafo de Mário Soares e já estive a poucos metros de Mickail Gorbatchev;VERDADEO autógrafo foi num colóquio que houve na Assembleia da República sobre a UE. Ao sair, vinha Mário Soares, enorme e descontraído, naquele jeito tão dele de andar, a falar com alguém, e uma rapariga foi lá pedir um autógrafo. Eu fui atrás: “um autógrafo, sr. presidente”… coisa que ele já não era há uns anos.
Quanto a Mickail Gorbatchev, foi no 10º aniversário do Público, em Março de 1999. O jornal fez uma conferência na Gulbenkian a assinalar o seu 10º aniversário, e o 10º aniversário da queda do bloco de leste. Por isso, convidaram o senhor. Fui com um amigo.
Adorei a conferência. Estava o ex-líder soviético, o jornalista José Milhazes, o Miguel Sousa Tavares e o director do Público. Lembro sempre a polémica que se pôs na sala quando um angolano interpela Gorbatchev sobre as armas para África durante a Guerra Fria. Milhazes traduz para russo. Às tantas, começa a traduzir para português, pois o angolano começara a falar russo. Gorbatchev, calmo, responde que foi graças à acção dele que foi possível haver algum controlo nas armas para as guerras em África.
Só tenho pena não ter nenhuma fotografia dessa conferência. É daquelas personalidades que tenho um orgulho enorme de ter visto ao vivo!
6-
muita gente diz que não sei escolher gravatas;MENTIRABem pelo contrário! Todos gabam o meu bom gosto nas gravatas que uso e nas combinações que faço. Não há cá essa piroseira da camisa às riscas e gravata às bolinhas; ou outra de mau gosto: gravata com camisa de manga curta; ou outra ainda: pôr parte da gravata por dentro da camisa.
Só gostava de não ter de usar gravata todos os dias…
7-
colecciono frases desde o secundário;VERDADENem sei bem como comecei, mas já lá vão uns bons 15 anos e vou já no 3º caderno A4. Tenho ainda uma mica cheia com frases que vou apanhando em todo o lado, para passar um dia. Mas já para algo mais evoluído: uma base de dados de uma amiga carinhosamente me fez.
8-
muitas vezes, quando vou na rua, “vejo” fotografias nos sítios em que passo, e digo aos meus botões “cá está uma bela foto!”;VERDADEComo adoro fotografia, por vezes ando por aí de máquina a tiracolo, e manifestamente exagero na quantidade: sou absolutamente impulsivo a tirar fotos! Quando vou na rua, consigo ver o que daria uma bela fotografia. Seja um ramo de árvore, uma janela, ou um graffiti numa parede. Por exemplo, num banco de pedra no Campo Pequeno, alguém pintou “em cada esquina um amigo”… É uma imagem perfeita, que já publiquei neste espaço.
Assim de repente, lembro-me deste exagero: quando estava pelas ruas de Lisboa a exposição Cow Parade, fui num sábado à baixa para ver a manada. Em menos de duas horas tirei quase 100 fotos…
9-
a frase que aparece no meu telemóvel, quando o ligo, é “keep walking”;MENTIRAA frase que lá consta, desde que tenho um telemóvel que permite colocar uma frase de boas-vindas (ou seja, há uma boa meia dúzia de anos) é: “It’s time… Do it!”. Foi um actor qualquer que a disse, não sei se Al Pacino ou De Niro, numa entrevista que li.
Muitos telemóveis passaram entretanto… A frase ficou. Como bom caranguejo que sou, às vezes é preciso dar um empurrão…